A NUCLEP – Nuclebrás Equipamentos Pesados S/A entregou, dia 12 de dezembro de 2016, a seção 2A do SBR-2 à Itaguaí Construções Navais (ICN). Esta é a ultima seção de um total de cinco que compõem o casco resistente do Submarino Humaitá.
A cerimônia para entrega da seção aconteceu na Fábrica da NUCLEP e estiveram presentes na solenidade o Presidente da NUCLEP, Jaime Cardoso, os Diretores Celso Cunha, Liberal Zanelatto e Carlos Seixas, o Presidente da ICN, Pascal Le Roy, e o Almirante de Esquadra (RM1) e Coordenador-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear, Gilberto Max Roffé Hirschfeld, além de funcionários da empresa e da ICN.
Em seu discurso de abertura, o Presidente, Jaime Cardoso, ressaltou a importância da NUCLEP no cenário nacional:
“O valor de uma empresa como a NUCLEP muitas vezes é confundida apenas com a questão do valor contábil e esse tipo de obra mostra como se deve valorizar e hoje as gestões modernas valorizam, a relação complexa entre seu valor contábil, social, ambiental e no caso da NUCLEP principalmente, seu valor estratégico. O valor global de uma empresa como a NUCLEP é fundamental para que todos os engajados em uma obra como a de um submarino, todos os responsáveis, dos mais simples ao mais alto posto do Governo Federal , compreendam que uma empresa como essa deve ser tratada com a importância que ela tem ou seja, o resultado dessas variáveis, especialmente a estratégica é o que qualifica a nossa empresa a receber toda a atenção que ela merece e aos trabalhadores especialmente, assim esperamos dos grandes responsáveis o apoio total para que os resultados esperados de um empreendimento desta envergadura tenham o êxito dentro do prazo e da qualidade que é característica da NUCLEP”.
O Submarino Humaitá é o segundo de quatro submarinos de propulsão convencional em construção no âmbito PROSUB. É o primeiro cujo casco resistente foi inteiramente construído no Brasil e é a prova incontestável da plena absorção tecnológica envolvida nesta etapa do programa. É necessário destacar que o processo de construção introduzido com o advento do PROSUB impôs às empresas e aos profissionais participantes da sua construção a necessidade de vencer uma extensa curva de aprendizado, capacitando-os para a conclusão de mais uma importante etapa que visa permitir o Brasil a se tornar apto a construir submarinos de propulsão nuclear, objeto precípuo do PROSUB.
A Seção 2a é a maior seção do Submarino Humaitá e é composta pelas subseções 3,4,5,6,7, anel de reforço e subseção 8ª e possui 18,292 metros de comprimento, 6,2 metros na parte de vante e 5,74 na parte de ré uma vez que a subseção mais a ré possui a forma cônica. O peso total da seção é de 120 toneladas.
O corte da primeira chapa do submarino Humaitá ocorreu em setembro de 2013 perfazendo 3 anos e 3 meses de construção do casco resistente.
O Diretor industrial, Liberal Zanelatto, esteve presente no evento e ressaltou a importância do trabalho realizado na NUCLEP para o país.
— Esse projeto é muito importante para o estado brasileiro. Eu agradeço o trabalho desenvolvido por todos que fazem parte dessa equipe. É o trabalho de cada um que faz com que os resultados apareçam. Este é um trabalho realizado em poucos lugares do mundo e nós conseguimos fazer com qualidade. — Declarou.
FONTE: Nuclep
Perfeito André acho que isto nos dá expertize, mas não sei se suficiente sem um GAP muito longo. A compra de navios já em operação com TOT me parecem mais adequadas as nossas necessidades considerando o alto grau de obsolescência da frota. Comprar o projrto+TOT+Construção e adequação do Arsenal de Guerra da marinha era a idéia. Ter um local adequado para construção e manutenção de navios visto o estado atual do AMRJ não ser adequado paraesta monta.
Como a matéria informa esse é o primeiro submarino que será construído integralmente no Brasil, ja que as classes Tupi e Tikuna tiveram suas proas trazidas da Alemanha. Esse feito é muito importante para a marinha.
Será que depois de todo esse trabalho minucioso com submarinos ainda não temos capacidade de construir fragatas sem ter que recorrer a estaleiros internacionais?! Se fosse ao contrário era mais fácil de entender.
Bom o importante é que mais uma etapa foi concluída.