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Exército Brasileiro tem 1.130 militares no nível mais elevado de prontidão da ONU

Guilherme Wiltgen por Guilherme Wiltgen
08/04/2025 - 08:15
em Exército
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O Exército Brasileiro alcançou, no dia 7 de abril de 2025, um marco histórico ao obter, pela primeira vez, a certificação de suas tropas no Nível 3 do United Nations Peacekeeping Capability Readiness System (UNPCRS), Sistema de Prontidão de Capacidades de Manutenção da Paz das Nações Unidas. O nível 3 de prontidão é um dos mais elevados níveis de prontidão operacional no âmbito das forças de paz da ONU: a certificação atesta que as unidades envolvidas estão aptas a se desdobrar rapidamente em missões de paz, atendendo aos rigorosos critérios internacionais de treinamento, equipamento e disponibilidade de pessoal e meios. O nível 4, último nível de prontidão é conquistado pela tropa somente na iminência de emprego em Operações de Manutenção da Paz das Nações Unidas, patamar não ocupado pela tropa brasileira em função das limitações da legislação.

Unidades certificadas e inspeções da ONU

Com a certificação, o Brasil disponibiliza à ONU um Batalhão de Infantaria Mecanizado, uma Companhia de Infantaria Mecanizada de Força de Reação Rápida (Quick Reaction Force – QRF) e uma Companhia de Engenharia de Força de Paz, totalizando 1.130 militares, entre homens e mulheres. Os Exercícios de Inspeção e Verificação conduzidos por equipes da ONU ocorreram em Cascavel/PR e São Gabriel/RS – sedes dessas organizações militares avaliadas –, onde os observadores internacionais examinaram de perto as tropas e seus meios. Nessas inspeções, realizadas a pedido do Brasil, foram analisados o nível de prontidão dos militares, as condições dos equipamentos e viaturas, bem como a estrutura de apoio logístico disponível para sustentar as tropas em operação.

Processo de preparação e certificação

A elevação das tropas ao Nível 3 do UNPCRS é fruto de um extenso processo de preparação e avaliação. Inicialmente, o Brasil voluntariou-se a manter tropas à disposição das Nações Unidas para missões de paz, manifestando seu compromisso em contribuir para a segurança internacional. Em seguida, os militares selecionados passaram por uma rigorosa capacitação em dois eixos complementares: o “pacote verde”, que consistiu no treinamento militar regular e nos elevados padrões de adestramento do Exército, e o “pacote azul”, voltado especificamente às exigências das Nações Unidas. A segunda etapa especializada foi conduzida pelo Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB) – organização militar de excelência do Exército Brasileiro, referência internacional na preparação de pessoal para missões de paz – sob a coordenação do Comando de Operações Terrestres (COTER). No blue training, os militares foram instruídos em temas fundamentais das operações de paz da ONU, tais como prevenção de exploração e abuso sexual, coordenação civil-militar, logística e procedimentos de reembolso no contexto das Nações Unidas, além da crucial proteção de civis.

Concluída a etapa de adestramento avançado, uma comitiva especializada da ONU realizou no Brasil a Visita de Avaliação e Assessoramento (Assessment and Advisory Visit), passo indispensável para a certificação final. Durante a inspeção, os oficiais da ONU verificaram in loco a prontidão operacional da tropa, o nível de treinamento alcançado, a disponibilidade e o estado de manutenção dos equipamentos e veículos, bem como a capacidade de apoio em suprimentos e serviços essenciais. Aspectos logísticos tiveram atenção especial: foram examinados itens de subsistência, comunicações, equipamentos médicos e de combate, entre outros materiais fundamentais para o emprego militar em ambiente de missão. Ao término do rigoroso processo de avaliação – que incluiu exercícios demonstrativos em Cascavel/PR e São Gabriel/RS –, ficou evidenciado que as frações brasileiras atendiam a todos os requisitos exigidos. A Organização das Nações Unidas então confirmou a elevação das tropas do Exército Brasileiro ao Nível 3 do sistema de prontidão, certificando que o contingente nacional está preparado para um eventual desdobramento em operações de paz no exterior.

Importância diplomática e projeção internacional

A conquista dessa certificação internacional carrega uma grande dimensão diplomática e estratégica. Ao disponibilizar tropas de alto grau de prontidão à ONU, o Brasil reforça sua política externa de comprometimento com a paz e projeta seu estado de prontidão no cenário global. O Exército Brasileiro figura, assim, como um importante instrumento da diplomacia brasileira e símbolo do compromisso do País com a paz mundial. O excelente desempenho no processo de certificação – alcançado graças ao elevado profissionalismo, preparo humano e coesão da tropa – reflete o alto padrão de desempenho e operacionalidade da Força Terrestre. O reconhecimento internacional, manifestado pela confiança da ONU e de nações parceiras, gera reflexos positivos para o Brasil: projeta a imagem profissional das Forças Armadas e reforça a capacidade de dissuasão estratégica do País, atuando como vetor para a política externa brasileira na busca da solução pacífica de conflitos.

Ao mesmo tempo, essa realização alinha-se aos preceitos que historicamente orientam a diplomacia nacional. O Brasil sempre baseou suas relações internacionais em princípios como a defesa dos direitos humanos, o respeito à soberania das nações, a resolução pacífica de controvérsias e a cooperação para o progresso comum. A pronta participação em operações de paz, agora fortalecida por tropas certificadas em nível elevado de prontidão, reafirma esses valores e a postura do País como ator comprometido com a estabilidade e a segurança globais. Com a certificação Nível 3, o Exército Brasileiro passa a deter o maior poder de combate terrestre do Brasil disponível para emprego imediato em missões de paz. Vale destacar que mais de 80% do efetivo brasileiro atualmente inserido no nível 3 de prontidão da ONU pertence ao Exército, evidenciando o protagonismo da Força Terrestre no esforço nacional de manutenção da paz e na projeção do Brasil no exterior.

Trajetória brasileira em missões de paz da ONU

A elevação ao Nível 3 do UNPCRS é resultado de décadas de experiência e aprendizado do Brasil em operações de paz. O País possui uma longa e respeitada trajetória de contribuições às missões da ONU, participando ativamente desde as primeiras iniciativas do gênero. Em 1947, o Brasil iniciou a participação no Comitê Especial das Nações Unidas para os Bálcãs (UNSCOB) de 1948 a 1949, enviando três oficiais militares e dois representantes civis. A missão monitorava a situação na fronteira da Grécia com países vizinhos durante a guerra civil grega.

Em 1956, a resolução da ONU 1001 (ES-I) estabeleceu a Força de Emergência das Nações Unidas (United Nations Emergency Force, UNEF) para atuar no Egito, Sinai e Faixa de Gaza. A UNEF foi a primeira oportunidade de emprego de tropa brasileira em missão de paz no exterior. Entre 1957 e 1967, um Batalhão de Infantaria brasileiro – o Batalhão Suez – atuou na Força de Emergência das Nações Unidas, na região do Sinai e Faixa de Gaza, totalizando cerca de 6.300 homens rotacionados ao longo de dez anos. Desde então, o Brasil já integrou mais de 50 operações de manutenção da paz, contribuindo com mais de 55 mil militares, policiais e civis em contingentes multinacionais, de acordo com dados do Ministério das Relações Exteriores. A participação brasileira abrange missões em vários continentes, com ênfase em países com os quais o Brasil mantém laços históricos e culturais – casos de Angola, Moçambique, Timor-Leste e Líbano, entre outros –, além de operações marcantes no contexto regional, como no Haiti.

Valorização da participação feminina
A presença feminina nas tropas de paz do Exército Brasileiro desponta como elemento de inclusão e multiplicador de capacidades nas operações. Em consonância com as diretrizes da ONU de aumentar a participação de mulheres em missões de paz, o Exército vem ampliando o emprego de militares do sexo feminino em suas unidades operacionais. Na companhia de engenharia certificada no Nível 3, por exemplo, a Tenente Baltazar, engenheira militar, tornou-se a primeira oficial brasileira a comandar um Pelotão de Engajamento em ambiente de missão de paz. O Pelotão de Engajamento tem a missão de estabelecer contato direto com a população local durante as operações, algo em que a atuação de mulheres se mostra essencial em determinados contextos culturais. O exemplo da oficial evidencia o valor agregado que a participação feminina traz às missões: além de ampliar as possibilidades de interação e proteção de civis, reforça os princípios de igualdade e respeito promovidos pelo Brasil. A inclusão de homens e mulheres, lado a lado, nos contingentes de paz reflete os valores de diversidade e profissionalismo, fortalecendo o desempenho do Exército Brasileiro em suas tarefas internacionais.

Prontidão permanente e excelência operacional

A certificação das tropas brasileiras no UNPCRS não representa o fim, mas sim parte de um ciclo contínuo de aprimoramento. O Exército, por intermédio do COTER e do CCOPAB, mantém um programa permanente de treinamento e exercícios para assegurar que suas unidades se mantenham no mais alto grau de preparo.

Com profissionalismo, coragem e espírito de cooperação, os peacekeepers brasileiros continuam honrando a tradição pacífica da Nação e reforçando o compromisso histórico do Brasil na construção de um mundo mais seguro e estável.

FONTE: EB

Tags: Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB)Comando de Operações Terrestres (COTER)Exército Brasileiro (EB)Força de pazONUOrganização das Nações Unidas (ONU)United Nations (UN)United Nations Peacekeeping Capability Readiness System (UNPCRS)
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Comentários 3

  1. Rogério Loureiro Dhiério says:
    2 meses atrás

    Isso significa que, em caso de necessidade a ONU poderia solicitar esses soldados para ações eventuais ao redor do globo?

    Responder
  2. Colombelli says:
    2 meses atrás

    Desperdicio de recursos e tempo.
    Tirando algum pouco aprendido no Haiti
    ( nos primeiros anos somentr) e os blackhawks q vierem com a mussao Peru/ Equador nao ganhamos nada com isso. Sequer um asento no conselho de segurança.

    Responder
    • Augusto says:
      2 meses atrás

      Ninguém vai dar lugar no Conselho de Segurança para forças armadas capengas. Isso é mistura de delírio com populismo.

      Responder

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