No dia 10 de dezembro de 2013, no Rio de Janeiro, o Diretor de Aeronáutica da Marinha (DAerM), Contra-Almirante Carlos Frederico Carneiro Primo, representando a Marinha do Brasil, e o Presidente da empresa Marsh Aviation Company, Chuck Stanford Jr assinaram o TAA (Technical Assistance Agreement).
O TAA é um documento de Acordo de Cooperação Técnica, expedido pelo DOS (Department of State – EUA) e que permite dar prosseguimento ao Contrato de Modernização e Remotorização de quatro Aeronaves C-1A Carrier-on-Board Delivery (projeto COD/AAR).
O futuro recebimento dessas aeronaves irá marcar um novo patamar operacional para a Marinha do Brasil, uma vez que ao possuir a capacidade de operar a partir de Navio-Aeródromo, permitirá o apoio logístico à Esquadra, tanto na área de pessoal como de material, assim como o reabastecimento em voo das aeronaves AF-1/1A “Skyhawk”.
galera o problema nao e organizacao ou o governo por exemplo hoje a verba para as forças armadas sao de 70 bilhoes e 800 milhoes a verba para as forças armdas da frança sao de 43 bilhoes mesmo assim eles sao mais fortes do que nos porque ? porque nossas forças armadas nao sabem adiministrar o dinheiro hoje nos podiamos fabricar o Osorio que era pra ser o melhor mail blank tank do mundo so que os estados unidos falaram que o brasil nao podia fabricar e nem vender o porta avioes sao paulo e o 8 melhor porta avioes do mundo so que ele ja esta bem antigo o brasil ate 2025 vai ter 10 submarinos e um nuclear vcs sabiam que a argentina ja teve 2 porta avioes assim como nos ate as pecas desses portas avioes foram vendidas e colocadas no porta avioes minas gerais o brasil precisa pelo menos ter 2 porta avioes convencionais e 2 nucleares porque com um porta avioes voce pode descolar uma esquadra de cacas o brasil agora e o 6 paises mais rico do mundo o brasil tem 5 triloes de reais pelo menos nos tinhamos que investir 150 bilhoes nas forcas armadas o mb poderiam tipo voltar a construir o submarino s tapuia s-35 para aumentar a capacidade submarina brasileira apesar que agente ja estamos construindo 4 submarinos convencionais e um 1 nuclear e o primeiro submarno scorpne do brasil vai ser concluindo em 2017 galera porque a mb cancelou o submarino tapuia ?
O saber operar um porta -aviões é muito importante mas o governo tem que investir mais em proteção para o porta-aviões caso contrario pouco adianta telo no minimo hoje é preciso um submarino nuclear duas fragatas uma especialista antiaérea e utra polivalente e um navio tanque suprimentos este é o minimo grupo de batalha,na minha visão uma fragata sozinha e nada é a mesma coisa uma fragata navegando ´só por mais armada que seja fica muito vulneravel quanto mais um porta -aviões.
Alguém sabe informar quando está previsto a chegada das aeronaves após o atraso?
Ainda não podemos dizer, mas os trabalhos em 2014 vão acelerar bastante.
Padilha, primeiro, obrigado pela resposta. Concordo!
Que belo trabalho. Olhem só (leiam) o que foi dito a favor e contra a possuirmos um PA.
E as conexões intrínsecas existentes entre este assunto associada a atual conjuntura vivida pela Marinha Brasileira.
O nível das opiniões, para um leigo como eu, considero excelente. São sem ufanismos e cheios de realidades. Sejam elas boas ou más. Porém, cada opinião, refletiu alguma ou algumas realidades.
Acredito que isso seja fruto do moderador, a quem desejo dar os parabéns. E pobre coitado. Num ano como este, não queria estar em sua pele.
DAN, continuem assim. Certamente, crescerão muito, muito e muito. Muito além de que qualquer um pense.
Abraços a todos, sejam editores, leitores ou curiosos.
Welligton, não simpatizo com a ideia de passar a previdência dos militares para o INSS ou a para previdência dos servidores civis. Se sentindo na própria carne (orçamento), eles já criaram esse monstro, se o pagamento ir para o orçamento da previdência, aí que os direitos/privilégios podem ser ainda mais expandidos.
Concordo que também deveria haver uma melhor distribuição de meios distritais. Quanto à esquadra, não temos uma sequer, então não tem como espalhá-la para outros locais diversos do Rio de Janeiro.
E quanto ao número de equipamentos eu não tenho dúvida que ele é pequeno. É isso que venho falando desde o início e por isso prefiro trocar o São Paulo por algumas fragatas modernas.
Até mais.
que seja, mas o dinheiro sairia do min. prev e n do min. defesa…
O dinheiro continuaria saindo do bolso do brasileiro.
Eu sou até de concordar de que precisamos de uma reorganização no orçamento das FFAA, principalmente na questão previdenciária, acho que essa folha deveria passar para o INSS como todo os outros aposentados públicos federais, claro, mantendo os direitos (ou privilégios, como queiram).
Mas definitivamente, aos que não conhecem as regiões de fronteira, em especial as “fronteiras molhadas”, o efetivo (pessoal e equipamentos) da MB é pequeno, além de mal distribuído e ai é que precisamos mexer, aliás já vem sendo feito a alguns anos e se intensivou com a END, agora é dar tempo ao tempo.
No mais, o que Vinícius Castro colocou está perfeito.
Até mais!!! 😉
Rafael, não sei quais são tuas fontes de informação, mas elas estão erradas. A Marinha Brasileira é uma de nossas instituições mais organizadas além de possuir um senso de direção sem igual.
Quanto aos 70.000 marinheiros, creio serem poucos para atender toda uma gama de atividades que a MB deve, por lei, cumprir. Você já percebeu que nem todo marinheiro vai ao mar? Quantos rios existem neste pais? E quantos marinheiros estão lá, levando nossa bandeira. O serviço de guarda costeira, que existe em outros países, é feito pela nossa MB.
Existem outros inclusive, basta pesquisar.
Quanto a não existirem novas encomendas dos IKL, não foi culpa da MB, como não será dela ,se não existirem novas encomendas de SBR e SNBR.
A manutenção do A-12, é e deverá continuar sendo, uma prioridade na nossa MB, e penso, sem medo de errar, que ela está absolutamente certa. Os motivos já foram exaustivamente mostrados pelo Sr. Vinicius Castro.
Pampa, minhas fontes são os sites das Forças e sites especializados.
E mesmo levando em conta todas as missões da Marinha, 70.000 é muita gente para pouco navio/submarino/helicóptero/barco. Outros países, com muito, mas muito mais meios, não tem esse efetivo. Ressalto o que eu disse, para nosso mar e nossos rios, não seriam muita gente. Mas para a quantidade de meios que possuímos, é muita gente sim. E acho que posso quesionar sim a organização e visão da Marinha. Um exemplo: a nova Barroso, segundo informações da Alide, terá 185 militares. É mais do que levam navios maiores, como uma FREMM. Aí você põe mais gente, mais comida, etc e o navio fica com uma autonomia baixa. Fora os soldos, as pensões e etc. Isso, sem dúvida, torna a Marinha cara, inchada e sem meios adequados. Não critico a MB porque não gosto dela. Pelo contrário, quero que ela seja eficiente e cumpra suas missões adequadamente. Mas não podemos negar que o Orçamento dela não é pequeno e que ela gasta a maior parte dele com soldos, aposentadorias e pensões. E isso é um erro. Sobre a exposição dos Vinicius eu achei muito boa. Aliás, a melhor que eu vi até agora sobre o São Paulo. Mas ele apenas me convenceu da utilidade de um bom porta-aviões. Não me convenceu que o São Paulo é realmente um bom porta-aviões. Eu até questionei isso explicitamente: qual o valor militar do São Paulo, com o A-4 e C-1A, sem defesa antiaérea e sem escoltas? Infelizmente , fiquei sem resposta e continuo com a minha anteriomente desenvolvida – ele só mete medo em países com Marinhas ridículas como a Argentina e o Uruguai. Nada mais do que isso.
Olá Vinícius!
Realmente não vamos mudar nossas opniões. Eu discordo de muitos dos pontos que o senhor citou. E os meus motivos são sólidos e não tem nada de absurdo nisto.
Quanto aos submarinos, escoltas e tudo oque você citou, eles estão apenas previstos, nada está assinado. Falar de previsão, no Brasil, parece comício de campanha eleitoral. Resumindo, no Brasil que não é um país sério, não vale nada!! E até que me provem que previsões se tornem realidade, continuarei incrédulo.
Quanto aos submarinos, em 2019, nossa capacidade que ainda esta sendo instalada, ficará ociosa. Na época dos IKL, também compramos tecnologia (que era moderna pra época), até as chapas de aço a Nuclep chegou a produzir. Esta tecnologia não foi barata. Só o Tikuna foi construido, o Tapuia foi cancelado!! A mão de obra especializada, treinada com meu dinheiro, não vai esperar e nem esperou 7 anos para conseguir um novo emprego. Pessoas especializadas, principalmente em conhecimentos desta área, são demandadas no mundo inteiro. A tecnologia de ponta comprada à época, não foi desenvolvida, não investimos em pesquisa e nem projetamos novos meios. Perdemos tempo, dinheiro e conhecimento que se tornou obsoleto. 30 anos perdidos!!
Agora, com os Scorpene, gastamos o suficiente para comprar 13 submarinos IKL novos com AIP (preço de prateleira) para construimos 4 submarinos, 1 casco, uma base faraônica e tecnologia. Obviamente que trocamos de fornecedor, porque a Alemanha não poderia nos ajudar a desenvolver um submarino nuclear, mas nada garante que o passado não se repita.
É triste, mas aposto que em 2021, quando os submarinos ficarem prontos, nada de unidades adicionais terá sido assinado. Nossa capacidade instalada, já ociosa desde 2019, agora em 2021 está completamente parada. Aposto que se unidades adicionais forem construidas, a licitação começará em 2021, e lá pra 2025, teremos um novo contrato, com início da construção previsto para 2027. Aí lá vamos nós de novo perder tudo oque já havia sido feito. Isto, se o pior não ocorrer e nada for contratado em uma década. Rezo para não ser assim, mas somos o Brasil e incompetência é nossa maior tradição.
Veja o caso dos caças: só quando o GDA ia ficar sem voar, é que o Governo Federal decidiu o vencedor do FX2. Só para poder dizer “a defesa do país está em nossas prioridades, teremos um caça moderno fabricado aqui” e ninguém poder culpa-la de deixar o Brasil desprotegido e que de fato ela deixou. Aí todo mundo esquece que ficaremos 4 anos sem caças para voar (isto se não vier tampão) e eque estamos a 6 anos voando um caça M2000 tampão desdentado. E aqui é tudo assim! Tivemos 8 anos para construir estádios para a Copa e eles não estão prontos!! Na Olimpíada será igual!! E com os submarinos também!!
É chato, mas é difícil ver as coisas como estão e como foram e ser otimista. Talvez os mais jovens que acreditam no Brasil Potência, estejam achando tudo isto o máximo!!! Mas basta ler um pouco de história (e nem muito antiga, estou falando de história recente) para todos se tornarem pessimistas.
Mas independentemente de nossas posições, aspirações e ser otimista ou não, não podemos fechar os olhos para a realidade. Nada de ser Chapa Branca!! Contra fatos não há argumentos. A Marinha brasileira é uma bagunça e isto é fato. Temos que ficar atentos à como está sendo gasto nosso dinheiro. Oque está errado tem que ser denunciado, tem que ser falado!! Não podemos criar uma nova geração de jovens alienados, que não sabem questionar, que aceitam tudo como verdade absoluta.
Um abraço
Vinicius, agradeço pela informação dela ser médica. Mas a minha crítica vale mesmo para esse caso, pois a crítica é contra o fato de militares que não são combatentes, em sentido estrito, gualgarem postos tão altos na hierarquia militar, sejam eles médicos, enfermeiros, jornalistas, atletas ou biblioteconomistas . E, principalmente, minha crítica não era em relação ao sexo dela. Se fosse um homem na mesma condição, a minha crítica seria igual. E veja bem, não estou dizendo que a promoção dela é ilegal ou que ela não cumpriu os requisitos para tal, mas, sim, que as leis não deveriam contemplar esse tipo de promoção. Abraço.
Rafael, a Contra-Almirante Dalva é médica, não enfermeira.
Ela cumpriu todos os requisitos de carreira, de Comando, de Direção, de Cursos, etc.
Se um médico homem é promovido a Almirante, por qual motivo uma mulher, com as mesmas capacitações e qualificações, não poderia?
Boa tarde Zorann
Desculpe só poder responder agora, mas os colaboradores do DAN temos nossos afazeres e são os momentos livres que dedicamos ao site.
Vamos primeiro ao ponto em que concordamos.
Você disse que concorda com a necessidade da MB possuir NAe, então deve entender a importância de possuirmos o meio, como ele atuaria em tempo de conflito, como é imprescindível para três das quatro Tarefas Básicas do Poder Naval, notadamente o Controle de Área Marítima. Adiante volto a tratar do tema.
Que estas informações, que constam do Plano Estratégico da Marinha, foram apresentadas ao Governo Federal que as entendeu, aceitou-as, preocupou-se com os dados fornecidos, e determinou que a MB tivesse não um, mas dois NAe.
Pois bem, cita a questão dos recursos, questão atual e que, na sua visão, impediria a MB de dispor do meio.
Mas não leva em consideração o que já escrevi, que se o meio fosse dado de baixa os recursos alocados à MB seriam cortados sumariamente, como foram os destinados ao CT Paraná e à Fragata Dodsworth, pelo MPGOG, dadas de baixa para que estes mesmos recursos fossem aplicados no restante da Esquadra.
Isto é fato: sem meio, sem recurso.
Outra questão que não leva em consideração é que sem o meio, a CAPACITAÇÃO no mesmo acaba, como ocorreu na Argentina e na Austrália. Caso estes países desejem retomar a operação de NAe, e os militares argentinos o querem, terão que começar do zero, com ajuda externa, pois os militares que detinham este conhecimento o perderam, foram para a reserva, ou faleceram.
Esta capacitação é um valor que somente EUA, UK, França, Índia, Espanha, Itália, China, Tailândia (com MUITA restrição) e Brasil dispõem. A capacitação de operar NAe CATOBAR somente EUA, França e Brasil possuem.
Não é pouca coisa. Lembre o que já escrevi, que a China nos procurou para troca de informações sobre como operar seu NAe, principalmente nas ações de convoo, considerado o lugar mais perigoso do mundo para se trabalhar.
Não podemos perder esta capacitação.
Você citou alguns dos serviços feitos no navio em seu PMG, que como já expliquei, é um grande período de reparos, que todos os navios de todas as marinhas do mundo fazem, não uma invenção nossa, mas deixe eu listar algumas coisas:
– retubulação de toda a rede de vapor do navio (isto é um serviço hercúleo);
– revisão nas turbinas do navio;
– revisão nos turbo-geradores, que conforme dizem em fóruns de defesa é o que falta para o navio ficar pronto;
– retubulação de duas caldeiras, que significa trocar 1.500 tubos em cada uma;
– verificação de todo o circuito de vapor das catapultas;
– a catapulta lateral sofreu revisão geral e a de vante acaba de ser comissionada por inspetores da DCNS;
– instalação do Siconta MK-IV, citada por você, mas não explicando que isto significa substituir todos os consoles do Centro de Operações de Combate (COC), criar um novo software, totalmente nacional e treinar os operadores para um novo equipamento, com instruções em português;
– realinhamento e rebalanceamento do eixo de bombordo, algo que os franceses não acreditavam podermos fazer no AMRJ;
– cumprimento de todos os cartões de manutenção preventiva dos equipamentos mecânicos e eletrônicos;
– manutenção corretiva em outros equipamentos;
– docagem, tratamento do casco, inclusive com realização de ultra-som na parte abaixo da água (obras-vivas);
– instalação de novos equipamentos de comunicação, inclusive satelital, e navegação;
– instalação do COC da Esquadra, que explico como sendo um Centro de Comando e Controle de todos os meios envolvidos em uma operação, sejam navais, aéreos, de fuzileiros, etc.
– etc.
Então, depois de todo este investimento, ao fim do período de manutenção, você propõe a baixa do meio? Quando ele está para finalizar todo este período, de sacrifício para a MB e a tripulação?
Não acho que valha, nem pelo custo-benefício do ato, nem pela perda de capacitação, perda do investimento feito, etc.
Veja que a MB manteve o reparo, a todo custo, agindo nos mesmos moldes que no Programa Nuclear, porque sabe a importância de dispormos do São Paulo, sabe como empregá-lo em conflito, sabe como seria imprescindível em caso de guerra. Recursos são alocados e contingenciados, mas o Brasil permanece, as necessidades de defesa perduram, prioridades são alteradas, compreensão destes problemas vem e vão com os governos, mas o Brasil permanece, a MB é uma instituição secular que permanecerá, que não pensa em si, mas na missão que tem que cumprir.
O foco principal de nosso debate é este, mas continuemos com outros pontos que você escreveu.
Você escreveu que “A função principal do PA é projetar poder. É poder levar a guerra ao inimigo. Quanto ao controle da área marítima, isto é feito de maneira muito melhor e mais barata por uma frota suficiente da aeronaves de patrulha. Ainda mais que temos um litoral tão extenso, como o senhor mesmo disse. Bases aéreas no litoral, com caças, aviões revo, e aviões de patrulha (que podem ser desdobrados em questão de horas), são capazes de garantir a segurança de nossos litoral de maneira muto mais eficaz…”.
Já lhe mostrei que a função principal do NAe aqui no Brasil não é Projetar Poder. Isto não é achismo, é realidade, é estratégia naval pura, não é falácia. Esta Tarefa é a principal em nações cuja estratégia é ofensiva, é atuar em outros países, é agredir, é enviar força para o exterior, o que não é nosso caso. Mostrei que podemos fazer isto sim, se formos atacados e precisarmos realizar ações ofensivas contra o agressor.
Quanto ao Controle de Área Marítima citado por você, a MB e a FAB, nos anos 80, realizaram uma série de exercícios para provar esta teoria. Uma Força Naval sofria ameaça aérea, acionava os meios aéreos em terra, que nunca chegavam a tempo. As duas Forças chegaram a uma conclusão conjunta, a de que isto não funcionava.
Imagine uma ameaça submarina, onde você, usando somente meios aéreos, em pouca quantidade e com equipamentos que não são eficazes 100% na detecção desta ameaça. Você descobrirá esta presença em sua área de interesse somente após um ataque, mas então o estrago está feito.
Você não leva em consideração o controle de nossas Linhas de Comunicação Marrítimas, extensas, afastadas do litoral e vitais para a sobrevivência do país.
Não pode arriscar a vida de 30.000 brasileiros que trabalham diuturnamente nas plataformas de petróleo no mar. Somente a presença física, visualmente comprovável, de navios de superfície, podem garantir o controle e a proteção deste patrimônio brasileiro. Ou, poderíamos fazer uma comparação com um batalhão da PM, lotado de gente, mas que não sai para as ruas, onde os ladrões saberão que estão desprovidas de proteção e agirão à vontade.
É assim que funciona, gostemos ou não.
Também escreveu que “…A Dissuasão é uma qualidade de meios operacionais de verdadeiro valor militar, não é uma exclusividade de PA, muito menos do A-12. É chato, mas acho que o senhor está equivocado nestes pontos”. Não é exclusividade do NAe, mas operar um meio que somente nove marinhas de todo o mundo operam contribui significativamente para esta Tarefa.
Sugiro, mais uma vez, com a melhor das intenções, a leitura na Coluna Mar & Guerra o artigo que trata somente sobre dissuasão.
Quanto ao Programa de Submarinos, estão previstos serem construídos 15 convencionais e 6 nucleares. Você acha que o governo autorizou a construção de toda aquela estrutura, de uma Base Naval inteiramente nova e adaptada para apoiar SSN, de um Estaleiro que possui uma Ilha Nuclear, para jogar no lixo todo o investimento, pura e simplesmente?
Estes números foram apresentados ao Governo federal, que os aprovou, ao Congresso Nacional, que os aprovou e os incluiu no Livro Branco de Defesa Nacional, então são números oficiais, públicos.
Novos submarinos serão encomendados a seu tempo.
Quanto aos novos escoltas, você pode ler na mensagem de fim de ano do Comandante da Marinha que as “Corvetas” de 3.000 toneladas começam a ser construídas no fim de 2014.
Quanto aos escoltas de 6.000 toneladas, volto a repetir, eles já foram aprovados e aguardam o momento propício para o anúncio. Este momento é político, então não depende da MB quando serão anunciados.
Quanto à aviação de asa fixa, o Padilha já respondeu. Doze serão modernizadas e acabou de ser publicado pelo DAN que outras oito seguirão o mesmo caminho. Neste tópico vemos que o programa dos C-1 anda. Logo após este programa, os AEW se seguirão.
Assim caminha a Marinha, passo a passo.
Também escreveu que “precisamos de uma Marinha equilibrada…”, termo que é sinônimo em estratégia naval de Marinha Balanceada, que escrevi em meu último post.
Ainda que “…com planejamento de acordo com os recursos que dispõe…”. Vou me deter um pouquinho neste ponto. Não sei se você conhece a metodologia do Plano Diretor da Marinha. É uma metodologia, explicando rapidamente, de planejamento de gestão, aplicação e controle de recursos. Esta metodologia foi copiada pelo governo federal, no que resultou no SIAFI. Sim, o modelo de controle de todo o governo foi copiado da MB, que no início teve que involuir, pois seu sistema já estava adiante da versão lançada pelo governo. Creio que não preciso escrever mais nada.
Quanto aos 70.000 homens, você esquece que a Marinha cumpre atividades diretas relacionadas com sua missão principal, e atividades subsidiárias, impostas à Marinha pelo Governo Federal e das quais a Força não pode se furtar. Ensino profissional marítimo, Busca e Salvamento, hidrografia, cartografia, oceanografia, faróis, Capitanias dos Portos, Inspeção Naval, Navios Hospitais, tombos, etc.
Se não concorda com isso, a MB não é o guichê de reclamação.
Zorann, não sou uma pessoa “arcaicas, presas a ideologias e falsos nacionalismos”, muito pelo contrário. Estudo diuturnamente e me mantenho atualizado, ideologia é a desculpa dos fracos e sou nacionalista sim, penso em meu país antes de tudo, principalmente em sua Defesa. Então, não me prendo a falsos nacionalismos.
Estudei a vida inteira o tema, aqui no Brasil e no exterior, tenho mestrado e doutorado em Defesa, mais dois cursos de MBA, além de todos os cursos de carreira. Então, sei do que falo. Gasto meu tempo aqui, de maneira não remunerada, para divulgar o tema Defesa entre os brasileiros que se entusiasmam pelo assunto, sem pedir nada em troca, nem da MB, nem do DAN. Não tenho motivos para defender uma opção da MB da qual eu não concordasse, que não fosse justificada, sustentada por estudos e aprovada por quem de direito no regime democrático em que vivemos.
É assim que ajo.
Por fim, vou continuar sonhando sim, em uma Marinha melhor da que eu servi, mais capaz, mais profissional, sempre, com meios que permitam os marinheiros de hoje combaterem, de defenderem a soberania brasileira no mar. E cumprirem, se preciso for, com seu juramento de dar a própria vida se necessário, como foi feito no passado pelos homens que fazem a Força.
Creio que não vou mudar sua opinião, nem você vai mudar a minha. Mas demos subsídios para os demais leitores, todos intelectualmente ativos e independentes, de chegarem a uma conclusão própria.
Só isto valeu o debate.
Um abraço.
ZorannGCC, não sou editor, mas tenho uma dica. Digite o comentário no Word e depois copie e cole no site. Se der errado, você não perde o texto.
Att.
Uma observação:
O sistema de comentários do site está com problemas já a algum tempo. Às vezes os comentários ao serem publicados, não ficam em moderação, simplesmente somem. Já aconteceu diversas vezes comigo, tanto usando o mozila qto usando o chrome.
A caixa onde digitamos o comentário não tem cursor na lateral. Fica dificil ver oque já se escreveu. Tem que ir com a seta para cima para poder ver oque foi escrito.
Por favor deem uma olhada nisto. às vezes a gente passa meia hora digitando um comentário e ao publica-lo ele some.
Os argumentos de ZorannGCC também faz sentido….
Primeiramente, parabéns ao ZorannGCC e ao Vinicius Castro, pelo debate de alto nível e ao DAN pela matéria e pelo espaço para discussões.
ZorannGCC, você não está sozinho não.
Penso, que a Marinha do Brasil, assim como as outras Forças e praticamente todos os órgãos públicos são inchados.
Não seria um problema a Marinha ter 70.000 militares, desde que eles cumprissem com suas funções, em especial, a defesa do país.
O problema é que, como você mesmo apontou, a Marinha não tem meios para todas essas pessoas exercerem suas funções. Então qual é a utilidade delas? Marchar e cantar o hino nacional?
É muito cômodo colocar a culpa da falta de verbas no Governo. Mas, as Forças Armadas são as maiores culpadas pela sua atual situação (ainda mais por terem governado o país por cerca de duas décadas).
Quadro inchado, cheio de oficiais, e, ainda, o sistema previdenciário dos militares, com as “filhas virgens” que recebem pensões vultosas e perpétuas, sugando os recursos públicos por décadas sem ter feito nada em benefício do país. São sustentadas simplesmente por terem nascido. Isso é simplesmente vergonhoso.
Também acho questionável a reserva remunerada com vencimentos integrais após 30 anos de serviço.
Fora o quadro de pessoal, que além de combatentes tem outras dezenas de funções menos importantes. Pior, isso resulta no fato de termos uma Contra-almirante Enfermeira. Nada contra enfermeiras, mas não deveriam chegar nesse cargo, jamais. Só alguém que tivesse comandado meios navais deveria chegar esse posto, no meu ponto de vista.
Por tudo isso, um país que tem um dos maiores orçamentos do mundo, não tem um caça decente, uma fragata decente, um tanque de guerra decente… e ainda colocam a culpa no orçamento.
Quanto ao NAe São Paulo, eu gostaria de saber do Vinicius qual o valor militar dele, equipado com C1-A, A-4M, sem defesa anti-aérea, sem escoltas? Creio que, no mínimo, 20 marinhas no mundo não teriam nenhum pouco de medo dele.
Saudações a todos.
Já percebi que estou sozinho neste debate. kkkkk
Será que ninguém enxerga oque está acontecendo na MB? O problema é falta de verbas e organização. A falta de verbas sempre vai existir. Mas podemos nos organizar.
Vamos reduzir custos, encontrar maneiras mais eficazes de se cumprir a missão. Tornar a Marinha uma força de real valor militar.
As Marinhas do mundo inteiro estão tendo que cortar na própria carne. Estão tendo que reduzir custos, se organizar.
O Brasil é diferente?? Aqui não podemos ser organizados??
Parabéns Vinicius. É deste tipo de debate que precisamos.
Perfeito Vinicius!!
Bravo Zulu MB!
Muito esclarecedor Vinicius. Espero que seja bem absorvido.
Zorann, primeiramente obrigado por colocar seu ponto de vista, que tem que ser respeitado.
Ele nos dá a oportunidade de debatermos em alto nível, o que é ótimo para os diversos leitores que se interessam pelo tema Defesa e que aqui, neste espaço democrático, participam. Há vários pontos a serem esclarecidos.
O primeiro deles é quanto a recursos, o que é responsabilidade do Governo Federal. Vimos ano passado o MD sofrer um contingenciamento de R$ 4 bilhões em um dia e, no dia seguinte, ser liberada uma verba extraordinária de R$ 4 bilhões para emendas parlamentares. Isto foi matéria aqui no DAN. Poucos dias depois o MD sofreu outro contingenciamento de R$ 900 milhões.
Também vimos as Forças ponderarem sobre o orçamento de 2014, avaliado por elas como insuficiente para as necessidades básicas.
Então, quando falamos de falta de recursos devemos pensar que o primeiro Ministério a ter verbas contingenciadas é o da Defesa. Isto pelos militares não reclamarem, não fazerem greve, não irem para as ruas em passeata, etc. O Ministro é designado para um cargo político e, desta maneira, tratará politicamente a questão, sem se incompatibilizar.
Assim funciona um Ministério da Defesa em uma democracia.
Com esta introdução podemos entender a questão de verbas, da demora em certos programas que dependem do orçamento aprovado, entre eles o Período de Manutenção Geral (PMG) e Modernização por que passa o São Paulo.
E aqui começo outra explicação.
Todos os navios, de qualquer marinha do mundo, passam por ciclos de operação. Um dos ciclos é quando está entregue ao setor operativo e participa das atividades da Esquadra. Este ciclo foi cumprido pelo São Paulo, tendo participado de operações no exterior, as conhecidas ARAEX e URUEX, com as marinhas da Argentina e Uruguai, respectivamente, participado de diversas operações com a Esquadra, como as ESQUADREX, ADEREX, TROPICALEX, TEMPEREX, ASPIRANTEX e ESPADARTE, onde realizou 568 catapultagens e 568 enganches com as aeronaves A-4.
Isto não é pouco. Este tipo de operação é reconhecida internacionalmente, sendo razão para que, rotineiramente, a Força participe em programas de intercâmbio e cooperação com Marinhas de outros países que, também, operam NAe. É mister lembrar que pouquíssimos países no mundo têm capacidade de operar NAe, sendo o Brasil um deles. Aqui mesmo no DAN publicamos o interesse da China na capacitação de nossos militares, o que é outro reconhecimento de grande importância para a MB.
Então, o São Paulo cumpriu este ciclo, operando normalmente, e não apenas para manter doutrina. Isto é dito em outros sítios, por foristas que não se preocupam em entender, em pesquisar, em perguntar.
Um outro ciclo é um reparo de pequena monta, chamado de Período de Docagem de Reparos, quando o navio entra no dique e tem seu casco raspado, suas válvulas de fundo, leme, hélices, anodos de sacrifício, etc, inspecionados. O São Paulo já cumpriu vários destes períodos.
E o terceiro período é o PMG, citado acima. Neste período o navio passa por grandes manutenções, em todos os seus sistemas, propulsão, eletrônica, geração de energia, catapultas, aparelho de parada, etc.
Repito: todos os navios de todas as marinhas do mundo cumprem estes ciclos.
O São Paulo está em um PMG e, ao mesmo tempo, sofrendo uma modernização profunda, com substituição de vários sistemas, principalmente eletrônicos, que vieram com o navio.
Este ciclo é responsável pelas manutenções preventivas e corretivas de grande monta, demora muito tempo para encerrar. Isto com um planejamento rigoroso de liberação de verbas. Agora imagine o que ocorre quando estas verbas são contingenciadas…
Tenha em mente que esta questão não se aplica somente ao São Paulo, mas a todos os meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais. Se aplica, integralmente, ao Exército e a Força Aérea, que tem seus planejamentos imensamente afetados também.
Se você escrever que a baixa deste meio poderia liberar recursos para o restante da Esquadra, já lhe adianto que a MB fez isso no passado, com a baixa de um CT da classe “Para” e de uma Fragata da classe “Greenhalgh”. O resultado foi o cancelamento imediato, pelo MPOG, dos recursos que eram encaminhados à estes navios. Sem meio, sem recurso.
Mas sigamos nossa conversa.
Eu lhe sugeri ler o artigo que trata de NAe na Coluna Mar & Guerra porque lá poderia entender um outro equívoco que comete em seu texto.
Um NAe não serve somente para Projetar Poder.
Projetar Poder é uma das quatro Tarefas Básicas do Poder Naval. As outras são Controle de Área Marítima, Negar o Uso do Mar e Contribuir para a Dissuasão. Como podemos ver nos artigos da Coluna, uma Marinha que não cumpra as quatro tarefas pode ser chamada de qualquer coisa, de Guarda Costeira, de Prefeitura Naval, de qualquer coisa, menos Marinha.
No Brasil, a principal Tarefa do São Paulo é o Controle de Área Marítima, ampla ou restrita, móvel ou fixa. Não vou expandir os conceitos, que podem ser lidos na Coluna, para não cansar os demais leitores.
A Projeção de Poder é outra das Tarefas que pode ser cumprida pelo navio, não só por ele.
Esta questão merece ser melhor explicada, e mostrado que podemos sim ter que realizar tal tipo de Tarefa. Veja, a END especifica que a Estratégia do Brasil em âmbito regional é a de cooperação e que para âmbito extrarregional é a dissuasão.
Dentro de uma estratégia dissuasória, e defensiva, pois não temos intenção de atacar ninguém, onde só usaremos o poder militar para nos defendermos de um ataque, se a dissuasão falhar, teremos que realizar operações ofensivas contra o agressor, ou estaremos na situação de um boxeador que só se defende, estando fadado a perder a luta. Aqui cabem as operações de projeção.
E a terceira Tarefa cumprida pelo navio é Contribuir para a Dissuasão, o que faz operando, mostrando, como já fez internacionalmente, nossa capacitação em empregar o meio.
Desta forma, a afirmativa de que o NAe só serve para Projetar Poder está totalmente equivocada.
A necessidade de possuirmos NAe foi reconhecida pelo poder político da nação. Quando a MB apresentou sua concepção estratégica, estava prevista somente uma Esquadra, com um NAe. Foi o Poder Político que determinou à MB que previsse a segunda Esquadra, nucleada em outro NAe.
Não posso, e não vou, transcrever este conceito estratégico, pois estaria incorrendo em crime, mas este dado talvez lhe convença da importância do meio para o país, não para a MB em si.
Uma outra parte de seu texto fala em garantir a continuidade do programa de submarinos. Isto está garantido, pela inclusão deste programa no PAC, por contrato internacional com pesadas multas, pela geração de emprego, transferência de tecnologia para empresas e, mais importante, pela compreensão da necessidade de dispormos destes meios de Negação do Uso do Mar.
Mas aqui aproveito para tratar de outro conceito, que pode ser lido na citada Coluna, de Marinha Balanceada. Uma Marinha TEM que cumprir as quatro tarefas, já vimos isso, e para cumpri-las precisa de diferentes meios. Para Controle do Mar precisa de navios, para Negar o Mar precisa de submarinos, etc. Então, a priorização do programa de submarinos, prevista na END, é temporal. Uma Marinha precisa de submarinos, precisa de Fragatas, precisa de Patrulhas, precisa de Transportes, precisa de NDD, precisa de NAe…
Você citou que as Forças Armadas são um “cabide de emprego”, com a MB com 70.000 militares. Convenhamos, aqui você exagerou.
Já parou para pensar em um mapa com um país que vai de Lisboa até Moscou e de Londres até o Cairo? Pois é, estamos falando do Brasil.
Quantos exércitos, marinhas e forças aéreas existem nos países que compõem este quadro? Já parou para pensar nas necessidades brasileiras de defesa, de 17.000 km de fronteiras com outros países, de 8.500 km de costas, abertas para o oceano, a maior costa atlântica do mundo, do imenso espaço aéreo a ser controlado?
Pois o Congresso decidiu aumentar o efetivo das 3 Forças. Veja que esta decisão é subsidiada por estudos, e tomada pelos representantes eleitos por todos nós.
Sobre sonhos, a MB é sonhadora sim.
Sonhou com submarinos nucleares por décadas e este sonho está se realizando.
Sonhou em construir navios de porte no país, e no fim de 2014 começamos a construir as novas “Corvetas” de 3000 toneladas.
Sonhou com os escoltas de 6000 toneladas e a classe dos mesmos já foi decidida, faltando nossa Presidente anunciar.
Sonhou em retomar a aviação naval, o que conseguiu.
Sonhou em um programa de Navios–Patrulha, que está em andamento.
Mas creio que não deveríamos chamar de sonho, mas sim de trabalho duro de gerações de brasileiros que deram sua juventude, seus anos produtivos, suas vidas à um ideal.
Acho que já consegui explicar meu ponto de vista.
Fica minha sugestão, mais uma vez, de ler a Coluna Mar & Guerra, e não “Mar e Guerra” como você escreveu. É uma sugestão feita com a melhor das intenções.
Aqui não é o sítio apropriado para um debate destes. Há fóruns brasileiros de defesa onde páginas e páginas sobre o tema são escritas por entusiastas, como nós.
De qualquer maneira, obrigado pela oportunidade do debate.
Olá Vinícius!
Vamos lá então…
Quanto aos recursos, eles continuarão sendo contigenciados. Isto não vai mudar. Os recursos continuarão sendo escassos, mesmo que haja aumento de verbas. A Marinha é inchada sim!! Temos 70.000 militares sendo que 15.000 são fuzileiros. Portanto temos 55.000 militares onde a relação entre oficiais e praças é de mais que o dobro da US Navy! Isto para navegar quantos navios mesmo?? Isto é um dado engraçado: se fôssemos embarcar todos os militares da Marinha em navios (não estou nem falando dos fuzileiros), não haveria capacidade de embarcar nem 15.000 militares . Não estou falando de encher o convés, estou falando de termos todos os navios com dotação completa. A Marinha brasileira é inchada. Isto é fato. Fico muito triste em saber que o congresso autorizou o aumento do efetivo. Vai sobrar ainda menos verba para o custeio e investimento.
Realmente você defende que mantenhamos meios antiquados em serviço, só para não perder a verba de custeio? O A-12 entrou em PMG em 2005!! Fazem 9 anos!! Ele só saiu para provas de mar e mais nada. Foram feitas a revisão das turbinas, troca do eixo de bombordo, 2 caldeiras foram retubuladas, a catapulta lateral (prevista para ficar prointa em 2008) ficou pronta somente agora. Realmente estão sendo instalados diversos novos sistemas, como o Siconta MK4 (instalação começou em 2009 e terminou em 2013), sistemas de comunicação, entre outros. A viagem mais distante que este navio fez em 9 anos, foi Santos. Ele vive em testes na Baia da Guanabara. Tudo isto porque? Por falta de verba!! Só para completar, o NDCC Ceará está em PMG desde 2007. Ninguém sabe se um dia ele volta. As Inhauma estão cheias de restrições!!
Quanto a validade de se ter um PA, já disse acima que não contra a idéia de se ter um PA. Sou contra a idéia da Marinha brasileira, no estado que se encontra hoje, ter um PA. Nós não podemos gastar recursos escassos para manter um recife artificial flutuando. Pior que se chegou num ponto onde já se gastou tanto, que agora tem que terminar esta porcaria. Não confunda oque está sendo feito com o A-12, com oque foi feito com Liaoning. O Liaoning foi inteiramente reconstruido, pode ser considerado um PA novo. O São Paulo está passando por uma PMG, onde estão sendo modernizados alguns sistemas. O armamento anti aéreo ainda é o mesmo canibalizado do A-11 Minas Gerais!!
A função principal do PA é projetar poder. É poder levar a guerra ao inimigo. Quanto ao controle da área marítima, isto é feito de maneira muito melhor e mais barata por uma frota suficiente da aeronaves de patrulha. Ainda mais que temos um litoral tão extenso, como o senhor mesmo disse. Bases aéreas no litoral, com caças, aviões revo, e aviões de patrulha (que podem ser desdobrados em questão de horas), são capazes de garantir a segurança de nossos litoral de maneira muto mais eficaz. Negar o Uso do Mar é feito de maneira muito mais eficaz usando uma força de submarinos, combinada com oque citei acima. A Dissuasão é uma qualidade de meios operacionais de verdadeiro valor militar, não é uma exclusividade de PA, muito menos do A-12. É chato, mas acho que o senhor está equivocado nestes pontos.
Quanto ao programa de submarinos, não está garantida a continuação do programa, nem a operação da frota. Receberemos 4 submarinos convencionais, e um casco com a parte não nuclear de um submarino nuclear. O cronograma está em dia. Só que não há garantia de que teremos a continuação do programa. O primeiro submarino deve ser entregue em 2015 e o ultimo submarino em 2021. O contrato foi assinado em 2008. A construção de cada submarino, pelo cronograma atual, demora 5 anos. O último dos 4 submarinos contratados começará a ser construido no início em 2017. A partir de 2019 teremos capacidade instalada ociosa. A intenção inicial era a de aumentar o efetivo de nossa força de submarinos, mas isto pode não acontecer. A falta de recursos pode abreviar a vida dos submarinos da classe Tupi. Apesar de terem passado recentemente por uma modernização (feita junto com o PMG) e do Tupi já ter 25 anos de operação, originalmente estava previsto que todos os submarinos da classe, serviriam por cerca de 40 anos, passando ainda por um segundo PMG. Porém a previsão do segundo PMG do Tupi se aproxima e há quem acredite que este não irá ocorrer por falta de verbas. A Marinha não tem verbas para operar todos os submarinos. Com isso o Tupi será retirado prematuramente de serviço, com a incorporação do primeiro Scorpene.
Não vou nem entrar no assunto submarino nuclear, para não me extender mais.
Resumindo: O programa de submarinos não está garantido. Não temosa garantida nem a operação do que já temos. Muito menos a continuação do programa de construção. Afinal, compramos tecnologia para isto!!
Quanto à construção de novas escoltas, nada foi assinado. Nada está garantido. Nem as novas Barroso, nem escoltas de 6.000t. Nada está garantido!! A única coisa que está sendo construida são escoltas de 500t..
Quanto à aviação naval de asa fixa, de fato ela não existe à uns 5 anos. Até onde eu sei (só se mudou de uns meses pra ca) só temos 2 A-4 em serviço. As aeronaves são mantidas em rodízio, onde sempre há duas em serviço. Até terminar a modernização e este esquadrão se tornar operacional, ainda deve demorar mais uns 4 anos!!! Será ,no total, uma década sem aviação naval de asa fixa.
Quanto a sonhar, não custa nada sonhar. Pode continuar sonhando. Mas precisamos de uma Marinha equilibrada, com planejamento de acordo com os recursos que dispõe. Chega de absurdos! Precisamos modernizar nossa Marinha, torna-la mais inxuta, mais eficaz, acabar com o serviço militar obrigatório e termos forças armadas profissionais. A MB não tem como operar porta aviões!!
Respeito sua opnião, mas só pessoas arcaicas, presas a ideologias e falsos nacionalismos, não conseguem enxergar o óbvio: A Marinha brasileira é mal organizada, mal equipada e mal planejada. Aliás, infelizmente, como tudo que é do governo neste país.
OBS 1: Não sou contra os PAs. Sou contra os PAs na atual Marinha Brasileira.
OBS 2: Sou contra o aumento das verbas para as forças armadas. Temos atualmente o 8° maior orçamento de defesa do mundo. E não estamos nem de perto, entre os 20 paises mais bem equipados. Quanto aos pensionistas, que se faça uma reforma e reduza-se seus gastos.
Um abraço
O sub Tupi está terminando seu PMG no AMRJ.
O VF-1está voando com 3 caças pq os outros estão na Embraer.
Que bom saber que o Tupi esta passando seu segundo PMG. Menos mal! Quem sabe eu esteja errado?
Padilha, o PMG do Tupi já está incluindo a instalação do novo sistema de combate AN BYG 501 Mod 1D, para ficar em conformação com o do Tapajó? Se for fora do assunto do texto principal peço desculpas e sugiro matéria com este assunto aqui no DAN.
Deixo um abração, obrigado por tudo: Marcus Silva
Positivo.
Poderiam dar REVO nos KC390 caso fossemos levar cargas para áfrica por exemplo, a partir do A12 no meio do AS?
Não sou contra o Brasil ter Porta Aviões. Mas isto deve ocorrer quando tivermos uma Marinha séria, com planejamento e projeto de futuro. Não construimos nada a não ser escoltas de 500t. Nossa Marina é obsoleta e mal armada.
Não fazemos direito nem o básico! Muita, mas muita coisa tem que ser feita antes de termos um PA.
Padilhão
1o. Isso é ainda consequência do acidente? Ou já existia o problema e o acidente foi consequência?
2o. A geração de energia é somente o vapor – q por sinal “só” move a catapulta- ou é elétrica também – uma vez q os novos sistemas consomem mais?
3o, Sabes de alguma construtora (as nacionais q estão migrando p/ defesa) já estarem de posse do projeto de fragata e “sigilosamente” junto a pessoas (MB) adaptando o projeto às nossas necessidades, para depois sair-se “vencedora”. Ouvistes esse zum-zum ?? Sabes?
Sérgio vamos por partes.
1- O problema é consequência da idade. Zero relação com o acidente. OK?
2- O Turbo gerador de ENERGIA a vapor, é o que mantem o navio funcionando (parte elétrica = sistemas eletrônicos como o radar, ar condicionado e muitos outros, por exemplo). Sem isso, o navio não opera corretamente, e é vital que se projete para o futuro ter os 3 funcionando.
3- Sim, existem zum zum no mercado sobre uma proposta de re-motorização das fragatas classe Niterói. Mas é algo ainda em fase de estudo e não existe nenhuma informação disponível sobre quem ou quando isso será levado adiante.
abs
Achho q elee falou de novas fragatas….
Sobre novas fragatas não há o que falar neste momento.
Padilha, concordo com todas suas colocações. Assim com o a de vários colegas que, acima, deram suas opiniões.
Porém, falta a Marinha, colocar um cronograma claro quanto ao que realmente espera de nosso São Paulo. Se existir um programa sério (acredito que tenha), haverá uma data para que seja cumprida?
É essa falta de informação quem gera tantos desacordos e deturpações.
Já passou da hora de que o jogo seja jogado de forma clara e honesta.
O Ministro da Marinha deve isso.
Desculpe o desabafo, mas sem informações claras, ninguém confia em ninguém.
Abraços e mais uma vez, ótima matéria.
Tudo de bom, pra você e a todos os admiradores deste espaço.
Obrigado.
Afonso, não é mais Ministro e sim, Comandante da MB. Ministro agora é o da Defesa. Concordo com vc. A MB tem planos sim, mas eles esbarram sempre na falta de verbas para execução. Se o MD visse o SP como prioridade, certamente o navio estaria funcionando. As modificações que ele precisa demandam tempo pois são obras de grande monta.
Quando se fala em Turbo Gerador a Vapor, surgem milhões de soluções(inclusive nacionais), porém, em se tratando de navio e rede de vapor, a coisa é muito, mas muito mais complicada.
abs,
Amigos,
Na foto parece que também está o presidente da AEL Sistemas. Há algum detalhe sobre a participação da AEL no projeto?
Abraços,
Justin
Justin, ao que me parece, a AEL participará da modernização da parte aviônica do C1 tb.
Q o C-1 .. vai ser util a MB … n resta a menor duvida … o q n entendi e o pq da MB ignorar a compra de caças F/A 18 A/B .. e ate o C/D .(acho q esse modelo poderia ser operado de maneira ”full” .. sem restrições )..e focar unicamente em 6 A-4 …. e complicado .. acho um erro ..n consigo entender isso ..alguém poderia me explicar o pq ??.. o SP estaria mt bem servido e se tornaria um ”nave” de respeito apesar da idade …20 F/A18.C/D seria ao meu ver o ideal …ctz n deve ser nada caro um FA 18 …
ele opera máx 18 A4 SH. Iria operar max. 12 f18….
Sem segurança e com restrições.
BrunoFN.
O F/A 18 A/B/D e D, não operariam no SP com a margem de segurança desejada. Os F-18 ABCD que estão estocados, voaram até o “osso” segundo os próprios pilotos da US Navy, ou seja, mesmo que o SP pudesse operar com eles, para nós seria um tiro no pé. Não existe F-18 com boa margem de sobrevida ( horas de voo disponíveis), que valha a pena.
Vc dirá: Mas vi fotos e talvez vídeo do F-18 pousando no Foch. Sim, pousou e catapultou, mas a conclusão dos franceses foi que era inseguro opera-lo no Foch, hoje São Paulo.
Abraços,
Entendido ..e.obrigado pelos esclarecimentos
Parei!!
A Marinha não desiste mesmo!!!
Não é a Marinha Brasileira que tem problemas com o A-12…
Na verdade o A-12 é o maior problema da Marinha Brasileira…
Deus nos ajude que a MB caia em si e aposente o A-12 e desista desta idéia absurda de ter um PA
Zorann, por qual motivo é um absurdo a MB ter um PA?
Você poderia argumentar?
Antes, sugiro ler o artigo na Coluna Mar & Guerra sobre o tema.
ZorannGCC,
Como foi dito acima, dê uma lida na Coluna Mar e Guerra sobre o assunto e depois coloque aqui os argumentos que vc ainda tiver para acreditar que o A-12 é o maior problema da MB. Cuidado com o que vc lê em fóruns ou em outros sites, pois existe muita desinformação, inclusive em sites ditos especializados.
Abraços,
O motivo de ser um absurdo é bem simples:
Não tem dinheiro para manter. Temos que ter prioridades. Chega de sonhos faraônicos!!
Esta estória de ter um PA para manter doutrina? Que doutrina? De combate aéreo da década de 70? Pior que nem esta doutrina é mantida. Pois o A-12 não sai pra lado nenhum! Nada pousa nem decola dele a uns 7 anos (se não me engano). Mantinha-se mais doutrina com o A-11, do que com o A-12! (O A-11 tinha que contar com o vento para poder decolar os A-4, mas lá eles decolavam!)
Digamos que num sonho muito distante, aqueles da “Terra do Nunca”, o A-12 volte a navegar com sua dotação completa de pessoal e aeronaves. Quem irá lhe dar proteção? O A-12 pouco possue defesa aérea. Boa parte das escoltas, além de obsoletas, estão com problemas de manutenção, exatamente por falta de recursos.
A função de um PA é projetar poder. É poder entregar a guerra à domicilio. Só que para isto o navio precisa de proteção. A função do Porta Aviões é ser uma base aérea móvel capaz de lançar ataques aéreos em qualquer lugar onde o mesmo possa estar. O seu grupo aéreo tem a função principal de projetar poder de levar a guerra ao inimigo. No caso do A-12, devido a pouca proteção que ele mesmo tem e que a esquadra pode lhe dar, boa parte do grupo aéreo terá que ser responsável por proteger o próprio PA!! Isso se um dia tivermos os Tracker AEW e se embarcarem nele algum Helicoptero ASW!!! Os A-4 são aeronaves de ataque, não são caças!!! Os A-4 são incapazes de garantir a proteção de si próprios, quanto mais do A-12!!!
É uma questão de prioridade. Não tem dinheiro pra isto!!! Não conseguimos nem nos defender e queremos projetar poder?? Precisamos de escoltas (nem me venham com esta estória de escoltas de 6000t, isto é sonho impossível). Precisamos garantir a continuidade da construção de submarinos (unidades adicionais após a entrega do 4° Scorpene-Br) para fazer valer a pena a tecnologia comprada. Precisamos projetar novas escoltas, quem sabe algum projeto modular, que permita a produção de diversos modelos de escoltas, com funções diferentes, baseados num projeto único.
Precisamos controlar nosso litoral, controlar o Atlãntico Sul. Para isto precisamos de escoltas, navios de patrulha, submarinos (negar o uso) e muitas aeronaves de patrulha para vigiar a região. Nem conseguimos patrulhar o Atlântico e para isto não precisamos de PA!! Temos somente 9 P-3 modernizados e mal armados (as armas, sonoboias não foram compradas). Isso tudo sem falar no enorme cabide de emprego que as Forças Armadas se tornaram. A Marinha conta com 70.000 militares!!!!
E com tudo isto, ainda há quem defenda que devemos ter Porta-Aviões?? Desculpem-me, mas não tem coluna “Mar e Guerra” que me faça mudar de idéia.
A gente tem que começar a defender os sonhos plausíveis. Temos que defender uma Marinha bem equipada, bem treinada, enxuta e com os pés no chão. Chega destes “sonhos de uma noite de verão”!!!
Os argumentos só seriam convincentes se não tivéssemos NENHUM Porta-Aviões. Temos PA desde 1960!
E gente que fofocava e agourava o contrato com a Marsh agora nem tem coragem de admitir que errou. Parabéns MB por calar esses que tanto torcem contra.
Parabéns pela matéria, não vejo a hora de ver o NAe São Paulo totalmente operacional. Quanto aos geradores de energia quando serão trocados e onde?
Marinha do Brasil!
Pq não foi comprado Hawkie e Greyhound? E outra quando é que vai acabar essa proibição besta pra aeronaves de asas fixas pra MB e pro EB?
Já passou da hora de acabar com essa proibição,polícias e bombeiros podem utilizar ,mas a MB e o EB não.
Porque eles não cabem no SP.
Filho, esta restrição já acabou faz mmmmmmuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuiiiiiiiiito tempo.
É devagar é devagar é devagarinho…. Mas vamos chegar! O ruim é se tivessemos parados.
O que é preciso entender é que o CASCO do navio é de 1956, porém seus sistemas estão sendo modernizados para o século XXI, como ocorre com a instalação do SICONTA MK IV, por exemplo.
O mesmo se passa com os C1. Os motores serão turbo e não os de pistão originais. A aviônica será de última geração, etc.
Desta maneira, não vejam estes meios com olhos no passado, mas sim como estão sendo preparados para operarem hoje.
Mas e a propulsão do próprio A12 São Paulo, é atualizada também?
Abçs…!
O problema do SP não é propulsão. O problema é geração de energia.
so os NAe nuclear a 110% da capacidade sao mais rapidos q o A12…
Humm! Concordo, a lógica é essa mesmo.
Abçs..!
Mesmo assim será o terror de qualquer Marinha que não possui NAe’s ou NPM’s com aviação de asa fixa.
podiamos ter uns harrier tbm neh:D seria bacana ou uns ospley mv-22
Harrier consome demais e é caro de manter. O Osprey quem sabe um dia.
Parabéns, MB ! Torcendo para em 2015 termos A-12 São Paulo operando AF-1B/C, C-1A, Sea Hawk e EC-725.
O Porta Aviões é de 1961. Os aviões são dos anos 60. É! fazer o que?
Errado. O Porta aviões é de 1956. Os aviões não são da década de 60. O projeto inicial sim, mas os nossos foram os últimos a serem fabricados, tendo inclusive o melhor motor. Iremos com os A-4 sim, até que a MB decida qual será seu futuro caça naval. Esta é a nossa realidade.
Então são mais velhos ainda? Rs
Porém mesmo que os projetos sejam um pouco antigos, se a capacidade operacional nos prestar bons serviços e o tempo de nosso uso for aceitável, acho que está valendo pra nossa situação sim!
E as aeronaves”AEW” ?? QUANDO VIRÃO???
Fazendo coro com a sua pergunta, Marcelo!
Uma coisa de cada vez. A MB faz as coisas no seu devido tempo. Primeiro o COD, ou C-1A, então depois ela partirá para o AEW.
esses aí são só para transporte ou vai ter AEW também?
Respondido.
hu hu quando estão aqui