No primeiro dia de 2014 trouxemos para nossos leitores um artigo, que vem sendo muito elogiado, intitulado “Gripen NG: a decisão pela autonomia tecnológica e estratégica”. Este artigo apresenta uma visão geopolítica, tecnológica e industrial sobre a decisão do FX-2.
Hoje, o DAN apresenta à seus leitores um outro artigo, com foco eminentemente geopolítico, e com conclusões radicalmente distintas das do texto anterior. Mesmo não possuindo uma visão que se identifique com o mesmo, o DAN não poderia, democraticamente, deixar de publicar o artigo e privar nossos leitores de uma comparação e pensarem criticamente a questão “DEFESA” em nosso país.
Defesa Aérea & Naval
Por Atilio Borón
Decisão de comprar caças suecos, em detrimento aos franceses e norte-americanos, foi apenas a opção menos ruim; os Sukhoi russos deveriam ter sido considerados
Uma das derivações mais inesperadas da crise nas relações entre Brasil e Estados Unidos, que deu origem ao duro discurso da presidente Dilma Rousseff na Assembleia Geral da ONU e o cancelamento da “visita de Estado” para Washington – prevista para outubro de 2013 – teve um impacto direto sobre um tema que rondava nos despachos oficiais em Brasília desde 2005 e que até poucos dias atrás permaneciam sem solução: a controversa renovação da frota de 36 caças para o Brasil que precisa controlar o seu espaço aéreo e, especialmente, a da vasta bacia amazônica e sub- amazônica.
De acordo com os especialistas brasileiros, a frota disponível atualmente no Brasil é obsoleta ou, na melhor das hipóteses, insuficiente, e a necessidade de renovação urgente não pode ser adiada. No entanto, depois de anos de estudos, relatórios e testes entre os atores envolvidos na decisão não chegam a um acordo. As propostas consideradas pelo concurso lançado em 2001 pelo governo brasileiro foram três: o Boeing F/A-18 E / F Super Hornet (originalmente fabricado pela empresa norte-americana McDonnell Douglas, posteriormente adquirida pela Boeing), o Dassault Rafale, da França, e a sueca SAAB Gripen -NG.
Uma alternativa, descartada ab initio por razões nunca esclarecidas, mas, sem dúvida, por razões politicas, foi o Sukhoi Su-35 de fabricação russa. Num primeiro momento a maioria do Alto Comando da FAB (Força Aérea Brasileira) e diferentes setores da burocracia política e diplomática de Brasília estavam inclinados a comprar novos equipamentos nos Estados Unidos, enquanto outros favoreciam os Rafale franceses e um setor francamente minoritário os Gripen-NG suecos . A dissidência levou à paralisia e Lula, apesar de sua autoridade indiscutível, teve de resignar-se a deixar o cargo incapaz de resolver o impasse, apesar de ter sido conhecida por todos sua inclinação em favor do Rafale. A indecisão terminou há poucos dias com uma decisão muito desafortunada – a menos ruim, mas longe de ser a melhor- como será visto a seguir: comprar os Gripen-NG suecos.
Rachaduras em uma relação especial
A revelação surpreendente de espionagem conduzida por Washington sobre o governo e a liderança do Brasil – isto é, em um país que soube ser um dos seus mais fiéis aliados nas Américas – foi à gota d’água para inclinar a balança contra o F-18. A incondicionalidade nos vínculos de sucessivos governos do Brasil com os Estados Unidos era mais que sabida, mas saltou para a luz com a desclassificação em agosto de 2009, de um relatório da CIA, onde se dava conta da “construtiva” troca de ideias sustentadas em 1971entre os presidentes Emilio Garrastazu Médici e Richard Nixon a efeitos de explorar melhores métodos para desestabilizar governos de esquerda em Cuba e Chile.
Este é um dos muitos exemplos de “colaboração” entre Brasília e Washington. Apenas lembrar a participação brasileira na II Guerra Mundial, lutando lado a lado com a U.S. Army, ao que poderíamos acrescentar mais uma: em fevereiro de 1976 Henry Kissinger viajou ao Brasil para formalizar o que pretendia ser uma aliança forte e duradoura entre o gigante sul-americano e os Estados Unidos. A derrota humilhante no Vietnã exigiu o reforço das relações imediatas com a América Latina, que como Fidel e Che repetiam até o cansaço, é a retaguarda estratégica do império. Nada melhor do que começar pelo Brasil, em cuja capital Kissinger foi recebido como uma celebridade mundial e assinou um acordo histórico com o ditador brasileiro Ernesto Geisel. De acordo com o mesmo, as duas grandes potências do Hemisfério Ocidental (para usar a linguagem da época) se comprometiam a realizar consultas regulares ao mais alto nível em matéria de política externa.
Subjazia a este acordo o conhecido axioma de Kissinger dizendo que “para onde o Brasil se incline vai se inclinar a América Latina”. Acordo que morreu ao nascer, porque, como lembra permanentemente Noam Chomsky, Washington não permite qualquer restrição em suas decisões, tanto se brotam de um tratado bilateral ou de qualquer outra fonte de direito internacional. Se a Casa Branca quer consultar, o faz, mas não se sente obrigada a fazer, e muito menos submetida aos termos de um tratado ou convenção. Em qualquer caso o anterior revela a intenção de ambas as capitais para coordenar suas políticas. Neste contexto histórico a coordenação ocorreu no campo de atividades repressivas a serem desenvolvidas no Cone Sul, como amplamente foi demonstrado pelo sinistro Plano Condor. Em datas mais próximas, em 2007, Lula e George W. Bush assinaram um acordo para compartilhar tecnologia com o objetivo de promover a produção de agrocombustíveis – bom negócio para os EUA e depredação ecológica para o Brasil – fortalecendo novamente os tradicionais “laços de amizade e cooperação” entre Washington e Brasília.
Agora bem: a ilegal- além de ilegítima- interdição dos cabos, mensagens e telefonemas da presidente do Brasil (assim como muitos governantes e funcionários de outros países da região) teve, no caso do Brasil, um peso muito agravado porque Washington também cometeu outro ato grosseiro de delinquência comum: a espionagem industrial, praticado contra a Petrobras. Não era arriscado, por isso, prever que este conjunto de circunstâncias quase certamente precipitaria o resultado da indecisão prolongada em relação ao reequipamento da FAB. Depois do acontecido seria insensato para o Brasil decidir renovar seu material aéreo com aviões norte-americanos. Mas então, quais seriam as alternativas? Como substituir o que, obviamente, era o avião favorito da FAB?
Alternativas de reequipamento
Um relatório secreto da própria FAB, de janeiro de 2010, (mas que alguém se encarregou de vazar para a imprensa), enviado para o Ministério da Defesa avaliando os três principais candidatos à renovação da frota de caças classificava o Gripen-NG claramente atrás do francês Rafale e do F-18 Super Hornet. De acordo com o relatório, suas capacidades técnicas e militares eram inferiores aos dos seus congéneres franceses e norte-americanos. É verdade que também era inferior seu preço, estimado em 70 milhões de dólares, enquanto o preço do F-18 girava em torno de 100 milhões de dólares e do Rafale, muito mais caro, é quase na ponta dos 140 milhões. Uma vez que o relatório foi divulgado, em seguida, o então ministro da Defesa, Nelson Jobim, foi rápido para esclarecer duas coisas: primeiro, que a decisão final sobre a aquisição da aeronave seria tomada pelo governo e não pela FAB; em segundo, em linha com as declarações de Lula que o preço da aeronave poderia tornar-se um fator determinante na decisão.
A possibilidade insinuada na época por Nicolas Sarkozy de que o Brasil poderia receber tecnologia e fabricar o Rafale em suas próprias instalações industriais e, em seguida, vendê-las – embora apenas na América Latina – foi o que inclinou na balança de Lula em favor de Rafale. Mas a sua decisão não convenceu a liderança da FAB e de outros setores do governo, firmemente favoráveis a fechar o negócio com a Boeing. É claro que, ao contrário dos franceses, a construtora dos Super Hornet não parecia muito disposta a falar sobre a transferência de tecnologia, agregando o fato de que a história recente registrou um precedente inquietante: o “regime de Washington” estava habituado a proibir a venda de peças de reposição de aviões dos EUA para países classificados pelo Departamento de Estado como “hostil aos Estados Unidos” ou “não cooperativos” na nebulosa e vaga guerra contra o narcotráfico e o terrorismo internacionais. Ou seja, os países que tiveram audácia de fazer uma política de não alinhamento com os EUA. E este era um risco que não poderia ser subestimado pelos compradores.
Em outras palavras, enquanto os Super Hornet pareciam mais atraentes, tanto em termos econômicos e por sua avançada tecnologia, e da continuidade que ofereciam com parte da dotação atual das FAB, o fato é que o incidente diplomático da espionagem ligado ao risco de que, em caso de um conflito entre Brasília e Washington, este fizesse com o Brasil, por exemplo, o que fez pouco mais de dez anos com a Venezuela chavista, contribuíram para enfraquecer a frente “pró-americana”.
Como se lembrará, nessa ocasião o presidente George W. Bush, impôs um embargo à venda de partes e reposição de peças e, o mais importante, ao envio dos sistemas computadorizados de navegação e de combate que, tais como os software de computador, se renovam a cada poucos meses, e sem a versão mais recente do “hardware”, neste caso, os aviões, param de fornecer os serviços que se espera deles. Bastaria, no caso, uma disputa e a Casa Branca poderia decidir, ainda que temporariamente, o fornecimento de novas versões desses sistemas para que estes aviões ficassem inutilizados e a Amazônia desprotegida. Se o fez com Chávez, por que não haveria de reincidir nessa conduta no caso de um conflito de interesses com o Brasil?
Lamentável ausência de uma reflexão geopolítica
A paralisia tanto tempo bloqueada da renovação de material aéreo da FAB haveria sido facilmente destravada se as pessoas envolvidas na tomada de decisão se tivessem feito esta simples pergunta: quantas bases militares na região têm cada um dos países que nos oferecem suas aeronaves para monitorar nosso território? Se eles a tivessem feito a resposta teria sido: Suécia não tem nenhuma; França tem uma base aeroespacial na Guiana Francesa, administrada em conjunto com a OTAN e com a presença de militares norte-americanos; e os EUA têm, no entanto, 77 bases militares na região (última contagem, de dezembro de 2013), um punhado deles alugado ou coadministrado com terceiros países como o Reino Unido, França e Holanda.
Algum burocrata do Itamaraty ou algum militar brasileiro treinado em West Point poderia argumentar que estas bases se encontram em países distantes, que estão no Caribe e cuja missão é monitorar a Venezuela bolivariana. Mas eles estão errados: a dura realidade é que, enquanto esta é cercada por 13 bases norte-americanas em seus países vizinhos, o Brasil está literalmente rodeado por 24, que passam a ser 26 se somarmos as duas bases britânicas de ultramar disponíveis para os EUA – via OTAN – no Atlântico equatorial e meridional, nas Ilhas Ascensão e Malvinas, respectivamente, e no meio de cuja linha imaginária se encontra nada menos que o grande campo petrolífero do Pré-Sal. E obvio que comprar armas a quem ameaça com tão formidável presença militar não parece ser um exemplo de sabedoria e astúcia na arte sofisticada de guerra.
Por outro lado, ao tomar uma decisão dessa magnitude deveria ter sido ponderado à probabilidade do surto de algum tipo de conflito aberto, inédito até agora na história das relações Brasil-Estados Unidos, mas certamente não impossível. Probabilidade extremamente baixa, se não inexistente, se fosse com Rússia ou China, mas que aumenta no caso dos Estados Unidos ou qualquer um de seus “proxies” – talvez “lacaios” seria o termo mais apropriado – europeus iniciarem uma caça inescrupulosa cada vez mais violenta pelos recursos naturais.
Portanto, a chance de que, ao longo dos próximos dez ou quinze anos, pudesse surgir um sério confronto entre Brasília e Washington pela disputa de algumas das enormes riquezas alojados na Amazônia – água, minérios estratégicos, biodiversidade, etc. –, ou pela eventual recusa do Brasil a secundar a os Estados Unidos em uma aventura criminosa como a que planeja para a Síria ou o Irã, ou a que já fez na Líbia e no Iraque. Não é nada marginal. Além disso, diríamos que os Estados Unidos, acossado pela desestabilização da ordem neocolonial imposta no Oriente Médio com a ajuda de aliados tão nefastos como Israel e Arábia Saudita e suas crescentes dificuldades na Ásia, colocam em questão o fornecimento de petróleo e de matérias-primas e minerais estratégicos, demandados pela sua insaciável voracidade de consumo.
Essa combinação de fatores faz com que seja altamente provável que, mais cedo ou mais tarde, se desencadeie um claro confronto entre Washington e Brasília. Se tal eventualidade fosse um mero jogo de imaginação e muito baixa, se não for zero em probabilidade de ocorrência, então não se entende as razões pelas quais os EUA implantou tal quantidade de bases circundando ferreamente ao Brasil por terra e mar. Se Washington fez não foi por acidente ou acaso, mas na expectativa de qualquer disputa que seus estrategistas acreditam que será difícil ou impossível de resolver por meio de canais diplomáticos. Se eles instalaram as bases é porque, sem a menor dúvida o Pentágono contempla no horizonte uma hipótese de conflito com o Brasil. Caso contrário, tais implantações destas unidades de combate seriam ridículas e completamente incompreensíveis.
A chantagem dos EUA sobre os aviões europeus
Dado este fato inocultável da realidade, uma parte crescente dos atores neste processo de decisão começaram a inclinar-se para o Rafale francês até que… o presidente François Hollande jogou ao mar toda a tradição gaullista, declarando que seu governo estava disposto a secundar nada menos que o plano criminoso de Barack Obama para bombardear a Síria! O anúncio foi feito depois que o Parlamento britânico recusou-se a acompanhar tão sinistra iniciativa, onde surgiu de imediato a seguinte questão: que garantias poderia ter o Brasil que, em uma disputa com os Estados Unidos, Paris não se curvaria solícito ante um pedido da Casa Branca para bloquear o envio de peças e software para os Rafales adquiridos pelo Brasil? Se apenas há alguns meses atrás, Hollande mostrou cumplicidade incondicional com um plano criminoso como o bombardeio indiscriminado da Síria, por que pensar, então, que agiria diferente em caso de um conflito aberto entre Brasília e Washington?
Nesse caso a Casa Branca iria recorrer a seu manual contendo os “procedimentos padronizados de operação “(SOP, por sua sigla em Inglês) e rapidamente denunciaria que Brasília “não colabora” na luta contra o terrorismo e o narcotráfico e torna-se assim uma ameaça à “segurança nacional” dos Estados Unidos e, se escondendo atrás de uma lei do Congresso, embargaria o envio de peças e software para o país sul-americano e solicitaria o mesmo pedido a seus aliados europeus. Poderia se confiar que a França ou a Suécia não iriam se dobrar às exigências dos EUA? De jeito nenhum!
Consideremos o registro histórico: atualmente países como a Coréia do Norte, Cuba, Irã, Síria, Sudão e, para certos produtos, a República Popular da China, são vítimas de diversos tipos de embargos, e em todos os casos Washington tem a solidariedade de seus comparsas europeus. No caso cubano, o mais radical de todos, mas que um embargo para certos tipos de produtos, é um bloqueio integral cujo custo é equivalente a dois Planos Marshall em contrário! No que diz respeito aos fabricantes de aviões franceses e suecos, os responsáveis brasileiros deveriam saber qual a proporção das peças e da tecnologia estadunidense estavam contidas nos Rafale e nos Gripen-NG. Porque se eles tinham mais do que 10%, e não de todo o avião, mas de cada uma de suas partes principais: aviônica, fuselagem, sistemas eletrônicos, informática, etc, seria o suficiente para que, em caso de conflito com o Brasil, Washington exigisse a implementação de um embargo sem que os governos atuais (e previsíveis) da França ou da Suécia pudessem recusar-se a obedecer, sob pena de violar a legislação destinada a assegurar nada menos que a segurança nacional dos Estados Unidos.
Tome-se nota do seguinte: o motor que impulsiona o Gripen-NG é um desenvolvimento de uma turbina fabricada pela empresa dos EUA General Electric. Só isso já é o suficiente para que ante uma disputa entre Washington e Brasília, a Suécia possa ver-se obrigada a parar o fornecimento de peças e software para as aeronaves vendidas ao Brasil, a menos que esteja disposta a arcar com os custos de um sério conflito com os Estados Unidos.
O Sukhoi: a carta russa
Assim, a única coisa que poderia ter garantido a independência militar do Brasil teria sido adquirir seus aviões em países que, por seu poderio, por razões de sua própria inserção no sistema internacional e por sua estratégia diplomática, estivessem isentos do risco de se tornarem executores obedientes dos mandatos da Casa Branca. Há apenas dois países que possuem essas características e, por sua vez, têm a capacidade tecnológica para construir aviões de combate de última geração: Rússia e China, os fabricantes Sukhoi e Chengdu J-10, respectivamente.
Consequentemente, o debate sobre quem forneceria novas aeronaves que Brasil – e países com os quais compartilha a Bacia Amazônica! – necessitam, chegou abruptamente a um ponto completamente inesperado: descartados os F-18 e os Rafale, a opção mais razoável teria sido chamar a uma nova licitação e permitir a inscrição de aviões russos e chineses. Infelizmente, este não foi o caminho escolhido por Brasília.
Alguém pode se perguntar o que há de errado com sueco Gripen-NG. Não apenas o que indica o relatório secreto que vazou para a imprensa e detalhado acima, mas também do ponto de vista político, não há garantia nenhuma de que Estocolmo – ou seja, a Suécia de hoje, não a que existia na época de Olof Palme, que foi assassinado – irá se comportar de forma diferente a uma requisitória de Washington para embargar a remessa de peças e software para os Gripen FAB -NG. Por isso, em 18 de dezembro de 2013, o Ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim, anunciou os resultados da licitação com a adjudicação dos mesmos para a empresa sueca SAAB, fabricantes de Gripen -NG. “A escolha foi baseada em critérios de desempenho, transferência de tecnologia e custo”, disse ele na conferência de imprensa para esta finalidade.
Infelizmente, a escolha não considerou os critérios mais importantes no quesito da autodeterminação e de defesa nacional: a geopolítica. Como se poderia ignorar um relatório oficial do Parlamento Europeu de 14 de fevereiro de 2007 que estabeleceu que, após os atentados de 11 de Setembro, entre os anos 2001 a 2005, a CIA operou 1.245 voos ilegais no espaço aéreo europeu, transferindo “presos fantasmas” (“ghost detainees”) até centros de detenção e tortura na Europa (especialmente na Romênia e Polônia) e no Oriente Médio? Entre os governos que se prestaram a tão sinistro tráfego se encontra o país onde vai se se fabricar os aviões encarregados de monitorar o espaço aéreo brasileiro: a Suécia, que, apesar de que no relatório não é acusada de admitir o “interrogatório” em seu território, mas sim permitiram que esses “voos da morte” norte-americanos reabastecessem e encontrassem apoio e logística nos seus aeroportos. Sendo assim, como se pode confiar em um país que se prestou a uma manobra tão atrozmente violatória dos direitos humanos poderia recusar a “cooperar” com Washington, no caso que este pedir parar de enviar suprimentos, peças e software para os Gripen FAB -NG?
Conclusão
Dissemos antes e o afirmamos com mais força agora que a única opção verdadeiramente autônoma que a presidente Dilma Rousseff tinha era a de adquirir os Sukhoi russos, mesmo à custa de ter de suportar a crítica virulenta dentro e fora do Brasil. No interior, porque todos sabem de que existe setores internos que propõem esquecer a América Latina e militam em favor de uma aliança incondicional com os Estados Unidos e Europa, e em que predomina a mentalidade da Guerra Fria, a qual os Estados Unidos têm se esforçado para manter viva ao longo dos anos, embora com um pouco de maquiagem.
Por exemplo, já não falam de “ameaça soviética”, mas de “ameaça terrorista”; e Rússia, ao conceder asilo e proteção para o ex-agente da NSA (Agência de Segurança Nacional) Edward Snowden, confirma que não se encontra do lado da liberdade e da democracia, mas precisamente na calçada oposta. E críticas fora do Brasil, porque os EUA não só pressionaram para abortar uma eventual decisão em favor do Sukhoi, mas, em caso de concretar-se a aquisição, assediaria Brasília com condenações e sanções de todo tipo.
A ambição exorbitante do imperialismo e seus abusos sistemáticos do direito internacional e da soberania nacional brasileira não iria deixar à presidente Dilma Rousseff qualquer alternativa. Sua única saída para garantir o controle da bacia amazônica, mais por necessidade do que por convicção, seriam os Sukhoi. Quaisquer outras opções colocariam em grave risco a autodeterminação nacional. Infelizmente estas considerações geopolíticas não foram tidas em conta e se tomou uma má decisão – a menos ruim, porque a pior seria comprar o F-18. Mas ruim no final porque é antagônico ao interesse nacional brasileiro e, por extensão, para as aspirações de autodeterminação da América do Sul.
Com esta decisão, o Brasil vai monitorar e preservar a integridade da ameaçada Amazônia até que haja uma disputa com os Estados Unidos ou qualquer um de seus comparsas. Mas se um conflito se desatar, o Brasil seria praticamente desarmado e refém da chantagem e arrogância de Washington. O problema não era apenas com a aeronave Boeing, mas também com os de qualquer outro país que se espera que venha a se curvar às requisições solícitas de Washington, como todos os europeus. Comprar aeronaves ao aliado que espiona as autoridades e as empresas brasileiras e aliado também de quem ameaça ao país com vinte e seis bases militares é um gesto de incrível insensatez política e revela um amadorismo imperdoável na arte da guerra, erros que vão custar muito caro para o Brasil e, por extensão, a toda a América do Sul.
Com a aquisição dos Gripen-NG se desperdiçou uma grande oportunidade de se mover em direção à autodeterminação militar, um pré-requisito para a independência econômica e política. Não só o Brasil tomou uma péssima decisão que prejudica sua soberania; a Unasul também perdeu porque, com ela, também se obstaculiza a clara percepção de quem é o verdadeiro inimigo ameaçando-nos com sua máquina de guerra infernal. Então, hoje é um dia muito triste para a nossa América. Como se costuma dizer no jargão de jogos de guerra, “game over”, e, infelizmente, ganharam os vilões! Tomara que os movimentos sociais e as forças políticas patrióticas anti-imperialistas no Brasil tenham a capacidade de reverter uma decisão tão infeliz.
FONTE: Diário Liberdade via Opera Mundi
Desejo saber qual a precedência desses mapas que estão contidos no texto.
Parecem-me muito bons e pretendo usar para TCC, portanto necessito referenciar de forma correta.
Esse mapa é uma readaptação de um modelo feito para meu TCC e publicado em junho de 2011 quando defendi na departamento de Geografia da USP. Entre em contato comigo pelo e-mail tlbarcellos@gmail.com para conversarmos a respeito caso ainda estiver interessada.
Saudações a todos os participantes deste espaço democrático nacional
Este é um ótimo artigo. Realmente a independência de equipamentos estadunidenses somente é possível com a tecnologia russa.
Mas tenho uma pergunta (talvez duas):
1. Seria possível nesse acordo com a Suécia desenvolver tecnologias para projetar e construir aqui no Brasil as peças terceirizadas? Notem bem, não estou falando de copiar as turbinas de tecnologia norte-americana, mas de aprender a fazer turbinas de um projeto binacional sueco-brasileiro. Não me refiro aos softwares pois sei da capacidade de todos os profissionais brasileiros em desenvolver estes produtos.
2. Caso a questão acima receba um não como resposta, não seria o caso de a FAB, ou o CTA ou ITA fazer um acordo tecnológico com a Rússia (ou a China) para desenvolver turbinas para aviões comerciais e militares?
Creio que já passou da hora de o Brasil ter sua própria fábrica de motores a jato para aviões, exatamente por causa do problema geopolítico muito bem explicado neste artigo.
Abraços a todos
sidnei
“por razões nunca esclarecidas, mas, sem dúvida, por razões politicas, foi o Sukhoi Su-35 de fabricação russa” NÃO ADIANTA, VAMOS SEMPRE SER CONTROLADOS PELO OCIDENTE!!!
brasil deveria investir em submarinos nucleares com missseis balisticos nucleares , e no minimo 4 porta avioes nucleares , fragatas modernas , p3 orion modernos , um exercito forte , e no minimo uns 100 caças gripen NG…!!
Acontece que tudo tem que ser pago, e com pouco dinheiro e muita demanda viva o Gripen!
Não sei se alguém já abordou o que irei tratar agora em outros comentários acima, não li todos (por preguiça), mas no post acima de forma grosseira e resumida o autor com base na geopolítica e fatos contemporâneos vê a possibilidade de um futuro conflito Brasil-EUA e por isso acha que seria melhor a escolha por aeronaves russas ou chinesas que são independentes da tecnologia estadunidense e imunes a eventuais pressões políticas q poderiam ser impostas pelo tio sam, porém tanto china quanto Rússia não tem lá um controle de qualidade muito bom e deixa a desejar no quesito suporte pós-venda como podemos observar no caso dos su-30 venezuelanos com destaque para visitas de bombardeiros russos em seu território, eles estão se tornando uma base ambulante da “mãe rússia” o autor não abordou a possibilidade de um confronto Brasil-Russia já q os estilos de vida governo e ideologia divergem muito mais do que quando nos comparamos aos EUA, a Rússia tende a apoiar regimes socialistas como china e cuba, ou ditaduras disfarçadas de democracia como a venezuela, por essa e outras razões eu creio que as chances de um conflito armado declaradamente aberto com o Tio Sam num futuro próximo são tão astronômicamente pequenas quanto com a grande Mãe Rússia, em dito popular “não temos pra onde correr” o que podemos fazer é aproveitar a tecnologia recebida da suécia, absorve-la, e a partir dela desenvolver a nossa e alcançar um certo grau de independência tecnologia pelo menos na indústria aeronáutica militar (e por que não comercial tbm?).
Excelente artigo… Esqueceu-se apenas de um detalhe… o coração do Gripen é americado… ou seja… seu motor/turbina é fabricado por um ícone americano: a General Eletric… precisa falar mais alguma coisa aos opositores ferrenhos dos EUA…Acordem crianças.
Concordo com você. Se eu fosse o Presidente do Brasil, faria um acordo secreto com a Russia para adquirir seus caças. Por que tudo precisa ser divulgado? Não pode ser feito de forma confidencial? Esta faltando criatividade para nossos cientistas em desenvolver um caça totalmente nacional. COMO EU QUERIA SER O PRESIDENTE DO BRASIL!
Para que desenvolver um caça nacional? Primeiro que falta tecnologia, logo se gasta muito din heiro, e outra, não queremos um Rafale por aqui. É muito bom ter o knowhow necessário, mas isso tem um custo, e hoje, não podemos pagar, nem teria tamanha necessidade um caça 100% nacional. A India que tem conflito com a China não tem um caça assim, quanto mais nós, pacíficos e mais inertes nesse cenário. Sei das ameaças futuras, mas desenvolver um caça 100% nacional seria muito, muito caro, e ão precisamos disso, não hoje. E não, não falta criatividade, falta investimento aos cientistas.
O que me deixa triste é que a uns 30 anos atrás o Brasil estava criando uma industria de defesa sólida independente, e evoluindo no meio da defesa sem precisar importar tecnologia, e hoje 80% dos equipamentos existentes nas forças armadas é estrangeiro, sendo que se nós tivesse-mos dado continuidade aos programas de defesas criados no passado, hoje seriamos tão independente militarmente, como E.U.A ou Russia, sem precisar de nenhum dos dois para fornecer material.
Efeito Sarney e Collor.
Efeito fim da guerra fria. Todos os fabricantes deram uma recaída, só que aqui já era pouca compra, diminuiu lá fora, as empresas não aguentaram. Vide dassalt que tem uma jaca que não ganha nenhuma concorrência poor não conseguir vender um jato ótimo, mas caro e ninguém quer coisa cara pra não usar.
Parece que muita gente continua considerando o fato de o concorrente escolhido ter motor americano um grande problema. A FAB não deve pensar assim, uma vez que havia 66% de chances de o escolhido (qualquer que fosse) teria motor americano, já que dois dos três competidores possuíam o mesmo motor…
Sobre o texto, não vale nem a pena comentar… Se a única escolha que daria ao Brasil a independência que o autor apregoa, seria bom que o sr. Moron defendesse a compra do Su 35 também pela Argentina, em vez de ficar idealizando as decisões estratégicas do Brasil.
Nossa! Os americanos são gênios mesmo, não é por acaso que são o grande Império mundial! Fico pasmo também com os que defendem ferrenhamente a postura imperialista americana e demonstram o sempre desprezível complexo de cachorro vira-latas. Dos dois texto é possível retirar boa ideias e é claro que se não pensarmos o Brasil como um país independente e auto suficiente nunca chegaremos ao desenvolvimento tecnológico e econômico das grandes nações do mundo. O bolo sempre será do mesmo tamanho e a fatia é que mudará de tamanho para aqueles que lutarem ou não por ela. Eu acho que há uma estratégica neste negócio com os Suecos, que seria a de superar alguns degraus tecnológicos antes de se pensar em uma parceria com a Rússia num eventual desenvolvimento conjunto de uma aeronave de 5* geração, ou mesmo a tentativa de criar por contra própria o nosso próprio caça genuinamente brasileiro. E não culpem nós brasileiros e nossos governos unicamente por nosso atraso, pois nada é por acaso e os E.U.A trabalham incessantemente para nos sabotar,bloquear e impedir nosso desenvolvimento e consequente independência e ato suficiência hegemônica! Nunca deixaremos de sermos colônia enquanto não obtivermos capacidade de defesa satisfatória e condizente o tamanho territorial, demográfico e das riquezas do nosso país… SE QUERES A PAZ, PREPARA-TE PARA A GUERRA!!!!
Vamos ver se aqui se consegue absorver tecnologia da 4ª geração primeiro , coisa que eu duvido muito pela falta de profissionais no mercado nacional.
Depois de dominar essa tecnologia, aí sim poderíamos partir para a 5ª , antes não.
Mais uma vez, discordo que o texto considera somente o caça, considera principalmente questionamentos geopolíticos e não avaliarmos tais questões, pra mim, é um erro. Admito que o Gripen tem suas vantagens, mas também tem suas desvantagens, afinal 30% de um avião (ainda mais o motor) é sim uma GRANDE PARTE do avião. A Suécia (ao contrário do que muitos dizem) é um país importante com peso político, porém é um país da OTAN. Qual vai ser a relação prioritária da Suécia, com o Brasil ou com a OTAN ? Na minha opinião os aliados estratégicos da Suécia, em qualquer lugar do mundo, são a OTAN e os EUA. Não tenho nada contra os EUA, mas sei que eles tem muita coisa contra nosso desenvolvimento independente e soberano. Logo apesar de todo o esforço de adaptação de material russo que teríamos de fazer, ainda acho que a Russia é uma país com interesses e características mais próximas do Brasil. Sobre a possibilidade de um esquema HI/LOW com Gripens e T-50’s, acho pouco provável uma vez que o Governo e a FAB dizem que ao longo do tempo todos os nossos aviões de combate serão de um único modelo.
Você tá equivocado Flávio… A Suécia não pertence à OTAN e nunca o pertenceu !!!
Pesquise…
Legal pelo contraditório, mas não muito além disso. O artigo peca em considerar só o caça e náo o resto do contexto da FAB. O Gripen vai se adaptar para atuar conjuntamente com o Guardião (que usa radar sueco) e armas como os mísseis A-Darter também seráo de fácil adaptação, tanto que a força aérea sul africana também vai usá-los em seus gripens.
Esse tipo de integração seria bem mais caro com os Sukois, ainda que sejam ótimas máquinas.
E o Su-35 foi descartado pela proposta ruim em termos de transferência de tecnologia. Por outro lado estamos comprando o Pantsir com eles para nosso sistema de antiaéreo.
Se a FAB assumir um dueto HI/LOW com poucos caças de elite e muitos caças mais baratos para o futuro o Gripen será um ótimo LOW. Espero que no futuro compremos alguns PAK-FA para assim criar uma força de elite HI para, junto com os Gripens garantir nossa dissuasão.
Bem, 1º parabéns pelo site, gosto muito de ler. Bem melhor que DEFESANET.
Não sou um grande conhecedor de assuntos de Defesa, porém me interesso por estes, como todo cidadão brasileiro deveria se interessar. Logo sempre leio os debates no DAN, sem participar, querendo aprender e me informar. Ao ler o artigo de Atilio Borón, apesar de acreditar que ele também não seja o maior conhecedor de assuntos militares, concordei com sua análise geopolítica. Ele não mente ao dizer que os EUA e países da OTAN mantém 26 bases em nossa região e não se pode negar que os EUA, sempre que podem, tentam impedir avanços brasileiros em várias áreas de tecnologia por interesses militares e ou comerciais e que o Estado e as empresas brasileiras foram espionados pela NSA. Ou isso é mentira ? Quando o autor declara sua preferência pelo SU-35, por motivos geopolíticos, ele também não erra ao avaliar que os interesses dos russos, sejam eles comerciais, políticos e militares são muito mais próximos aos do Brasil do que os EUA ou a União Europeia. A maior parte das críticas ao texto parte do fato que ele é um “Bolivariano” um “marxista” que “Leu Marx e Lênin” e que sua orientação de esquerda o impede de fazer uma avaliação honesta sobre o assunto. Discordo desta abordagem, mesmo sendo “bolivariano” a análise do autor se baseia em vários fatos e a maioria dos críticos em seus comentários são extremamente ideológicos e tem os EUA (e consequentemente a Europa) como os únicos parceiros aceitáveis para o Brasil, isso sim é miope, pequeno, pouco patriotíco. Os indianos (estes sim, contam com FA’s de respeito) tem fortes parcerias com os russos e a Russia por sua vez não exige que a India seja alinhada com sua política externa ou se submeta a seus interesses econômicos, como os EUA exigem de seus aliados, isso não é uma análise ideologica, são fatos. Quanto aos grandes problemas de logistica dos russos, quem dá estas informações ? Quem garante que os su30 venezuelanos não estão operacionais? A Imprensa Brasileira?
Quanto ao Gripen, acredito que seja um bom vetor, melhor este que nenhum, porém o própio Saito admite que o avião não é o mais “letal” ou que “não dá medo”. A transferencia de tecnologia deve se realizar, mesmos os defensores do Gripen admitem que grande parte de equipamento é de origem america e acredito que isso pode gerar problemas.
Bem esta é minha humilde contribuição para o debate, me desculpem pelos erros de português, meu teclado esta com problemas.
50% do gripen é suéco. Como grande parte é americana? No máx 30%(por causa do motor, o principal, licenciado) é americano.
Espetacular matéria , será tarde demais ?????
Os dois textos tem conceitos fracos este força demais para o outro LADO…
O foco são as AERONAVES, apesar de considerar-me viúva do Su-35, mesmo ela não era uma solução PERFEITA. Adotar o Su-35 implicava em abrir mão de um dos itens mais importantes que PODERIA ser alcançado com o FX-2 o radar militar aeronáutico de tecnologia AESA.
Com o Su-35 poderíamos ter recebido a ToT de um maravilhoso e potente radar PESA de geração, mas não um AESA…
Poderíamos ter recebido uma ToT quase 100% do Radar AESA do Rafale…
Poderíamos ter recebido uma ToT necessária de reparo do Radar AESA do Super Hornet
Mas seremos meros utilizadores de prateleira de um radar AESA adquirido pelos suecos para seu Gripen…
Toda opção tem seus prós e contras, quem acredita que o efeito estufa não existe e que o mundo continuará a crescer e ser dominado pelo capitalismo americano moderno sem modificações o Super Hornet é a melhor opção DISPARADO….
Para qualquer cenário de disputa mais sombrio restrições se aplicam a produtos Americanos, Franceses e Suecos nesta ordem. Pena que o produto sueco tenha TANTO conteúdo americano….
Mas o tempo destas especulações PASSOU e agora temos que FAZER a opção pelo Gripen DAR CERTO e isso significa para mim que o baixo preço de 4,5 bilhões é pura ilusão, está mais para uma volumosa intermediária que será paga num futuro (quando entregarem o 36 Gripen) MAS que terão INÚMERAS prestações necessárias ANTES e DEPOIS destes pagamentos específicos do FX-2.
1) Teremos que participar do financiamento e desenvolvimento do treinador SAAB/Boeing/Embraer baseado no Gripen.
2) Teremos que FINANCIAR o desenvolvimento da variante de dois assentos (Gripen F) que não foi solicitada nem pela Suécia e nem pela Suíça e não constam nos documentos suecos. Tanto isso é verdadeiro que quando a notícia vem de fonte do governo SUECO a citação é clara, por exemplo, governo sueco trabalha para estender a oferta do Gripen E para o Brasil para mais 100 aeronaves…
3) Teremos que FINANCIAR o desenvolvimento da variante naval que só ao Brasil interessa o Sea Gripen E/F já que está previsto o uso da aeronave FX-2 nos futuros Porta-aviões da MB.
4) Possivelmente o futuro programa F5GX será desenvolvido a partir da plataforma Gripen e com a SAAB.
5) O Brasil durante TODO o processo terá de estar preparado para ter que buscar fornecedor alternativo no exterior ou financiar o desenvolvimento de nacionalização de partes e sistemas que o Gripen E sueco terá acesso e que o fornecimento para o Brasil será negado, dificultado ou degradado. Neste ASPECTO as lições com o projeto AMX sofridas pelos engenheiros aeronáuticos da Embraer e da FAB foram esquecidas, ou melhor, DESCONSIDERADAS uma vez que a linha de decisão hierárquica dentro da FAB para o FX-2 passou MASSIVAMENTE pelas mãos e cabeças de oficiais AVIADORES que não viveram os problemas do programa AMX e tão pouco lhe deram o devido peso ao FAVORITAR uma aeronave com uma composição de distribuição tecnológica internacionalizada BEM PIOR que o conceito AMX.
Sobre ESTE ASPECTO , prevejo mesmo sem ser MÃE DINAH, que as dificuldades de implementação da variante brasileira do Gripen E será bem mais significativa em percentual que a diferença entre a variante inicial do AMX brasileiro e a variante inicial do AMX italiano…
Será uma boa avaliação paralela estabelecer este percentual OCORRIDO nos AMX, Radar, canhão, rádios e a série de itens diferidos (uns por vontade e outros contar a vontade da FAB) e irmos comparando com as notícias que irão pipocando ao longo dos próximos dois out rês anos de escolhas de fornecedores definitivos para o Gripen E de modo similar ao que acontece até pouco tempo com o KC-390….
Este jogo está LONGE de terminado…
Gilberto, uma coisa passou despercebida. Hoje o Brasil não tem e não terá TÃO cedo, capacidade de absorver ToT de radares AESA. Seja de quem for. Infelizmente o nosso país atualmente é fraco no que se refere a possuir Mentes, M/O qualificada para tal.
Uma dura realidade. Tratemos pois, antes de querer o MUNDO em ToT , nos prepararmos para tal. Infelizmente essa é a nossa realidade. Muito se fala que deveriamos isso e aquilo, mas a maioria das pessoas que fala e escreve, desconhece que o “buraco é mais embaixo” quando se parte para a realidade.
Abraços,
Padilha, eu já ficaria muito feliz se a FAB conseguir operar o Gripen de modo a dar horas mínimas aos pilotos, pois o que se sabe desses últimos anos senão décadas, é que nem para combustível se tem recursos , as exceções são a AFA, EDA e o GTA. Concordo contigo que não temos capacidade de absorver 100% das tecnologias por falta de mão de obra , mas se pelo menos as aeronaves/pilotos tiverem um mínimo de utilização no ar já estará bom.
Vamos chegar lá, mas num ritmo mais lento do que desejaríamos. Mas vai sair. O problema é que o GAP é muito grande, e recuperar demora.
Texto boçal, incrivelmente fraco, tendencioso e errado. Mas é sempre bom ler essas boçalidades, pois nos dá a certeza que estamos no caminho certo. A escolha do Gripen foi de longo prazo, um caça que ainda pode dar muitos saltos evolutivos e o que mais vai contribuir no incremento tecnológico do parque brasileiro, embora eu prefirisse que o governo federal extinguisse 30 dos 40 ministérios e investisse o dinheiro em educação e pesquisa. Minha escolha pessoal seria o F-18 e participação no F-35, enquanto isso investia maciçamente em educação, para daqui a 50 anos projetarmos tudo nós mesmos.
Parabéns ao DAN pela análise geopolítica, muito raro de se encontrar na mídia impressa ou televisiva. O artigo, porém, peca pela leniência, talvez resquício da formação ideológica de esquerda do autor.
Em primeiro lugar, a Guerra Fria já se encerrou. Os russos, herdeiros do vasto império soviético não são os defensores dos fracos e oprimidos pelo império americano (império do mal, na visão de nossos acadêmicos). Eles tem seus interesses geopolíticos claros e definidos e sua política externa se alia a eles ferreamente.
Os SU-“35 (um excelente caça, por sinal) representariam um “pesadelo logístico” para a FAB. Quer queiram ou não, somos um país ocidental e seguimos a cadeia logística ocidental. Será que conseguiríamos integrar nossos armamentos aos SU-35? Duvido. Só os ingênuos acreditam que os russos bonzinhos deixariam por amor a nossos olhos castanhos. Vejam os armamentos empregados pelos Mi-35 da FAB – todos russos!
Por falar em caças russos, os peruanos com os Mig-29 e agora os venezuelanos com os Su-30 penam com a pouca disponibilidade desses vetores. Os venezuelanos, apesar de sua retórica antiamericana, confiam sua defesa aérea aos velhos F-16 – os únicos que conseguem manter voando e participar de exercícios internacionais (CRUZEX).
Acordem! O que vale no campo de material de defesa é DINHEIRO! Ninguém é bobo ou bonzinho. Se quisermos manter nossa soberania, não devemos confiá-las a terceiros, mas sim desenvolver nossa própria tecnologia, confiar nas nossas Forças Armadas e não desarmá-las por temê-las.
Isto é um parecer, de quem está há mais de trinta anos vivendo o assunto defesa dia a dia, não um pitaco de acadêmico com experiência em video game (por sinal, americano).
Caros…
Pq todos ignoram e tentam (se não premeditadamente) esquecer q o q se pretende é autonomia em forma de transferência de tecnologia, aqui entendida como desenvolvimento conjunto com o desdobramento q há de vir a resultar em peças e instrumentação (aviônica, motorização e etc…) desenvolvidas pelo Brasil, assim q estágios críticos forem suplantados ?!?!…
Se vamos conseguir ou não… é retórica vazia no melhor estilo “Mãe diná”… O importante é a iniciativa e a nova conjuntura q permeará os esforços atuais e vindouros; Assim dito, o pontapé inicial, considerando e lembrando inclusive o esforço já em andamento no projeto do PROSUB, referencia uma nova era e um novo pensamento “Geopolítico”.
parabéns ao autor do texto pois o Brasil tem de pensar de acordo com o seu tamanho, sexta economia no mundo rico em petróleo e outros elementos químicos, deveria sim ter um caça do seu tamanho não importa se for russo o su 35 é um excelente caça, e por em pratica um conjunto de engenheiros para desenvolver uma turbina BR e ter seu próprio caça BR, do mais gripem ng é perna curta, vai precisar construir muitas bases militar nos estado do Brasil, vai ficar mais caro o molho do que o peixe
Será que voce não vê os beeficios? É o caça mais modular de todos, com baixo custo de manuntençao e operaçao. FOI SIM A MELHOR ESCOLHA!
Que a Argentina então compre o SU35 e vire uma potência militar regional! Eles podem? Não podem. Eles não sabem o que fazer com seus Mirage de museu veteranos da Guerra das Malvinas. A Armada Argentina ainda presta para alguma coisa, o Ejercito Argentino vem fazendo um lento reaparelhamento, mas, a Fuerza Aerea está DESINTEGRANDO NO AR! Isto é que é lamentável e vergonhoso de assistir após esta força gloriosa lutar tão bravamente em 1982!
Esse reportagem tem como autor o sr Atilio Baron, escritor argentino que infelizmnente falou essa bobagem; mencionando erro primariio de gepolitica brasileira. O sr Baron desconhece os termos contratuais, bem como nao soube analisar as vantagens entre os 3 competidores e sugerindo aviao russo sukhoy como o melhor. A presidente foi corretíssima ao escolher o gripen ng, pois os criterios de custo, desempenho e transferencia tecnologica era o mais satisfatorio. O Brasil nao quer só comprar aviao militar, mas principalmente a tecnologia. os americanos jamais iriam transferi-la, embora se reconheça a qualidade do f-18. Os franceses com seu pesado rafale até poderiam, mas o custo é inviavel. Só restou o gripen que terá só a turbina americana( ver infografico), podendo até ser trocada na conveniencia brasileira. O russo saiu da licitação por nao transferencia tecnologica. Então, onde está o erro geopolitico? Deve-se estudar o assunto cuidadosamente antes de escrever bobagem.
Perfeito !
Quem lê pensa que é fácil tomar decisões politicas. É só escolher tal produto! Se fosse tão fácil assim não teria levado tanto tempo para concluir a concorrência desse avião. Até hoje a escolha do Scorpene é criticada no poder naval pela maioria dos comentaristas (tanto que nem se vê matérias do submarino), sendo que até o segundo navio já está em produção.
É contraditório o autor falar em soberania nacional sendo que o interesse da matéria é voltada a um alinhamento politico com a Russia, sem levar em consideração o interesse do Brasil em ser independente na produção do caça. Temos helicópteros e sistema antiaéreo russo, além da escolha do Pantsyr. Temos helicópteros e navios (para falar dos produtos mais caros) procedentes dos Estados Unidos. Temos helicópteros e submarinos franceses. Mas mesmo tendo essa enorme quantidade de produtos estrangeiros, ainda não temos tecnologia nossa.
Delirante, tendencioso e falacioso. Parece matéria paga, encomendada. Perdi meu tempo.
O país, ou os países que mais souberam diversificar, pois não sentiram na pele e não foram ingênuos de esquecer isso, foram Indonésia, ´Índia e Malásia, ou seja, sempre diversificam seus fornecedores, as vezes diametralmente opostos, agregando e extraindo todo conhecimento tecnológico que lhes é capaz. Nós continuamos com a político de avestruz, com síndrome de cachorro vira-lata. Poderíamos muito bem ter selecionado os Su-35 (ou Su-27SK) como caça Hi-performance lá atrás, complementando a substituição dos nossos F-5M e A-1M com caças F-16 agora, se tivéssemos um pingo de seriedade no pensamento estratégico.
Até mais!!! 😉
Senhores,
os conglomerados econômico, politico e militar dos EUA e seus aliados de momento como Inglaterra e França, em sua tacanha visão do mundo, convivem a décadas com um dilema central da política externa norte-americana contemporânea, que busca conduzir a chamada democracia capitalista no mundo.
O dilema é enfrentar um ambiente em que a maioria dos países não são nem capitalista nem democráticos e, a partir daí agir com equidade na defesa dos seus interesses. Os líderes dos EUA e da Europa raramente têm demonstrado engenho ou graça em lidar com essa situação delicada e muitas vezes frustrante para suas visão de mundo perfeito.
Vejamos, as autoridades americanas já afirmavam nos anos 80 que a região da America Central e do Caribe eram de vital importância para sua segurança. Naquela época a mesma se encontrava(na visão americana) sob ataque de revolucionários comunistas doutrinados, treinados, financiados e controlados pela extinta União Soviética. Isto seria um perigo para o bem-estar dos norte-americanos, e a época os porta-vozes da administração americana argumentavam, que era imperativo que a maré marxista-leninista fosse impedida de engolir a América Central.
Para alcançar tal objetivo, a situação requeria uma postura de confronto para deter a cabeça de ponte comunista (Nicarágua), combinada com o apoio maciço de todos os regimes “amigos”, que iria desde a democrática Costa Rica, até, a época à autocrática Guatemala.
Falo aqui da América Central, porque ela nos apresenta um retrato claro do microcosmo das políticas de suposições equivocadas e subjacentes abordagem dos Estados Unidos para todo o Terceiro Mundo.
A estratégia atual e de meados do século passado dos Estados Unidos revela uma mentalidade de cerco virtual. Nem sempre foi assim. Ao longo do século XIX, os formuladores de políticas dos EUA exalava confiança de que o resto do mundo iria imitar o sistema político e econômico dos Estados Unidos, ao ver os Estados Unidos como um “farol na colina” a guiar a humanidade para um futuro melhor(sic).
No final dos anos 40, a maioria dos americanos e seus representantes políticos ainda acreditava que a democracia triunfaria como um sistema universal.
A ruptura prospectiva dos impérios coloniais europeus na Ásia e na África era geralmente visto como uma oportunidade, não uma calamidade. Dezenas de novas nações surgiriam desse processo, e os americanos estavam confiantes de que a maioria iria escolher o caminho da democracia e da livre iniciativa, isolando assim a União Soviética e seu círculo de ditaduras marxistas-leninistas na Europa Oriental.
Prestem bem atenção para entenderem como é a mentalidade humana, sua hipocrisia.
Pois bem, os resultados reais foram agudamente decepcionante. Nenhuma onda de novas democracias ocorreu neste “Terceiro Mundo”, em vez disso, a descolonização produziu uma infinidade de ditaduras, alguns dos quais pareceram extremamente amigável para com Moscou.
Provavelmente, este desenvolvimento da situação foi especialmente perturbador para Washington, uma vez que ocorreu num momento em que o confronto da Guerra Fria dos EUA com a URSS passava pelo seu momento mais virulento.
A natureza e a magnitude desse conflito ideológico entre as duas potências, evidentemente fazia com que os americanos olhassem para o Terceiro Mundo, apenas como outra arena neste conflito.
Consequentemente, a proliferação de movimentos revolucionários de esquerda e governos pró-Moscou parecia minar a própria segurança e bem-estar da América.
A resposta de Washington a esta “adversidade” foi particularmente simplista e infeliz. Os líderes norte-americanos cada vez mais passaram a se aliar a qualquer regime que se intitulasse anticomunista, mesmo que este fosse extremamente repressivo e “antidemocrático” com o seu próprio povo. Ao mesmo tempo, eles viam os governos de esquerda(mesmo aqueles que fossem eleitos de acordo com procedimentos democráticos) como pouco mais do que substitutos soviéticos, ou, pelo menos, alvos de oportunidade para maquinações comunistas.
Um presságio dessa mentalidade entre os formuladores de políticas dos EUA veio à tona durante as primeiras fases da guerra fria. A enunciação da chamada Doutrina Truman, em 1947, do presidente Harry Truman proclamou a disposição dos Estados Unidos para ajudar os governos amigáveis a resistir não só a agressão externa, mas também a “minorias armadas” em seu próprio meio. Foi “o” momento sinistro para Estados Unidos, pois arrogou-se o direito de intervir nos assuntos internos de outras nações para ajudar a preservar regimes considerados amigável aos interesses americanos.
Embora Washington houvesse se envolvido em tal conduta em toda a América Central e do Caribe durante várias décadas, os incidentes ocorridos foram apenas uma aberração geográfica no que foi uma política externa não-intervencionista. A Doutrina Truman levantou o espectro de que o paternalismo intrometido dos Estados Unidos naquela região poderia agora ser aplicada em uma escala global.
Embora o presidente Truman ressaltasse que o status quo não era “sagrado”, sua doutrina logo fez os Estados Unidos um patrono de regimes reacionários, repressivos em todo o mundo. Uma demonstração do quão longe essa tendência tinha se desenvolvido foi que em 1961 o presidente John F. Kennedy proclamou em seu discurso de posse a determinação dos Estados Unidos de “apoiar qualquer amigo” na batalha contra o comunismo mundial.
As consequências desta estratégia simplista e moralmente inconsistente são altamente lamentável. A evolução de relações confortável entre Washington e uma série de governos autoritários/autocráticos.
A percepção generalizada hoje, dos Estados Unidos como o patrocinador e protetor de tais regimes minou a credibilidade dos EUA como um porta-voz da democracia.
Oque ocorre em certa monta hoje nos países do chamado Terceiro Mundo é que estes equiparam tanto o capitalismo e democracia com a hegemonia dos EUA, e suas intromissões a partir daí, e estabeleceu-se em grande parte desses países um arraigado anti-americanismo. Trata-se de uma abordagem que cria um reservatório enorme de má vontade contra o governo americano e, no longo prazo, enfraquece em vez de fortalecer a segurança nacional dos EUA.
A política de Washington para com os países do Terceiro Mundo está seriamente equivocada em vários aspectos. Um defeito fundamental(por motivos óbvios) é a tendência para ver as lutas internas, em grande parte, exclusivamente pelo prisma da “Guerra Fria” em curso dos Estados Unidos com a Rússia e agora também com a China.
O Secretário de Estado americano John Foster Dulles foi um praticante desta visão que estou querendo que entendam.
No início da década de 50, quando ele insistiu que os países emergentes da Ásia e da África “escolhessem um lado” no conflito entre os EUA e a URSS. Não-alinhamento ou neutralismo era visto por Dulles como covardia moral ou apoio tácito para a extinta URSS. Tal atitude só antagonizou líderes não alinhados que estavam preocupados principalmente em traçar um rumo político e econômico pós-colonial para as suas novas nações e portanto acabaram tendo que se preocupar muito mais com uma competição tensa entre duas superpotências alienígenas.
Políticos americanos aprenderam algumas lições com os erros de Dulles no quarto de século seguinte…
Durante os anos 60, Washington ainda viu os conflitos políticos internos em países tão diversos como Vietnã e República Dominicana(que era governado por um ditador brutal) exclusivamente como escaramuças num conflito maior, a guerra fria. Uma década após a vitória de uma facção na luta tribal, linguística e econômica complexa em Angola, o ex-secretário de Estado Henry Kissinger descreveu o conflito apenas como parte de “uma ofensiva geopolítica soviética sem precedentes” em uma escala global. Gerald Ford, ex- patrão de Kissinger, também interpreta o episódio apenas como uma luta entre “pró-comunista” e as forças “pró-ocidentais”. A época a ex-embaixadora americana na ONU Jeane Kirkpatrick teve o descalabro de afirmar que países como Moçambique e Nicarágua não podiam ser reconhecidos como nações em seu próprio direito, mas como componentes do império soviético.
Esta incapacidade de compreender as complexidades e ambiguidades, as necessidades e rivalidades de poder do Terceiro Mundo tem impulsionado os Estados Unidos e Europa a adotarem estratégias extremamente erradas e contraproducentes.
Os Estados Unidos não vêem a queda de um autocrata repressivo aliado seu, como uma mera mudança política interna, mas, como a erradicação da dominação norte-americana.
Oque não querem ver de jeito nenhum(por motivos obvios), é que, se, eventualmente emerge um Ferdinand Marcos, Anastasio Somoza, Alfredo Stroessner, Saddam Hussein, Augusto Pinochet, Muammar Gaddafi, ou Chun Doo Hwan que venha a representar o capitalismo democrático, então qualquer alternativa, mesmo comunismo, pode ser preferível à população que esta sendo massacrada por tais tipos de governantes.
Qual o interesse estratégico primário dos EUA em relação a qualquer país do Terceiro Mundo? Com certeza, é, o estabelecimento de bases ou áreas de estágio para o poder militar americano. Afinal, isso é a garantia primeira de que a partir daí seus tantos interesses deslancharão e serão resguardados, e isso, claro, só se consegue com governos “apaniguados”.
Todos os países hoje em disputa pela hegemonia global(Rússia, China, India) ou para mantê-la como os EUA, França, Inglaterra, usam do mesmo modus operandi.
As colocações acima são para contribuir para uma melhor compreensão de como podemos ficar refém deste ou daquele player global se não analisarmos adequadamente o quadro a nossa frente e a armadilha que estes mesmos players cavaram para sí e que se não abrirmos os olhos podemos também podemos cair nela. Não caiamos no canto de sereia de ficarmos discutindo ideologias(e consequentemente a qual destes apoiar), antes, procuremos ter nossa própria agenda e busquemos agir com equidade, justiça, fraternidade para com todos os povos e nações.
Por isso, digo sim, foi muito acertada a escolha pela aeronave sueca, já que os mesmos, desde a muito são reconhecidos por sua postura de total neutralidade e não ingerência, além de buscarem dispor de independência tecnológica justamente para poder garantir sua política de neutralidade.
É o parceiro ideal para aperfeiçoarmo-nos, e assim, desenvolvermos nossa própria tecnologia para aeronaves de combate, sem ficarmos refém futuramente de ninguém.
Grato.
Não confio nos russos, como não confio nos franceses e americanos, acho que o Brasil fez a compra certa, vai fazer uma bela parceria com os suecos, o avião russo também é caro e quem garante que os russos iriam transferir tecnologia. Em caso de conflito, acho isso um equivoco pois nosso pais não oferece risco algum aos americanos, eles estão muito mais preocupados com a influencia expansão chinesa que deve crescer muito. O que devemos fazer é aproveitar a oportunidade que a saab esta oferendo, em termos de transferência de tecnologia, e construir nosso próprio avião, mas para isso temos q formar engenheiro, mandar esse povo estudar, sem educação nada muda.
Não concordo plenamente com o texto mas convenhamos tem uma realidade cruel para o nosso lado. Os EUA tem bases militares que a gente nem imagina o que se passa por lá, que estão literalmente nos cercando simmmm, não adianta negar o evidente com negativas que a realidade não muda. O mais importante não foi dito no texto: tendo o caça do país que for aqui o que real e unicamente a OTAN respeita é se você tem ou não a Dissuasão Nuclear, tem Artefatos Atômicos somos respeitados, se não temos, somos de segunda na ONU, CS, OMC etc…
Às vezes escreve-se muito e diz-se pouco. É o caso do texto acima. Os americanos continuarão nos respeitando por que não mudamos as regras do jogo no meio do jogo. É assim que eles jogam também. A baixa assinatura radar do Gripen assim como de todos os caças atuais da FAB, será um diferencial permanente quando a tecnologia stealth for totalmente ultrapassada.
Patético
A inércia e a miopia, pós revolução, de governos e de fardas graduadas deixaram a defesa brasileira em um cenário de ingenuidade e negligência.
Falamos aqui de cerca de 30 anos em que o Brasil literalmente “perdeu o bonde” do desenvolvimento tecnológico relacionado à Defesa.
Diversos países do chamado terceiro mundo (América Central, Ásia e África) começaram há alguns anos a desenvolver seus próprios projetos de defesa (carros de combate, embarcações de guerra, VANTs, etc.), ou a comprar outros produtos mais sofisticados de terceiros.
Praticamente todos os países com média relevância geopolítica já constroem seus barcos de patrulha e de apoio logístico (Peru, Colômbia, Venezuela, Argentina, só para citar na América do Sul).
O Brasil há décadas está capacitado a projetar e construir barcos de patrulha, OPVs, corvetas, apoio anfíbio, por exemplo, mas não o fez. Agora corre para construir corvetas e OPVs a partir da Corveta Barroso (um excelente projeto promissor). Agora é tarde! Quando o projeto ficar pronto, todos os países, possíveis clientes, já terão feito suas escolhas!
O Brasil tinha um projeto promissor de um treinador primário básico (Novaer TX-C Pilgrim) para substituir o T-25 Universal; perdeu a vez! a Argentina impôs seu próprio desenho e ganhou, o UNASUR 1!
Perdemos o tanque Osório da Engesa, pois não o construímos para o nosso Exército!
Perdemos todos os foguetes do VLS e agora também o Longa Marcha! Por que perdemos o “timing” do desenvolvimento! Fomos ingenuamente comprar “conversores elétricos” para o satélite sino-brasileiro nos Estados Unidos, francamente!
Estamos produzindo o primeiro turbojato brasileiro! Excelente! Infelizmente temos duas empresas construindo o mesmo produto (TMG e Polaris); e as duas parece que estão batendo cabeça. Uma supõe-se ter a simpatia do CTA-aeronáutica/ FINEP, a outra não. Ora, somente os Estados Unidos podem se dar ao luxo de ter duas ou mais empresas projetando tais itens de grande complexidade.
Lamentável não termos a Aeronáutica organizando e evitando desperdício de esforços; acho que eles ainda não perceberam a gravidade desta situação. Há uma grande chance de ambos os projetos serem abandonados por falta de foco!
Eu teria muitos mais maus exemplos a dar, mas já dar para perceber que a solução passa perto da vaidade e longe da razão!
Ótimo comentário Lionel!
Quem tem o tico e teco funcionando na cabeça esta consciente, ou embasado disto, da total incompetência brasileira em geopolítica, mas em um país que a maioria dos pais nem se importam de seus filhos comem merenda estragada nas escolas nunca darão atenção a isto, e os nossos jovens, achar os pensantes é achar trevos de 4 folhas. As instituições não brotam do nada, elas nascem da sociedade que representam e principalmente as espelham.
É cruel cara mas o Brasil caminha para um buraco terrível.
Perfeito … ”O Brasil nao perde oportunidade de perder oportunidades”..
Único comentário que leio algo de coeso.
Parabéns, existe vida além desse monte de dinossauro com cérebro fossilizados da guerra fria e marcham com seus iphones em mão enquanto assistem UFC.
Falou tudo, principalmente no governo militar onde o ego é maior que a inteligência,o Brasil deixou de dar passos importantes , para cair em uma utopia de protecionismo da reserva de mercado fechando os olhos para o que já estava pronto e dando certo. Acredito que muitos segmentos estão tentando tirar o atraso, mas como o amigo falou no texto falta foco no produto e governabilidade. Talvez se um dia as forças armadas tiverem mais autonomia e não precisem pedir bênçãos para lançar um rojão, as coisas ficarão mais organizadas.
Pelo que li baseado nos comentários, estamos de certo modo – perdidos no mato sem cachorro e sem saber o caminho de volta -. Tudo o que disseram os comentaristas só endossam o projeto do Lula de criar inumeras faculdades de tecnologia onde se pode desenvolver técnicas capazes de suprir as necessiades de peças de reposição assim como fabricá-las e não depender de fornecimento de fabricantes das aeronaves. Me parece que o calcanhar de Aquiles reside no fato de não termos turbinas genuinamente nacionais e partes de aviônica, a parte eletrônica da aeronave. Sem isso teremos uma enorme frota de caças inoperantes, sem função nenhuma. Do mesmo modo se falarmos em armamento, misseis, metralhadoras, aparelhos furtivos de defesa contra misseis dos caças adversários. A primeira vista, tudo parece simples mas não é. Parece aquele ditado do Delfim Neto ; “-se correr o bicho pega e se ficar, ele come”. Mas o problema maior é o pouco tempo que nos resta porque o pré-sal é uma realidade e a nossa defesa, ainda uma quimera.
Texto tolo e claramente ideológico. Nossa, quantas linhas para transmitir uma simples ideia de russofilia.
Quer dizer então que adquirir uma aeronave de 1ª importância de um país sem qualquer tradição diplomática de peso com o Brasil seria a “solução mágica” para a independência tecnológica brasileira?
Quer dizer que a Suécia pode parar o fornecimento de peças ao Brasil? Claro que sim, assim como a França com os submarinos, os russos com os helicópteros e a Itália com as pizzas. TODO país fornecedor pode eventualmente parar de fornecer peças, e o que faria da Rússia uma diferença? Russos vivem cortando a importação de carne brasileira e gerando prejuízos ao setor agrícola nacional, ao menor sinal de febre aftosa no rebanho brasileiro. Seriam eles tão bonzinhos e compreensivos com o Brasil como esse “texto” quer fazer parecer?
Nos posts relacionados logo abaixo há um artigo sobre a concorrência indiana e o Rafale. Por que estariam os indianos, clientes dos russos de longa data, querendo trocar de fornecedor?
Concordo em 100%.
Concordo plenamente!
CONCORDO PLENAMENTE! Posso responder o caso da Índia que escolheu um caça ocidental, mesmo possuindo SU-30 e 35: O Domínio Tecnológico ocidental, mormente na aviação, está muuuuuuuuito na frente dos russos, que embora fabriquem excelente máquinas, não se equivalem aos europeus e, sobretudo, aos americanos, essa é que é a realidade. Eu sou fanático por armas russas, por outro motivo, adoro o povo russo, sua cultura, inteligência e educação, e o modo como resolveram os problemas científicos sozinhos, fabricam tudo, desde parafusos até armas nucleares, sou fã deles, mas…Para ter domínio dos céus e defender meu país, vou de F-18, e, futuramente, F-35.
Qualquer um, não importa se é a favor do ocidente ou do oriente, sabe que o SU35 só perde para os caças de 5° geração!!
Como se o Tio Sam precisasse de base terrestre para atacar o Brasil, cada porta avião deles deve ter uma ala aérea mais poderosa que a FAB inteira. O que o Brasil precisa agora é de uma base tecnológica para se tornar uma potencia bem no futuro(bota uns 50 anos aí no mínimo), e nesse ponto a Suecia parece uma boa parceria.
Para conquistar precisa ocupar. Aí onde vamos mostrar a boa índole do brasileiro. Vocês pensam que somos Iraque? Somos 200 milhões de brasileiros muito amantes de invasores.
Parabéns a linha editorial da DAN, infelizmente em outros sites especializados não vejo de forma usual esta postura aberta a verdadeira democracia, mais uma vez parabéns é sempre importante ouvir todas as posições e reconhecer o direito que todos tem a liberdade de expressão. Quanto a escolha; a bastante tempo defendo o Gripen, pois é a que cabe em nosso bolso no momento, é a que permite com os orçamentos atuais que a força aérea mantenha seus pilotos atualizados e treinados adequadamente. Quanto a dependência tecnológica, isto ocorreria em qualquer escolha, sendo ela francesa, americana e se fosse o caso chinesa ou russa; quem sou eu para dizer ao governo o que fazer, mas o melhor investimento que pode ser feito é no povo brasileiro, ou seja, educação de qualidade, saúde digna e oportunidades aos jovens para que um dia o Brasil tenha capacidade de desenvolver de forma independente conhecimentos e tecnologia em várias áreas não só na defesa e tornar-se então independente o máximo que puder, sem com isso esquecer que vivemos num mundo que precisa de integração e colaboração entre os povos.
Cara não venha com essa de melhor para o nosso bolso o Brasil esta gastando cerca de 30 bilhões ou até mais em uma coisa desnecessária como a copa e você vem com essa de melhor para o nosso bolso.
O que nossos políticos querem é que a nação brasileira continue assim ignorante com mentalidade de carnaval, futebol e novela enquanto eles fodem com o país essa é a verdade.
Antes de tudo, feliz ano novo a todos.
Sobre o texto acima, considero que a verdadeira independência do Brasil não está em importar armas, e sim em usar produtos nacionais. A Rússia e a China podem dizer não, porque fabricam suas próprias armas. Se a escolha fosse SU-35 ou algum “J” chinês, em caso de conflito com os EUA, estaríamos desprotegidos do mesmo modo, pois um bloqueio aeronaval americano impediria a chegada de materiais de reposição destas armas. Portanto, o GRIPEN para mim é a solução menos pior.
Para fabricar armas tem que investir bilhões em educação, meu querido, tem que botar o povo pra estudar, não é ficar dando bolsa-esmola pra essa rapaziada ficar fazendo churrasquinho nas ruas ouvindo pagode. Vejam a Suécia, um país minúsculo, mas muuuuuito desenvolvido, nos vender caças avançados, como e que pode????? EDUCAÇÃO.
O artigo está correto com exceção de um critério: a realidade.
O Su 35, além dos notórios problemas logísticos, demandaria reconstruir a FAB do zero, o que implicaria dinheiro e tempo, duas coisas que não temos.
Outra coisa é achar os russos bonzinhos. A primeira coisa que os Tu-95 fizeram na Venezuela foi realizar vôos de espionagem em nossa costa.
Sinceramente, com todo o entendimento da reflexão acima. Diria que tivessemos adquirido o SU 35, também estaríamos em situação semelhante, apenas trocando de “chantageador”. Claro que sueco ou francês, pela importância economica que os EUA têm com estes 2 países, sem falar na OTAN, eles estariam inclinados a “obedecer” Washington. Mas com Moscou não seria tão diferente, quando nós também o contraríassemos. O que precisamos é investir em PD, alta tecnologia numa indústria de defesa nacional ou pelo menos quase que plenamente nacional, para estarmos “seguros”, contra, seja lá quem for. Não fabricamos sequer fuzis modernos, nossa estrutura de comunicações é um fiasco! Não possuímos sequer um programa aeroespacial decente, nem uma indústria naval digna de eficiencia. Logística para propagação de meios terrestres? Isso lá existe aqui, abaixo da linha do equador? Precisamos de fazer muita, muita coisa! Inclusive, a sociedade civíl e esses pseudo intelectuais barulhentos, também necessitam enxergar essa necessidade. Até mesmo porque ganha-se muito dinheiro com as derivações de uma indústria avançada. Mas se lançamos um foguete e este cai, lá vem um bando de gente e a imprensa, criticar…não é dinheiro jogado fora? Dinheiro jogado fora! É não investir! É corrupção! É esquemão de todos os tipos. Espero que daqui a algumas décadas pelo menos nossa indústria tenha capacidade de desenvolver meios básicos e avançados de defesa, para um enfrentamento de guerrilha, porque será assim, se quisermos um dia expulsar certos “invasores”, ou então teremos um país dividido como ocorreu com a Coréia e Vietnã.
Vale lembrar que Atilio Borón é um pensador argentino marxista, bolivariano e kirchnerista quase conspiranoico……
Bela descrição. Uma verdadeira definição de enciclopédia para Atilio Borón.
Porém ele falou com uma clareza cristalina. Só um cego não vê. Como você explica tantas bases ao redor do Brasil? E isso sem falar nas sete bases na Colômbia para combater o “narcotráfico”.
o certo mesmo e desenvolvermos nossos próprios armamentos ja q a russia e a china assim como os EUA e os europeus estao cada vez mais famintos por recursos e mesmo parecendo q comprar armamentos dos russos parece garantir uma independência politica uma hora podemos acabar reféns para eles do mesmo jeito q somos reféns dos EUA
A grande lição é, se não existir cultura e consequentemente advir o conhecimento em todos os níveis tecnológicos, o Brasil será refém de qualquer tipo de “Know How” externo, não importa a fonte ou tendência geopolítica. Ansiamos que este processo de desenvolvimento de nossa própria cultura ocorra passo-a-passo, quem sabe com o fomento de idéias que são livremente debatidas em fóruns como do DAN.
A conclusão negativa é o baixo interesse da chamada grande mídia para estes assuntos…
Forte abraço.
Grande mídia? Quem decide o quer veer é a pop. A mídia só mostra…
Bom pra falar a verdade já tem muito tempo que o brasil vem sendo sufocado pelo tio Sam.Quem não se lembra de um carro de combate chamado EE-T1 Osório ?A historia não precisa nem contar isso é cupa por não ter uma Industria bélica de verdade,nossos submarinos são da onde? os carros de combate são alemão e Americano em não não precisa nem falar um pais que esta atrasado pelo menos 50 anos em vista aos de mais que o que? onde só querem saber de carnaval e bola na hora que o bicho pegar ai vão pensar de verdade como gente Desenvolvida pois enquanto não acontece com a gente ficam nessa mamata nosso pais tem de tudo pra ser uma Potencia de verdade mais é um querendo ser mais malandro que o outro copa pra quem? pros gringos acha que a copa é pro brasil?mais de 36 bilhões gastos com isso e nossa defesa,educação,saúde fora o desvio de verbas etc…….. Só vamos aprender quando o calo doer ai sim vamos aprender. Desculpa pelo meu português.
Pq o próprio governo brasileiro não comprou o EE-T1 , aliás, ele nem foi feito para nosso EB (o Tamoyo é que foi). É muito fácil culpar os EUA pela quebradeira da Engesa, agora as garantias que o gov. brasileiro deu a ela para vender a Saddan e Kadaffi e tomar calote de ambas ninguém comenta. Quem quebrou a Engesa foi o nosso próprio governo e não os gringos.
O Brasil não comprou o Osório porque estava quebrado(-$), assim as esperanças da Engesa caíram na decisão do governo saudita, mais por causa do tradicional lobby dos EUA os sauditas compraram o M1 Abrans, ao invés do Osório que era tão melhor que o tanque americano que chegou a reboca-lo e era também mais leve que o Abrans, e nas provas de tiro o Osório também teve melhor resultado, fazendo até com que o tanque brasileiro fosse elogiado pelos americanos.
Resumindo o Brasil tinha(nos anos 80) as pernas fracas mais os estados unidos fizeram questão de “bater nelas com um taco de baiseball” e nos ferrar ainda mais.
Fora que em nossa história os EUA já meteram muito o dedo, ou alguém aqui acha que foi coincidência a US Navy ter envidado o USS Forrestal(CVA-59) para o Atlântico sul perto de 1º de Abril de 1964(Operação Brother Sam).
O Mario está certíssimo, a Engesa não projetou o Osório para o nosso exército, que também não manifestou o mínimo interesse nele, todos só queriam os petrodólares do Iraque e Arábia Saudita, o resto é bazófia. Naquela época nós armamos Saddam Hussein até os dentes, depois culpam os americanos pelos gastos de trilhões de dólares em armas, quando podiam acabar com a fome do mundo, mas nós, brasileiros, também fizemos a mesma coisa, só que gostamos de culpar sempre os outros pelos nosso problemas. Essa historinha que o Osório rebocou o Abrams é pra lá de ridícula, além de ser metirosa, este tipo de ufanismo doente não acrescenta nada ao poder das forças armadas brasileiras = Zero.
A Arábia Saudita comprou o tanque M1 porque em 1990 Saddan Hussein invadiu o Kwait e ameaçou o país. Os EUA formaram uma coalizão com outros países, despejaram meio milhão de soldados nas areias do deserto saudita e dalí partiram para libertar o Kwait, no que ficou conhecida como a 1º Guerra do Golfo. Depois disso, por mais que o Osório fosse melhor do que o Abrams (o que não acredito), vocês acham que a Arábia Saudita iria comprá-lo no lugar do tanque oferecido pelo seu aliado estratégico?
A Operação Brother Sam estava marcada para 15 Abril 64 e não para 1º Abril que já era o 2º dia da Revolução. Um pouquinho de conhecimento dessa questão não lhe faria nenhum mal.
Vamos lá novamente :
O Exército através do ENFA enviou requerimentos para a industria nacional para que fosse projetado e construído um CC com certas especificações. Apenas e somente a Bernardini que anos antes tinha reformado/modernizado os M-41 (os designando de M-41C Caxias) respondeu a esse pedido e projetou em cima dos M-41C o Tamoyo. O caso do EE-T1 Osório não foi esse , ela não tinha experiência nesse tipo de viatura e não o projetou nas especificações pedidas pelo EB e sim para competir na Arábia e naquela região, pois eles tinham se tornado os maiores compradores de armas da Engesa. Até um arranjo de sobretaxa de 10% nesse CC foi feito em favor do nosso EB (de cada 10 tanques vendidos, 1 iria para o EB) para que o nosso governo entrasse no jogo , e mesmo assim nosso governo não entrou no jogo e deu no que deu. Vejo muita choradeira sobre os americanos terem jogado duro , ora senhores, CRESÇAM , acham que esse jogo é para amadores ou para poetas ? E saibam que o EB detém todo o projeto e os protótipos daquele playmobil importado que chamamos de Osório e passados mais de 24/25 anos disso tudo, o EB prefere comprar Leopard’s1A5 do que tentar fabricar o Osório, pq será ?
Parabéns pela imparcialidade!
É por essa e outras que acredito que o Brasil deve se associar aos russos no projeto do caça 5G. e incrementar nossa defesa anti aérea com produtos russos também, sempre absorvendo a tecnologia. A decisão pelos Gripens foi acertada mesmo. Como citado, foi a menos ruim.
Imparcialidade chamando os americanos de cachorro para baixo ? Tenha santa paciência seu brincalhão !
A imparcialidade, no caso, não é o conteúdo do texto, cavalheiro, mas, como foi claramente esclarecido ANTES DE SE ADENTRAR AO TEXTO, o fato de se divulgar um opinião diferente da anteriormente publicada.
É evidente que foi escrito por um defensor bolivariano que Leu Marx, Lênin, mas não seu deu ao trabalho de entendê-los (até porque pensar dá trabalho e poucos gostam de fazê-lo).
Logo, a imparcialidade é exclusiva em PUBLICAR O TEXTO CONTRÁRIO a linha editorial do site. Entenda, por favor . . .
Imparcialidade é isenção , coisa que o texto não tem. Publicá-lo ou não é outra coisa , entenda por favor…
Caro Mário, você que não quer entender. Até porque nossa Grande Mídia tem o costume de só publicar o que interessa a seus anunciantes. Aqui o site expôs a máxima do bom jornalismo, publicar OS DOIS PONTOS DE VISTA.
Logo, se eles publicaram um texto em um sentido, e, sentiram-se na obrigação de publicar o outro lado (claro que OS DOIS COM PARCIALIDADE, SE VOCÊ AINDA NÃO PERCEBEU) esta questão foi devidamente esclarecida no prolegômeno desta página, e ANTES de começar o texto. Aliás, esclarecendo bem a situação, diferente do que nossa grande mídia faz.
Se você quer parcialidade, vá ler “Carta Capital” ou “Olavo de Carvalho”, pois, independente de doutrina, eles não publicam o ponto de vista contrário.
E, com todo o respeito a suas argumentações, entendi que você simplesmente não entendeu todo o contexto das duas publicações. Apenas isto.
E sim, o texto é tão parcial quanto seu escritor o quis. Um energúmeno, aliás, pela assertiva que você destacou e por outras. Devemos apenas tirar dele o que nos interessa e nada mais (mesmo que seja o fato de aprender a nunca escrever como ele).
Abraços para você !!!
O texto não foi imparcial (não mencionei o site que postou, percebeu?), e não me venha com esse papo de ‘grande mídia’ , esse jargão já está mais de defasado. O contexto é que esse autor ainda é daqueles que sonham com uma sucata da Guerra Fria apenas e unicamente por motivos ideológicos (se for assim, posso sonhar em ter na FAB o F-15 para afzer um contraponto nele?). Entendeu meu posicionamento ?
Vendido
Texto de uma inocência e panfletagem ideológica (anti-americanismo bolivariano) que chega ao ponto do ridículo. Vamos ser realistas , nada, nem centenas de caças russos ou chineses,(até os stealth desses países) deteriam a Nova Roma de nos invadir tanto pelas bases na AL quanto pelo mar e não existe motivo algum para que eles façam isso nas próximas décadas, o Brasil mesmo flertando com esses regimes de exceção como Cuba e similares não se alinha a eles , mesmo tendo Chefes de Estado como membros do Foro de S.Paulo. Realmente a Guerra Fria não acabou na cabeça dessas “viúvas do Muro de Berlin” , pena para eles, diversão garantida para nós !
Quinta coluna.
Parabéns ao DAN pela pluralidade democrática, tão rara em tempos de lobby descarado nas publicações sobre defesa. O conhecimento é construído na discussão clara e objetiva, e a isenção é o maior ativo de qualquer meio jornalístico sério. É desta forma que se constrói um espaço realmente significante para o pensar geopolítico sobre defesa e soberania.
Texto tendencioso. Nenhum país compartilha tecnologia pronta pra quem está encomendando míseros 36 aviões. Desenvolver o caça junto com a Suécia é o que garante a soberania nacional, pois muitos componentes serão nacionais, além de fornecer experiência aos engenheiros brasileiros.