O plano da China de instalar uma base militar no Djibuti pode ser o primeiro passo para um maior envolvimento de Pequim na África, uma estratégia que promete irritar seriamente os Estados Unidos, conforme escreveu o jornalista James Poulos para a revista The Week.
No ano passado, a China iniciou uma discussão com as autoridades do Djibuti para estabelecer um hub logístico e um campo de pouso no território do Estado africano, situado a leste do golfo de Áden. Os EUA, que também possuem instalações militares no país, logo demonstraram preocupação com a expansão da esfera de influência chinesa.
“Graças aos diferentes desafios e prioridades das duas potências, a intervenção africana está se configurando como uma festa para a China e uma penúria para os EUA”, afirmou Poulos.
A posição geográfica do Djibuti, banhado pelo Mar Vermelho, e a sua estabilidade fazem do país um ponto extremamente estratégico tanto para Washington como para Pequim. No entanto, enquanto os americanos têm utilizado suas bases na África para coordenar operações com drones, a nova manobra da China representará apenas mais uma fase de sua forte política de investimentos no continente africano.
“Na África, a China encontrou não apenas um mercado para dinheiro, mas também para trabalho e terra, componentes cruciais para um crescimento econômico sustentado”.
Durante o último Fórum de Cooperação China-África, realizado no mês passado, em Johanesburgo, Pequim prometeu um investimento no valor de 60 bilhões de dólares no continente africano, principalmente na forma de empréstimos e créditos à exportação.
Segundo o Council of Foreign Relations, entidade sediada em Nova York, a China opera na África com mais desenvoltura e com relações mais sutis e mutuamente benéficas do que as corporações norte-americanas e o governo federal dos EUA.
“O esforço diplomático mais visível dos EUA na África, o (projeto) Power Africa, está mancando. As empresas americanas não aproveitaram o suficiente”.
FONTE: Sputniknews
A China está tentando assegurar seu acesso em passagens estratégicas… Djbouti, Cape Horn, Nicarágua… sua intenção é garantir o escoamento de comodities e matérias primas e a exportação de seus produtos industrializados, ou seja, transformar as terras onde eles colocarem os seus tentáculos em “fazendões” para matar a fome de sua população… e vejam que a China só está se expandindo em locais semi abandonados pelo G-7 como África e Américas Central e do Sul, ocupando um vácuo deixado pelos EUA
Não existe uma base francesa, utilizada pelos EUA e OTAN em Djibouti?
Tireless não me refiro apenas a este comenta´rio seu mas a um análise de seus comentarios nos diversos blogs que vc participa, ja que acompanho diversos blogs e foruns de assuntos bélicos, sendo que vc tem uma posição pro OTAN clara e evidente, defendendo com unhas e dentes as intervenções americanas e européias e contestando de forma cruel outras ,manifestações militares da China e Rússia, como por exemplo vc acusa a Rússia de ser a patrocinadora do caos na Ucrânia e na Síria, ao mesmo tempo em que acusa a china de ser imperialista ao construir as ilhas artificiais no Mar da China.
Eu apesar da minha flagrante simpatia por Putin, sou amante das máquinas de guerra independentemente de sua nacionalidade, pois vejo as qualidades e a beleza num F-15 assim como admiro um Mig-29, não que um seja superior ao outro.
Desta forma, da mesma maneira que critico a política externa ocidental com suas intervenções militares ou econômicas, de forma desestabilizar países osberanos na tentativa de se criar um ambiente propício a manutenção da esfera de influência também criticaria a Rússia ou a china se elas adotassem o mesmo expediente.
Assim, o fato da china estar buscando a criação de bases militares na África ou mesmo na Ásia é reflexo da política americana de exportar seus militares ao redor do globo, de forma criar meios de interferir nos assuntos internos de diversos países, mesmo que seja usando os paradigmas da guerra as drogas ou da guerra ao terror como desculpas para exportação de suas ideologias e de sua política externa.
Assim é evidente que a China continuará a utilizar de sua influência financeira, para conquistar novos mercados e atrair novos parceiros e aumentar sua esfera de influência, pois como já afirmado várias vezes e por diversas pessoas “nações não tem amigos ou parceiros, nações tem interesses” e enquanto a falida ONU se portar como uma prostituta que somente manifesta interesse pelos 5 grandes do Conselho de Segurança, continuaremos a ter uma comunidade internacional refém das políticas e dos interesses das grandes nações, sem que se crie uma verdadeira comunidade internacional de nações oferecendo peso e legitimidade a vontade internacional e não a um grupelho de nações extremamente poderosas económica e militarmente e detentoras de um vasto arsenal nuclear.
Infelizmente nossa comunidade internacional continuará a ser como uma escola ou um bairro, onde se você for um independente será alvo de todas as turmas, grupos ou gangs que existem na região, forçando você a adentrar a um grupo, turma ou gang, mesmo que você não o deseje, simples assim, de forma que nossa política internacional continuará sob a premissa do “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
Alguem sabe alguma notícia sobre a base chinesa que seria instalada na Argentina?
Não sei como fica depois da eleição do Macri visto que o novo mandatário argentino claramente faz uma opção pela Europa e os EUA.
Lembrando que a colonização da África pelas potências europeias, considerando as características específicas da economia mundial da “Bélle Époque”, foi um dos motivos que levaram à eclosão da 1a Guerra Mundial. África, novamente, no palco de um conflito que se anuncia.
Tireless nada tão cristalino como a sua usual parcialidade, já que tudo analsiado pela sua otica, tem dois pesos e duas medidas, uma para os países comuns e outra para os inegrantes da OTAN, pois a França pode ter bases no Mali, no Chade, no Sudão, seus, a Inglaterra pode ainda manter as suas pérolas como Ascensão, diego Garcia, Gibraltar etc, os EUa podem manter bases e tropas em mais de 100 países, mas a china não pode exportar sua einfluência e criar bases em outros países.
Desculpe mas opinião de carácter dúbio e recheada de flagrante parcialidade não se coaduna com uma opinião séria e estribada, já que o que vale para um vale para os demais, ou será que os países integrantes da OTAN tem um mandato divino e não sabemos?
Amigo Rprosa, acho que você está um tanto quanto obcecado, praticamente engajado em uma espécie de jihad contra aqueles que denomina “atlantistas” ou seja, aqueles que supostamente endossariam toda e qualquer ação da OTAN contra a por assim dizer “Liga da Justiça, do bem e da virtude”, integrada por Rússia (Oligarcocracia corrupta chefiada por um déspota) e China (Ditadura comunista de partido único). Apenas isso pode justificar o fato de você ter questionado a seriedade e a imparcialidade do meu comentário.
Em verdade, em meus comentários eu afirmei que o imperialismo chinês está em ação na África, o que é um fato, e que o Brasil é de todos os poderes (estabelecidos e emergentes) o único que negocia com os africanos de igual para igual sem querer interferir na vida dos mesmos. E também comentei acerca dos ditadores amestrados a serviço dos chineses no continente africano, o que é outro fato. Robert Mugabe está aí para mostrar que eu estou correto.
Em tempo: Diego Garcia e a Ilha da Ascensão são territórios britânicos assim como as Falklands, de modo que qualquer instalação militar da Coroa britânica nesses locais é apenas e tão somente manifestação de soberania.
E faz sentido a preocupação…
Uma instalação e Djbouti significa controlar exatamente o acesso ao Mar Vermelho; e consequentemente tornar viável o bloqueio ao estreito de Suez. Logo, pode-se bloquear o melhor acesso das forças da OTAN estacionadas no Mediterrâneo ao Indico e Golfo Pérsico.
Veja _RR_ que a maior frota dos EUA a VII não necessita do Canal de Suez igualmente
válido para os aliados situados no Oceano Pacífico e além do mais a Índia não veria
com bons olhos um possível bloqueio pelos chineses.
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Ter uma base no Djbouti não significa que os chineses possam estacionar uma considerável
força lá para garantir efetivamente um bloqueio enfraquecendo outras áreas e eles mesmos também estariam sujeitos à um bloqueio.
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E em último caso, forças navais podem contornar a extremidade sul da África como já feito
anteriormente, por exemplo pelo USS Carl Vinson em sua missão inaugural com direito a uma parada em Diego Garcia antes de alcançar o Mar Arábico.
abraços
Dalton,
De fato.
Contudo, penso que tudo o que se puder fazer para dispersar as forças de seus potenciais adversários e apoiar os movimentos das suas próprias é valido. E instalações que guardam a entrada do Mar Vermelho certamente não poderiam ser ignoradas…
Saudações.
Seria a China contra o “resto do mundo” e a tal base não
poderia ser reabastecida facilmente, não com os EUA e
a Índia no meio do caminho só para citar os 2 maiores.
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Um paralelo bem poderia ser o ocupação pelos japoneses
das ilhas Attu e Kiska em 1942, quase nada chegava até lá
pelo bloqueio imposto.
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Entretanto os chineses terão outros bons usos para uma base lá!
abraços
Na verdade oque me espanta é ver alguns brasileiros,ficarem defendendo esse ou aquele império, o BRASIL sempre foi ”bacana” com os EUA e sempre levou chumbo na asa, e o mesmo acontece com a nossa relação com as potências europeias, o investimento chinês não é diferente do dos EUA e Europa !
EUA e Europa também protegem ditaduras quando lhes convém, isso é um fato, veja o caso da Arábia Saudita, mas parece que existe uma espécie de Síndrome de Estocolmo em alguns em relação aos EUA, talvez seja por causa de décadas de doutrinação feita pelo cinema em nosso país,que vem matando a nossa cultura ano após anos !
O BRASIL precisa é ser esperto e aproveitar ao máximo desses investimentos que vem do exterior seja de que país for,essa é a verdade !
o problema nem é esse, e sim que o governo só abre investimentos para paises com alinhamentos ideologicos parecidos ( se é que vc me entende ).. o brasil deveria ser aberto para todo mundo poder investir aqui e não a algumas nações “amigas”.
eu desconfio muito da china, afinal, nossa economia é muito fechada e estamos em uma grave recessão economica, por qual motivo os chineses estariam interessados em investir bilhões aqui logo neste momento ?
Black cat, motivos para investir no BRASIL é oque não falta,nossa infra estrutura inexiste, portos,estradas,aeroportos,ferrovias, tudo sucateado, o país tem um grande mercado consumidor .e etc.
O maior problema é sermos exportadores de commodities, isso sim é péssimo,agora quanto a dizer que o país esta fechado aos investimentos de algumas nações , sinceramente eu não acredito nisso, os EUA e Europa poderiam estar investindo aqui, como a China esta , não há impedimento algum a eles, alguns querem pintar o BRASIL como uma ditadura nos moldes da Coréia do Norte mas sabemos que isso não é verdade!
O BRASIL é membro da OMC.FMI,BC, MERCOSUL,entre outras organizações, então como pode ser uma economia fechada, certos setores precisam sim de maior abertura mas o país esta aberto a investimentos estrangeiros em geral !
tecnicamente o bruto da nossa industria está ligada a china, apenas os agropecuarios fazem negocios com diversos paises, e o fato de estarmos no MERCOSUL não torna nossa nação livre economicamente.
os chineses pretendiam/pretendem investir 53 bilhões aqui, é obvio que ninguem investe esse dinheiro todo a toa, eles vão querer ser bem ressarcidos, e o fato de já estarem comprando poços do pré-sal, ações de mineradoras, e outras coisas, é algo bem preocupante
Mas meu caro black cat você esta preocupado é porque o investimento é chinês, se fosse europeu o dos EUA pelo que eu estou entendendo ,estava tudo bem ? Você esta querendo que o BRASIL seja uma reserva de mercado para os EUA/Europa uma colônia, mas você precisa saber que não podemos discriminar investimentos dinheiro é dinheiro !
imagina quando os americanos souberem que os chineses são donos de gigantescas jazidas do pré-sal e da 3° maior hidroeletrica do brasil :P…. sem contar os portos e alguns aeroportos
Nós, também! O Brasil só é competitivo no agronegócio, A China, com a cesso a terras, nos ameaça em 40 anos. Ou só queremos exportador de comodiities?
Eu diria que isso infelizmente é normal, tenho dó é do povo africano pois tantos os EUA como a China estão pouco ligando para o bem estar do povo africano, é o imperialismo estendendo seus tentáculos,Hollywood passa para os incautos que os EUA são os bons e os seus adversários são os ruins mas os fatos estão ai para todos verem,são farinha do mesmo saco !
Acho que o único país que negocia honestamente com o africanos é o Brasil. E isso já há mais de 40 anos. Mas infelizmente não consegue suplantar os chineses, que são mestres em ter seus ditadores amestrados nesses países como é o caso de Robert Mugabe.
Os EUA fracassaram na África, e a China está entrando com investimentos e política extremamente bem coordenados, isso fará com que tenham maior aceitação pelos países africanos, que dentro de poucas décadas, terão suas vidas voltadas ao consumo da industria chinesa…esses sinos sabem jogar xadrez.
Imperialismo chinês em ação