Em entrevista ao programa “Globonews Miriam Leitão”, o Ministro da Defesa afirmou que a parceria deve ficar dentro dos limites da segurança nacional, impedindo que outro governo tenha poder sobre a empresa brasileira
Por Fábio Grellet
RIO – O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que o governo federal torce para que a fabricante brasileira de aviões Embraer firme um acordo com a norte-americana Boeing, desde que isso não implique em poder externo sobre a Embraer. As empresas discutem um acordo desde o ano passado.
“O governo quer que dê certo, torce para dar certo. Eu, inclusive, me reuni com o diretor financeiro da Boeing e sua equipe e disse a ele: “olha, encontre uma maneira, sejam criativos” “, afirmou o ministro em entrevista ao programa Globonews Miriam Leitão, exibido na noite desta quinta-feira, 1º, pela emissora de TV paga Globonews.
Para Jungmann, é preciso criar um tipo de parceria que impeça que outro governo tenha poder sobre a Embraer, responsável por projetos do governo federal. “O nosso problema é que, se o controle passa para um terceiro país, as nossas decisões ficam subordinadas àquele país – por exemplo, ao Congresso americano. Se o Congresso americano, amanhã, decidir que não é de seu interesse o desenvolvimento de um reator nuclear ou o ciclo completo nuclear que a Marinha faz, se ele tem o controle da Embraer, isso está rompido”, disse.
“É uma parceria. Crie uma terceira empresa. Como nós fazemos isso? Não sei. Eu sei o que não pode (fazer). Nenhum país do mundo vende uma empresa estratégica de defesa. Não é por nacionalismo, ultra-nacionalismo ou qualquer tipo de preconceito com os americanos ou a Boeing. Nós apostamos que dê certo, mas temos um limite que remete a um projeto nacional autônomo que é o limite que a gente impõe”, continuou o ministro.
Jungmann completou ainda que “a gente aposta nessa parceria, porque o mercado aeronáutico global está mudando e é importante tanto para a Embraer como para a Boeing”.
FONTE: O Estado de SP
É o mínimo que se espera do governo, realmente, essa postura coerente!E a Boeing tem que entender isso, senão tá com segundas intenções; países não são amigos, tem interesses e devem protege-los!Não pensem que E.U.A., Europa, Rússia, China ou qualquer outro país quer ver o desenvolvimento do Brasil como poder hegemônico, ou algo equivalente, em qualquer lugar do mundo!Então, se não cuidarmos dos nossos interesses enquanto pais ou nação, esqueçam, ninguém fará isso por nós!
Isso é o mínimo que se espera de uma bando de canalhas entreguistas. Aqui todos “torcem” pelo Brasil, mas se pintar uma entrega prós nossos maiores inimigos aí todos ou quase todos viram a casaca. Quem americanos como amigos não precisa de inimigos nunca. Veja a postura de Israel: não desgrudam o olho deles, sabem mas do que ninguém quem são os mesmos. As ffaa sempre minguando… E em parte fazem por merecer
A lava jato é o grande ataque. Querem nos manter como capachos deles , pois o somos. Querem destruir os BRICs, o grupo de países que iria colocar Otan EUA ué no lugar deles… Isso é fato
Se foi descartado pela Boeing uma Joint Venture, se foi descartado pela Embraer a cisão da área civil da militar da empresa bem como a criação de uma terceira empresa para receber essa “Parceria”.
Como será feito isso ?
Não sei não mas acho que essas conversas, ainda vai longe !!!!
Curioso dizer que nenhuma empresa vende uma empresa estratégica: o Brasil conseguiu ir além falindo a Engesa por não ter investido no Osório! Hoje esta aí com Leopard defasado. Mais curioso ainda é que isso ocorreu justamente no governo militar!
Se o governo vê com bons olhos essa negociação é porque esse processo tem importância estratégica.
De muito bom senso!