A Força Aérea da China, bem como sua irmã mais nova, a Força Aérea da Marinha, usam conjuntamente em torno de 1.700 aviões de combate, inclusive os caças multifuncionais e de intercepção, bombardeiros e aeronaves de combate, calculou o jornalista Sébastien Roblin.
Somente os EUA têm mais aviões, isto é, 3.400 unidades em ação. Entretanto, a investigação publicada no portal The National Interest, revela que a China pode ter algumas classes de aeronaves pouco conhecidas no Ocidente.
Aproximadamente 33% de seus aviões de combate são caças de 2ª geração, com valor limitado para o combate com um inimigo moderno, eficazes provavelmente apenas para um ataque em grupo. Outros 28%, que incluem os bombardeiros estratégicos é de 3ª geração. Trata-se dos aviões com capacidades mais avançados, mas também obsoletos.
Outros 38% contam com os caças de 4ª geração, que em teoria podem fazer resistência a alguns aviões da produção americana, como os F-15 e F-16. Finalmente, os caças furtivos não superam 1% do número total.
Grande parte dos aviões disponíveis são “clones” das construções russas ou norte-americanas, assinala Robin. Por isso, não é difícil determinar as capacidades técnicas das aeronaves a partir dos seus originais. A China, na verdade, revela pouco as propriedades técnicas dos seus aviões, mantendo em segredo os dados sobre a maior parte da sua frota.
Não obstante, as capacidades de toda esta aviação “são somente a metade da história”, afirma o investigador. Ao menos a metade da sua eficácia consiste no treinamento, na doutrina organizacional e nos “ativos de apoio a partir dos dados dos seus satélites de reconhecimento, aviões cisterna, radares terrestres e postos de comando aerotransportáveis”.
O autor acredita que a China não está com pressa para substituir seus antigos aviões por outros mais modernos. Segundo Roblin, as principais aquisições estão sendo adiadas até que a indústria de aviação chinesa suavize os defeitos da quarta geração das suas aeronaves e esteja pronta para a produção em série de caças furtivos.
‘Ataque de clones’ adiado por décadas
O design mais antigo disponível datado no ano de 1950, “quando a União Soviética e a China comunista eram as melhores companheiras”. Naquela época, Moscou transferiu muitos tanques e aviões para Pequim, juntamente com toda a tecnologia.
Uma das primeiras aeronaves fabricadas na China foi a J-6, um clone do MiG-19 supersônico. Pequim construiu milhares desses aviões e quase todos, com algumas exceções, já foram removidos. Quase 150 unidades de sua modificação redesenhada estão em serviço para realizar ataques terrestres, por exemplo, o Nanchang Q-5. Estes já estão equipados com munições de precisão guiadas.
Apesar das dificuldades nas relações russo-chinesas no final da década de 1950, em 1962 a URSS ofereceu mais uma dúzia de novos caças MiG-21 à China como parte de uma iniciativa de reconciliação. Pequim rejeitou a oferta, mas ficou com os protótipos, que foram submetidos à pesquisa de engenharia. Assim, apareceu o Chengdu J-7, mais robusto, mas também mais pesado que o original.
Sua produção começou lentamente “devido ao caos da Revolução Cultural”, mas entre 1978 e 2013 as fábricas chinesas construíram milhares de unidades de diferentes variantes desses caças com a fuselagem em forma de lápis. Cerca de 400 aviões desse tipo ainda fazem parte da aviação naval e terrestre do país.
Em vez de descartar os J-7 com a chegada do novo milênio, a China se dedicou a mantê-los atualizados. Em 2004, a modificação J-7G recebeu um radar Doppler israelense com alcance de 60 quilômetros. Ademais, também foram melhorados seus mísseis e introduzida uma cabine de cristal digital.
Outro clone da era soviética é o Xian H-6, um bombardeiro estratégico de dois motores desenvolvido a partir do Tu-16 da década de 1950.
Embora este fosse menos capaz que os bombardeiros Boeing B-52 ou Tupolev Tu-95, o H-6K ainda continua relevante porque pode lançar mísseis de cruzeiro pesados de longo alcance contra os alvos navais ou terrestres a distância de até 6.500 quilômetros sem entrar na área da defesa aérea inimiga.
Originalmente, o Xian tinha a missão de transportar as armas nucleares, mas a Força Aérea chinesa parece não estar mais interessada neste papel. Relata-se, ademais, que Pequim estará desenvolvendo um novo bombardeiro estratégico dessa família, o H-20, mas ainda há pouca informação sobre ele.
Inovações domésticas
A China começou a desenvolver as aeronaves com seu próprio design em meados da década de 1960, mas a estreia destes não ocorreu até 1979, quando o avião interceptor supersônico Shenyang J-8 decolou pela primeira vez. Este era capaz de alcançar a velocidade de Mach 2.2, embora lhe faltassem a aviônica moderna e a capacidade de manobra. Hoje em dia, 150 unidades da sua versão modernizada, o J-8II, ainda estão em serviço.
Na opinião do jornalista, este avião representa uma plataforma de armas rápida, mas pesada, algo semelhante ao F-4 Phantom americano. Duzentas aeronaves Xian JH-7, conhecidas como “leopardos voadores”, entraram em serviço em 1992. Eles são potentes bombardeiros navais que podem transportar até 9 toneladas de bombas a uma velocidade máxima de Mach 1,75. Quando estes evitam um verdadeiro combate aéreo, têm uma enorme capacidade destrutiva.
O Chengdu J-10, por outro lado, é um análogo chinês do F-16 Fighting Falcon, caça multifuncional muito manobrável com a aviônica de alta qualidade, o que compensa a instabilidade aerodinâmica da sua fuselagem.
Atualmente, sua fabricação depende do fornecimento de turbojatos russos AL-31F. Alguns de seus dispositivos são genuinamente modernos, como os sistemas avançados de busca e escolta por raios infravermelhos e um radar AESA da última geração, que nem todos os F-16 possuem.
No entanto, entre as 250 unidades fabricadas, houve muitas envolvidas em acidentes fatais, possivelmente relacionados com alguns problemas no sistema de controle eletrônico.
Solução transcendental
Nos piores momentos para a economia russa, após o colapso da URSS, os chineses apelaram ao seu vizinho do norte para adquirir os mais modernos caças da época, Sukhoi Su-27. A decisão de vender vários deles foi transcendental, diz o autor. Agora, uma família extensa de aeronaves derivadas deste modelo, comparáveis com o F-15 Eagle, “constitui o núcleo da moderna Força Aérea da China”.
Depois de importar o lote inicial dos aviões Su-27, Pequim comprou uma licença para construir sua própria cópia, o Shenyang J-11, e então começou a construir independentemente dois modelos mais avançados, o J-11B e J-11D.
Moscou, por sua vez, ficou irritada com o fato, mas ainda vendeu 76 unidades do caça Su-30 modernizado (designado Flanker na OTAN) para a China. Esses análogos do F-15E Strike Eagle destinados para um ataque naval e terrestre também serviram como inspiração para designers chineses.
Assim, eles fizeram seu próprio modelo derivado: o Shenyang J-16 (Red Eagle), que possui um radar AESA, e Shenyang J-15 Flying Shark, um caça adaptado para porta-aviões. Cerca de vinte dessas unidades estão atualmente implantadas no convés do navio chinês Liaoning. Mais tarde, veio também o J-16D, aeronave de contramedidas eletrônicas.
Os derivados chineses dos aviões Sukhoi pertencem, em teoria, à 4ª geração, como os F-15 e os F-16. Sua principal vulnerabilidade é o seu turbopropulsor de produção nacional WS-10, que sofreu problemas de manutenção e não produziu impulso suficiente. A tecnologia do motor a jato ainda hoje é a principal limitação deste avião de combate chinês. Roblin não exclui que Pequim irá comprar novamente turbojatos russos para resolver o problema.
Em um período de tempo incrivelmente curto, a China desenvolveu dois modelos diferentes de caçadores furtivos. Vinte aeronaves Chengdu J-20 foram encomendadas em 2017. Trata-se de um grande bimotor com velocidade e alcance otimizados, bem como a capacidade de carregar armas pesadas, porém, em detrimento da capacidade de manobra.
Enquanto isso, o Shenyang J-31, que no momento tem apenas dois protótipos construídos, é menor e representa uma remodelação do F-35 com dois motores americanos. Possivelmente, a corporação fabricante usou para a construção os designs “hackeados” dos computadores da empresa Lockheed Martin.
Os EUA temem, por sua vez, que os designers chineses tenham desenvolvido uma aerodinâmica superior em comparação com seus originais, inclusive as tecnologias que permitem decolar ou aterrissar verticalmente.
O projeto J-31 pode ser usado para porta-aviões do tipo 002 e também como alternativa às exportações do caça F-35 com um preço muito mais baixo.
FONTE: Sputnik
Com todo respeito ao grande esforço e seriedade que a China vem formando técnicos e engenheiros, e investindo em tecnologia, mas até algum tempo atrás acontecia cerca de 5 a 6 desmoronamentos de prédios,pontes e viadutos por ano na China, lembro de ter visto um acidente com um grande avião de passageiros, onde o sistema de alarme com instruções de voz avisava o erro de procedimento, e o piloto perguntava ao co-piloto o que estava sendo dito, os dois não entendiam inglês, talvez eu possa fabricar uma motocicleta no quintal de casa e ser aclamado por amigos e vizinhos, mas saberei realizar o correto cálculo do caster? Possa fabricar carro nacional, mas saberei o verdadeiro funcionamento do diferencial, com toda tecnologia que anseiam, não dominam o desenvolvimento e construção de uma boa turbina aeronáutica, sei que poucos dominam tal capacidade,mas é esse conhecimento que pode definir uma guerra, pularam muitas etapas, é a velha história do cidadão que compra a habilitação, para depois aprender a dirigir, o panda também é um urso feroz,mas não causa tanto medo, China merece respeito, estão dando longos passos, mas acredito que comprar,copiar e tentar produzir, não dá bons resultados, no mesmo pensamento surgiu a CCE eletrônica, era para ser a melhor marca de equipamentos eletrônicos do mundo,e não estou brincando, mas…
Como dizia meu velho pai; ajeita isso, pois se algo PODE dar errado, VAI dar… palavras de sabedoria? Sim! Conhecia a frase, mas não sabia de onde vinha….
Comparando China e EUA, baseado na mesma fonte (Wikipédia), o EUA atualmente dispõem de 2.816 caças em serviço ativo (esta matéria cita 3.400).
USAF
F-15 Eagle -> 236
F-15E Strike Eagle -> 220
F-16 Fighting Falcon -> 951
F-22A Raptor – > 195
F-35A Lightning II -> 71
Total: 1673
Marine Corps
F/A-18C Hornet -> 60
F/A-18D Hornet -> 48
F-35B Lightning II -> 38
AV-8B/+ Harrier II -> 108
total: 254
US Navy
F-5F/N Tiger II -> 30
F-16 Fighting Falcon -> 26
F/A-18 Hornet -> 314
F/A-18E/F Super Hornet -> 507
F-35C Lightning II -> 12
Total: 889
EUA caças ativos, total geral: 2816
*Sem pretensões de exatidão….
Segundo a informação disponível na *Wikipédia,
os números de caças de 4ª geração, somando força aérea e marinha:
*Não deve ser exato, mas serve para dar uma ideia aproximada…
Chengdu J-10 -> 347
Shenyang J-11 -> 277
Shenyang J-15 -> 21
Sukhoi Su-27 -> 75
Sukhoi Su-30MKK -> 97
Sukhoi Su-35S -> 24
Total: 841
Existem mais uns 1.000 caças de 3ª geração,
porém a China fez um amplo programa de modernização
nestes jatos, atualizando seus aviônicos e armamentos para os padrões
de 4ª geração (atuam mais na defesa do espaço aéreo interno/fronteiriço e simultaneamente, treinamento de pilotos).
Olhem que imagem (terceira de cima para baixo) linda a do FJ-16 lançando as bombas.
Sem dúvida a FA da china precisa melhorar muito, sem falar o principal? experiência real de combate.
Mas acredito que vão crescer muito na próxima década. Não acho isso bom, pois a China tem ambições imperialista…logo estão atacando diversos países, podem ter certeza!
É incrível como para algumas pessoas é difícil aceitar a ideia de que a China tem hoje uma industria aeroespacial forte e que vem sendo aperfeiçoada dia após dia. O engraçado de tudo isso é que se baseiam única e exclusivamente no argumento da “cópia”, mas que em sua grande maioria são licenças de fabricação, a China teve problemas sim teve mas ao mesmo tempo foi consolidando todo um parque industrial com muito investimento e agora os resultados começam a aparecer.
Sim eles tem uma frota de combate bem ampla e com vários modelos que estão superados tecnologicamente e isso poderíamos até chamar de problema, mas o fato é que este quadro nos próximos anos deverá ser revertido com meios mais capazes colocando a frota num novo patamar. Entendo que muitas vezes é meio complicado entender o porque em pouco tempo fomos inundados de notícias sobre novos meios, mas quando mergulhamos afundo veremos que isso começou lá atrás e que com muito esforço e mesmo “copiando” eles chegaram neste novo patamar.
E muitas coisas ainda estão por vir e quem gosta de acompanhar algumas das novidades.
O Chengdu J-10 foi fabricado por cima do projeto do IAI Lavi.
Este caça israelense tinha, segundo informações na época (década de 80), uma performance superior ao F-16, mas não foi produzido porque não houve aprovação norte-americana.
Uma vez li que o projeto foi vendido aos chineses, “por baixo dos panos”, muito tempo depois.
Olá Padilha, surgiu uma dúvida aqui. Li aqui que nossa marinha realizou a compra de um porta helicóptero. Gostaria de saber se o tamanho da pista desse porta helicóptero seria grande o suficiente para um futuro gripen naval. A nossa marinha poderia adaptar esse porta helicóptero para o gripen?
Olá Sérgio, não sou o Padilha, más sou um colaborador do DAN, o citado Porta Helicópteros como já diz o nome não é uma embarcação para emprego de caças(exceto com modificações para aeronaves com capacidade VTOL) e sim helicópteros, o navio não possui nem covôo nem catapultas para operar aeronaves como Gripen pois este não é o seu proposito, espero ter ajudado!
Sérgio isso é impossível. Um futuro Gripen naval necessitaria de um PA com um convoo de 260m e um Skijump ou um PA co. Catapultas.
Fora a instalação do aparelho de parada. O Ocean não permite isso. O ideal para um caça naval é um PA e não um PH.
O J-31 tem um desing de aparecia mais refinada que o F-35.
Os chineses ainda tem muito chão para andar, copiar e remodelar é uma coisa, desenvolver um avião do zero é outra. Criar tecnologia demanda muito estudo e investimento, viver de hackear projetos americanos e de outros países não é a melhor base para obter tecnologia de ponta.
Temos que respeitar o trabalho deles, não é fácil, seja copiado ou de invenção própria, os aviões de combate são tecnologias muito restritas, muito poucos países são capazes de projectar, construir e operar aviões de combate, o projecto FX-2 visa a FAB e a EMBRAER terem essas capacidades, mas não será fácil, nem que venham 108 caças Gripen NG, ou até mesmo o FS-2020 e o Gripen Marine para o futuro NAE da MB, vai ser necessário muito suor da nossa parte, para termos a autonomia que os chineses alcançaram agora, eles ainda têm uma pequena dependência de motores russos, mas acredito que irão superar brevemente, inundado o mercado de motores chineses. Seria bom aprendermos com eles, nem que seja copiando, o importante é a FAB e a EMBRAER fazerem o seu trabalho de casa direito, formarem milhares de engenheiros e técnicos, para que num futuro muito breve possamos projectar do zero os nossos caças.
FS-2020 é apenas um projeto em parceria com a Academia para estudo de viabilidade. Só… Já foi encerrado.
“Gripen Marine”? E os U$ 10 bi para construir um NAe CATOBAR e os caças, saem de onde?
Claro que para quem começa hackear é a melhor base pra consequir tecnologia, nisso vc se equivoca.
E para isso tambem existe muito merito, já que não muitos sabem copiar fazendo engenharia reversa.
E sim, criar tecnologia demanda muito estudo e investimento, menos mal que ninguem investe e cresce na mesma velocidade que eles e tambem ninguem forma maior quantidade de engenheiros que os chineses.
Ja esta prognosticado que em uma decada a China terá uma marinha maior que a de USA, me pergunto quanto tempo vai demandar para que isso suceda na Força Aerea.
A US Navy ainda será soberana por décadas no tocante a tonelagem deslocada.
Em uma década perderam no quesito quantidade.
Pode que no quesito tonelagem isso ainda tarde 2 ou 3 décadas como muito
Ainda ontem estavamos entrando em 2000 e disso já vai fazer 2 décadas, isso para um pais é um parpadeio.
EUA desloca em torno de 3 milhões de toneladas… Quanto a China desloca?
Número não quer dizer muito.
Gil,
Para que a PLAN supere a USN, só se mantivessem um plano de construção continuo durante umas três décadas, redirecionassem esforços para vasos maiores, e os americanos não lançassem mais nada… São mais de 80 vasos acima das 8000 toneladas que, até o final da próxima década, estarão acrescidos de mais uns tantos navios acima das 3000 toneladas…
Muita atenção, por parte da USN, tem sido dada a força submarina, com ao menos 11 desses vasos ( todos nucleares ) em construção ( com mais 7 em ordem ), além de dois super carriers ( com mais 1 em ordem ) e mais 10 destróieres.
O que a PLA tem de sobra são fragatas e corvetas de tonelagem variada, além de missile boats que são relativamente fáceis de serem construídos.
Seja como for, realmente não deixa de ser impressionante…