Em meio às tensões envolvendo a construção de ilhas artificiais por parte da China na região, o novo comandante da United States Pacific Fleet (USPACFLT), garante a seus aliados que Washington está preparada para agir contra uma suposta ameaça chinesa.
Apesar da distância de mais de 8 mil milhas (cerca de 12.800 quilômetros) entre os Estados Unidos e o Mar da China Meridional, a Marinha americana atualmente tem quatro navios de guerra operando nas águas contestadas. Nos últimos meses, Washington também aumentou o número de exercícios militares com seus aliados do Pacífico, que incluem Japão, Austrália e Filipinas.
Segundo o almirante Scott Swift, comandante da Frota do Pacífico, a Marinha está “muito interessada” em aumentar tanto os exercícios quando a presença americana na região, principalmente como resposta a uma suposta ameaça chinesa.
“O motivo pelo continuam a perguntar sobre o compromisso e as intenções a longo prazo da Frota do Pacífico reflete toda a incerteza gerada na região neste momento”, disse Swift aos jornalistas em Manila, nesta sexta-feira.
“Se tivéssemos a Marinha americana inteira aqui na região, acho que as pessoas ainda estariam perguntando ‘vocês podem trazer mais?'”
Mesmo sem uma grande estrutura militar na região, o almirante Swift acredita que os EUA estão preparados para o caso de algum conflito.
“Estou bastante satisfeito com os recursos disponíveis para mim como comandante da Frota do Pacífico. Estamos prontos e preparados para responder a qualquer contingência que o presidente sugerir como necessária.”
O Mar da China Meridional é uma região intensamente contestada, por onde passam anualmente cerca de US$ 5 trilhões em bens negociados entre países diferentes. Enquanto a China alega ter direito à maior parte da região, há alegações semelhantes por parte de Malásia, Brunei, Indonésia, Cingapura, Vietnã e Taiwan.
A construção de ilhas artificiais por parte do governo chinês no arquipélago Spratly deixou os EUA e muitos de seus aliados preocupados, embora a China seguidamente afirme que as ilhas servem a propósitos humanitários e que quaisquer instalações militares são apenas para propósitos defensivos.
Nos últimos meses, Washington conduziu uma série de exercícios com aliados regionais. Tais iniciativas foram vistas como provocativas pelo governo chinês. Neste mês, os EUA também começaram uma série de exercícios navais com Cingapura próximos ao Mar da China Meridional.
Uma semana antes, os EUA também promoveram exercícios com Japão e Austrália nos estados australianos do Northern Territory e de Queensland.
Apesar dessas demonstrações de força militar, o almirante Swift reiterou que “os Estados Unidos têm deixado muito claro que não apoiam o uso de coerção e força.”
FONTE: Sputniknews
Não duvido que o interesse americano seja mesmo o de conter a China (em comum com a Índia) e que ate mesmo a Rússia tem interesse nisso (pois esta cada vez mais dependente dela e se tornará) mas acredito que isso tudo seja mesmo uma propaganda militar (venda de produtos) somado a disputa de demanda para seus industrializados (mercado consumidor) e acesso a matéria prima, por parte tanto dos americanos, chineses e russos, mas tais interesses tendem a ser ganho pelos chinas por diversos fatores a seu favor, inclusive os econômicos, exceto se isso virar de fato uma guerra mundial, pois os americanos tem a vantagem de ter tal guerra fora de casa (a nível de destruição e não economicamente falando) e de ter em suas mãos vários vassalos próximos e distantes a seu favor.
Mas acredito, a guerra um dia virá com certeza, mas não hoje, nenhum deles estão em condições de o faze-lo hoje.
Exceto se ele se limite a conflitos na Ásia, parte da Europa e o tal mar que com certeza continuará sem dono após os conflitos, alias, serão dos piratas.
Será que alguém lá quer isso?
Então acho que não teremos mesmo uma guerra por lá tão cedo.
kkkk……se tem coragem mesmo e so cair pra dentro……depois nao reclame do chinas !!!!!!
Pode até ter mas vai custar bem caro ….
Oceano Pacífico… parece piada !
Se juntar as frotas da China Rússia e Índia no Pacífico contra EUA Japão e Austrália … as coisas estão caminhando para isso.
Topol,pq vc acha que a india entraria nessa?Li uma materia que ela ja esta ficando “preocupada”com a ingerência dos americanos.Alias,não é à toa!Os países que futuramente ameaçar a superioridade deles,eles farão de tudo para prejudicar
Isso que o colega diz é verdade sim, porém tenha em vista que as relações com a Rússia são muito boas… aliás a Rússia tem relações muito boas e prósperas com ambos, China e Índia…
Aí eu pergunto ao colega: E se o fator Rússia servir como um catalisador para amenizar as diferenças entre os dois países, inclusive no âmbito comercial com o BRICS em que os três são os principais atores ?
Se realmente se confirmarem as aspirações expansionistas chinesas mas com participação direta e lucrativa para todos os três, inclusive com planos de divisão dos espólios de lucros futuros de potenciais jazidas de minérios e petróleo nas áreas em disputa, formando uma aliança que nenhum país daquele na região terá peito para contrariar..
Topol,
De fato, é possível para os russos agirem como mediadores, mas…
As boas relações entre Rússia e Índia nascem da necessidade desta ultima de dispor de um fornecedor alternativo ao Ocidente… A questão é que esses mesmos russos também cooperam militarmente com a China… E o fato é que os indianos compram do mundo inteiro e buscam uma relação mais estreita com todos os que lhe podem oferecer algo; prova de que não esperam uma posição russa e tem uma postura muito mais para o não alinhamento… Ademais, os indianos, voltados para o Indico e com vizinhos explosivos, não podem concentrar-se em nada mais que sua própria região…
Os russos, dada a sua posição geográfica, não estão em posição de exercer influência decisiva sobre qualquer conquista chinesa. Logo, tem muito pouco a ganhar alinhando-se aos chineses em uma disputa direta pelo que quer que esteja fora de seu entorno… E ainda há o problema de perdas potenciais em sua relação vital com a Europa.
E quanto aos chineses, sua economia está intimamente ligada a americana… Logo, é arriscado colocar-se em choque direto com os americanos.
No mais, não importa tanto assegurar as jazidas em si; não por meio da força bruta, pelo menos… O que importa é controlar as rotas de acesso… Não pra menos os chineses investem pesado em uma poderosa marinha, para poder defender seus interesses quando e onde for necessário; exercendo influência direta sobre o fornecedor… Isso, por si só, pode garantir as jazidas… Ademais, commodities se consegue barato e de fontes variadas…
Soma-se tudo isso e ver-se-á que uma aliança militar entre os três é algo que carece de real coesão; ou mesmo motivo…
Topol, Silvio,
Os indianos certamente não entrariam ao lado dos chineses… Pelo contrário… O poderio crescente da China, em direção ao Índico, é cada vez mais visto com desconfiança pelos indianos; e soma-se a isso o fato dos chineses cooperarem abertamente o Paquistão, maior adversário em potencial da Índia. Inclusive, ha um acordo de cooperação de defesa em andamento com japoneses…
Bem lembrado RR! Especialmente agora em que os indianos parecem se voltar para os EUA no intuito de obter tecnologia para construir seu novo NAe.
Foi Barak Obama que em sua visita a Índia em janeiro desse ano ofereceu seus préstimos de engenharia na construção dos próximos NAes da Índia, que até então, está indecisa sobre que tipo de propulsão irá implantar em seu projeto… convencional ou nuclear.
Os EUA, mais do que ninguém, tem expertise em propulsão nuclear de porta avões, e os indianos claramente aceitaram a oferta. E nem poderiam deixar de aceitar… não significa nada além disso.
Topol,
Pelo contrário… Pode significar muita coisa…
Esse tipo de cooperação da parte dos americanos excederia os limites “convencionais” para eles… Em sendo verdade, sinaliza uma aproximação de escala maior, buscando um nível de entendimento similar ao que os indianos tem com os russos… E isso também é perceptível nos armamentos de elevada tecnologia que os EUA estão exportando para Índia…
Eles estão fazendo de tudo para tentar manter a Índia em sua esfera de influencia… pois se deixarem a mesma escapar e se criarem laços mais fortes com os outros dois gigantes da região poderá acontecer exatamente isso que estou prevendo.