A cooperação técnico-militar entre a Russia e vários países estrangeiros continua crescendo, apesar das previsões dos últimos anos darem conta de uma futura diminuição.
A Russia ocupa atualmente um confortável segundo lugar em volume de fornecimento de armas no mercado mundial. Estes números são obtidos graças a diferentes estratégias de cooperação que variam conforme os parceiros.
Desenvolvimento conjunto
O primeiro tipo de cooperação, o mais trabalhoso, mas também o mais importante no plano político e o mais estável no geral, está orientado para a transferência de licenças e, em alguns casos, para o desenvolvimento conjunto de equipamento militar. Entre os países com os quais a Rússia usa esta estratégia de cooperação, ou pretende vir a usar, podemos citar a Índia, a China, o Brasil e a Coreia do Sul. Além disso, em qualquer um dos três casos, a cooperação tem as suas características próprias.
Na sua forma integral, ela é realizada hoje apenas com a Índia, para a qual a Rússia representa uma fonte de alta tecnologia naqueles setores onde a indústria indiana se encontra ainda décadas atrás dos líderes. Ela se concretiza em forma de grandes contratos, como, por exemplo, os da produção licenciada dos caças Su-30MKI, sem contar com aqueles comprados já prontos.
O custo total dos Su-30 fornecidos aos indianos, incluindo peças e acessórios, serviços e formação de pilotos, foi estimado por especialistas entre US$ 12 bilhões a US$ 15 bilhões.
A segunda área de cooperação com a Índia está ligada com o tanque T-90. Atualmente, as forças armadas indianas têm cerca de 800 destes tanques, dos quais mais da metade foram montados localmente. Os volumes da produção vão aumentando gradualmente, conforme a capacidade produtiva da fábrica estatal Heavy Vehicles Factory (HVF) que permite produzir até 140 tanques por ano.
A China, que produziu bastante armamento sob licenças soviéticas entre 1950 e 1980, se virou agora para a compra de tecnologia russa para melhorar o seu complexo militar-industrial. No entanto, das cópias licenciadas, os chineses passaram muito rapidamente para a tecnologia de produção independente, reproduzida com base nas amostras recebidas. Mas, em muitos casos, o processo de cópia foi facilitado com a ajuda tecnológica dos departamentos de projetos russos e ucranianos.
Essa é, por exemplo, a história do surgimento dos caças J-11 e J-15, do avião de transporte Y -20, do sistema de mísseis antiaéreo HQ-9, entre outros. No entanto, o sucesso da China no domínio da técnica de outros países ainda não encontra continuação em seu próprio desenvolvimento.
Por isso é possível prever a renovação do interesse da China pelas novas tecnologias russas à medida que forem mudando as gerações de sistemas de armas produzidas pela indústria militar de Defesa russa. O primeiro sinal desse interesse foi demonstrado pela China em relação ao caça Su-35s, a versão atualmente mais avançada da plataforma T-10 (Su-27).
Brasil
Quanto ao Brasil, a Rússia procura captar o seu interesse na possibilidade de desenvolvimentos tecnológicos conjuntos no campo da aviação militar e sistemas de defesa aérea. Se isso for alcançado, será possível falar da formação de um determinado círculo de países desenvolvidos que usam tecnologia russa no projeto e fabricação de sua própria técnica militar. Esse desenvolvimento dos acontecimentos irá aumentar significativamente a estabilidade da indústria russa de defesa na área de maior responsabilidade e de tecnologia mais avançada.
Grande escala
A segunda estratégia de cooperação técnico-militar diz respeito aos países com recursos financeiros relativamente grandes e com dinheiro para comprar equipamento militar caro. Estamos nos referindo à Indonésia, Malásia, Vietnã, Argélia, Iraque, Venezuela, Azerbaijão, entre outros. A cooperação com estes países se caracteriza por um número bastante elevado de contratos. Eles compram lotes de equipamento militar moderno ou suas versões simplificadas, garantindo assim, no total, uma carteira de exportações que em número não fica atrás dos grandes contratos com a Índia ou a China.
As perspectivas da cooperação técnico-militar nesta área são muitas vezes questionadas devido aos riscos políticos que trazem. Assim, a Primavera Árabe levou muitos especialistas a falar no fim próximo da cooperação com os países do Oriente Médio, ao mesmo tempo que a morte de Hugo Chávez colocou sob questão a cooperação com a Venezuela. No entanto, esses receios se mostraram exagerados.
Aos poucos
A terceira estratégia entre a Rússia e os outros países diz respeito a países da África e aos demais da América Latina e Sudeste Asiático. Estes contratos são geralmente pontuais e são assinados com valores relativamente baixos –a partir de alguns milhões até várias centenas de milhões de dólares.
Quanto à cooperação com Angola, vale ressaltar que o futuro crescimento econômico e o aumento dos gastos militares podem levar esse país para o grupo da “segunda estratégia” caso ela decida desenvolver relações com a Rússia neste domínio. Por enquanto, o número de países da “terceira estratégia” é o maior: de acordo com os especialistas, eles formam dois terços dos mais de 70 países da geografia de parcerias da Rosoboronexport. No entanto, o rendimento anual desse grupo é relativamente pequeno e estima-se que não ultrapasse de 10% a 15% do volume total.
FONTE : Gazeta Russa
Tudo só depende do que está literalmente amarrado nos contratos assinados pelas partes e só, depois não adiantam chorumelas.
Só sei que com os últimos acontecimentos na Ucrânia envolvendo à Criméia, mesmo EU sendo em via de regra favorável à autodeterminação majoritária de um Povo… A forma “sem cerimônias” como o Putin determinou uma intervenção militar num território parte de um país soberano, me deixou com, mais que com uma pulga, mas sim com um carrapato atrás da orelha…. E, se EU fosse um chefe de Estado que porventura tivesse prestes à fechar algum contrato voltado para o setor de Defesa, dependendo do cenário geopolítico e estratégico ao qual meu país estivesse inserido, colocaria em “stand by” todas as negociações… Pois confesso que os traços de caráter/personalidade demonstrados pelo repaginado Czar Putin estão me deixando mais desconfiado e preocupado do que na época do cowboy texano Bush como presidente dos EUA… Sei não!?… Quando a gente pensa que caminhamos firme e forte rumo a evolução, somos surpreendidos pelo ressurgimento de seres pré-históricos que pensávamos há muito extintos, querendo promover revoluções sinistras… E nem precisamos ir muito longe para constatar tais eventos cíclicos… ?!?!? … :((
Muito blá blá blá.
Todos nós sabemos que mesmo havendo um repasse de Tecnologia, este não é 100% em qualidade como no país de origem.
Exemplo disso são os Su-30 Indianos que estão com a metade da frota ” na chon”.
Vão me dizer que pensaram que a Russia iria literalmente “ensinar” os indianos a produzirem os seus próprios caças repassando totalmente o conhecimento tecnológico do bicho!!!!
A China é um caso a parte pois ela se capacitou para não apenas absorver o conhecimento que lhe fora concedido pela Russia, más para a partir deste ponto, desenvolver seu próprio conceito e metodologia na confecção de novas armas.
E o mesmo serve para nós, tupiniquins, sejam com os russos no caso do PARANÁ, seja com os Suecos, com o Gripen NG.
É o tal ditado.
Damos a vara más não ensinamos a pescar.
Se virem!!!! E olha que esta de bom tamanho.!!!
Bom, também vi tal notícia, mas eles são Russos com aviônica israelense. Ou seja, israel tem uma parte aí. Pelo que sei, um Su30 deu pane nos aviônicos. Sei que eles não são melhores na manuntenão, mas se sabermos “fazer” um caça deles, sabemos manuntenir não? Acho que não houve tante ToT pros indianos não, pois eles ainda pegam peças russas pros seus caças, ou seja, ele é só montado na fábrica, ou talvez uma pequena parte seja feita lá.
bem q o brasil podia ter alguns desse su 30