São Paulo, 21/1/2016 – O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, afirmou que dará todo o apoio para o desenvolvimento do Programa Nuclear da Marinha, durante visita ao Centro Experimental de Aramar (CEA), realizada nesta quinta-feira, em Iperó (SP). “Esse projeto tem grande significado e importância para a ciência, a tecnologia e a defesa. Temos que estimular a sua continuidade e oferecer todo o apoio para que ele se desenvolva de forma mais rápida e intensa”, disse o ministro, que estava acompanhado pelo comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira.
Aos jornalistas, Rebelo afirmou que o ajuste fiscal não resultará em sacrifício para os programas essenciais. Ele citou a inclusão da obra do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como fator positivo para o Programa Nuclear da Marinha.
“O ajuste exigiu que todos os ministérios dessem alguma contribuição para a retomada do equilíbrio das contas. Mas nenhum projeto essencial foi sacrificado. Nós podemos ter reduzido a velocidade dos investimentos, mas, por outro lado, adotamos medidas para a ampliação dos horizontes para esse projeto.”
À frente do cargo de ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Rebelo negociou com o governo federal, no ano passado, a inclusão no PAC das obras do reator, que serão conduzidas em parceria com a Marinha, no âmbito do programa nuclear desta Força.
A 120 Km da capital paulista, o complexo de Aramar é a parte industrial do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP). O Programa Nuclear da Marinha foi iniciado em 1979 e busca estabelecer a competência técnica para projetar, construir, operar e manter sistemas de propulsão com reatores do tipo Reator de Água Pressurizada (PWR), e produzir o seu combustível para a propulsão naval. Está dividido em dois projetos: o Projeto da Propulsão Naval (PPN) e o Projeto do Ciclo do Combustível Nuclear (PCCN).
No centro de Aramar estão sendo implantadas as principais oficinas, usinas, laboratórios e protótipos desenvolvidos. Entre eles, o Laboratório de geração de Energia Nucleo-Elétrica (LABGENE), que será uma instalação experimental, em terra, de uma planta de propulsão nuclear.
Segundo o diretor do centro de Aramar, almirante André Luiz Ferreira Marques, que apresentou o programa ao ministro, o domínio de todas as fases da tecnologia nuclear irá transbordar para toda a indústria nacional, beneficiando a cadeia produtiva do País.
Na visita ao centro, Rebelo percorreu instalações importantes como a Unidade Piloto de Produção de Hexafluoreto de Urânio (Usexa), que terá a responsabilidade de produzir o combustível nuclear em escala industrial em território nacional. Ao final da visita, o ministro plantou uma paineira no jardim de Aramar.
O ministro realizou a visita acompanhado também do prefeito de Iperó, Vanderlei Polizoli, e do presidente da Câmara dos Vereadores, Sérgio Poli.
FONTE: Asscom
Pena que a importância está somente nos discursos. Até a Educação da “pátria educadora” levou navalha. Ao menos ajustem o discurso com a realidade, pois está ficando patético.
Almirante Ferreira Marques, meu colega e chefe de classe na Escola Naval, um baita orgulho de ter sido companheiro de uma pessoa de tanta capacidade tanto intelectual como de ética humana…
Um grande companheiro…. Que chegou ao top da sua carreira como engenheiro nuclear…
Que os bons ventos o guiem camarada !!!
Então podemos esperar muito do que depender dele meu caro Gilberto Rezende,tomara que faça jus ao seu elogio e boa sorte ao almirante !
Será que a Presidenta sabe disso dessa importância alguém tem que falar para ela não adianta o ministro da defesa chegar e dizer isso ele tem é que correr atrás das verbas.
ela tenha a coragem…
O Brasil tem potencial e dinheiro, só basta colocar na mão de pessoas certas, agora com certeza os EUA estão atentos a esse movimento brasileiro, e certamente trará diversos questionamentos em relação a capacidade brasileira em proteção de suas estruturas criticas e do controle desse tipo de material no mercado . é claro estamos falando em um desenvolvimento a longo prazo, embora o Brasil tenha o domínio e a compreensão já desenvolvidos em Angra I e II ainda precisamos minimizar ainda mais as nossas dependências estrageiras, seja ela nuclear ou militar, sabemos que é possível com desenvolvimento na educação e investimentos corretos no setor.