Por Aleksandr Verchínin
A Rússia e os Estados Unidos são os únicos países do mundo que dominam o ciclo completo da produção de mísseis de cruzeiro. Entre os diversos escritórios russos envolvidos no desenvolvimento de mísseis, o maior deles é o KB Novator, em Iekaterinburgo, que ganhou fama durante a atual incursão na Síria.
No início de outubro, navios de guerra russos lançaram, a partir do mar Cáspio, um ataque com mísseis de cruzeiro contra alvos militares do Estado Islâmico (EI) na Síria. Depois de voarem quase 1.500 km sobre o território de dois Estados (Irã e Iraque) e atingirem os alvos com precisão cirúrgica, os poucos conhecidos mísseis de cruzeiro Kalibr, desenvolvidos nos Urais, ganharam fama mundial.
O propósito desse tipo ataque foi uma demonstração de poder militar e tecnológico, garantem os observadores, já que a existência de armas como essa no arsenal russo altera os planos estratégicos de outras grandes nações. Mas as características técnicas e táticas de desempenho de tais mísseis são mantidas como segredo de Estado.
Pode-se, assim, analisar somente o desempenho dos modelos exportados do Kalibr, que são obviamente inferiores aos presentes no Exército russo. Com 8 metros de comprimento e 2 toneladas, esses grandes mísseis alcançam 3.000 km/h e são três vezes mais rápidos que a velocidade do som.
Porém, se as versões para exportação têm limite de 300 km de alcance, os lançamentos do mar Cáspio mostraram que outros mísseis da KB Novator não só podem atingir alvos para além de 2.500 km, como são comparáveis ao análogo norte-americano Tomahawk.
Perigo do mar
Além do Kalibr, a KB Novator desenvolve toda uma linha de produtos de alta qualidade. Um dos maiores projetos é o complexo de mísseis de utilização marítima Granat, conhecido mundo afora como Garnet.
Esse míssil, que possui mais de 8 metros de comprimento e pesa quase 1,5 toneladas, é lançado através dos tubos de torpedo em submarinos. Segundos após o lançamento, o míssil descarta seu invólucro especial e emerge da água a uma velocidade superior a 3.000 km/h.
Devido aos materiais utilizados em sua fabricação, o míssil reflete pouca irradiação eletromagnética, evitando não só a sua detecção, como qualquer contra-ataque imediato.
A carga de combate do Garnet, que pode ser nuclear, atesta o alto desempenho do armamento e representa uma séria ameaça aos inimigos.
70 anos na disputa
Além dos mísseis de cruzeiro, a KB Novator fabrica ainda foguetes terra-terra de 152mm, sistemas de mísseis antiaéreos Buk e S-300, bem como instrumentos de pesquisa meteorológica.
Desde o momento de sua fundação, sob o nome de Unidade de Engenharia Nº 8 das Plantas Urais, em 1947, a empresa mantinha os canhões na linha de frente da produção.
Ao longo das décadas de 1950 e 1960, o foco foi alterado: a artilharia de tubo logo perdeu eficácia frente aos mísseis, cuja tecnologia se mostrou mais adequada a destruir alvos aéreos, de superfície e submarinos.
Atualmente, a KB Novator conta com mais de 2.500 funcionários e possui um faturamento anual de 300 milhões de dólares obtido por meio de fornecimentos aos exércitos russo e estrangeiros.
Seria interessante uma reportagem sobre AVTM 300 com informações atualizadas para termos ideía de como anda o seu desenvolvimento, pois desde o fim do ano passado, ao ser notíciado o teste de lançamento em um ASTRO, não foram divulgadas novas notícias. Só espero que não tenha entrado em banho maria, pois acredito ser um dos projetos mais importantes lançados recentemente.
Seria interessante uma reportagem sobre AVTM 300 com informações atualizadas para termos ideía de como anda o seu desenvolvimento, pois desde o fim do ano passado, ao ser notíciado o teste de lançamento em um ASTRO, não foram divulgadas novas notícias. Só espero que não tenha entrado em banho maria, pois acredito ser um dos projetos mais importantes lançados recentemente.
Como podemos pensar em construir um míssel de cruzeiro guiado por GPS se nem temos um satélite geoestacionário nos alugamos satélite russos. Nos só vamos ser independentes com os nossos próprios satélites isso se o serviço secreto americano deixar nosso VLS chegar no espaço.
Vamos ser independentes em alguma coisa quando tomarem vergonha na cara para parar de culpar os outros por nossos próprios erros e investir mais que os vergonhosos R$ 300 mi na AEB.
Aliás, a respeito dos americanos “não deixarem” o nosso VLS chegar ao espaço… Ele (VLS) não é lançado ao espaço, e sim a uma camada mais externa da atmosfera terrestre e tecnicamente nunca deixa a terra.
Thiago,
Essa lorota de sabotagem do VLS já foi desmentida repetidas vezes pelo própria FAB… Tem material na internet acerca disso. É só procurar…
Não se precisa de GPS pra fazer um míssil de cruzeiro… Um míssil de cruzeiro pode ser guiado por INS, além de usar sensores ativos e passivos em distintas fases de voo que o auxiliam a manter a posição e “lockar” seu alvo… O GPS é só um complemento aos meios de orientação originais.
Um Missil de cruzeiro desse deve ser uma fortuna
alguem tem mais ou menos uma ideia do preço?
não digo do preço de exportação… mas do preço de custo
Em tempo o Pedro Simon já pendurou a chuteira
Deus teve piedade de nós extinguindo mais este dinossauro da política brasileira…
Minha opinião: com aturam do FHC entreguista poderia estar ainda pior. Pedro Simon seria um bom perfil para presidente do Brasil.
Como podemos pensar em construir um míssel de cruzeiro guiado por GPS se nem temos um satélite geoestacionário nos alugamos satélite russos. Nos só vamos ser independentes com os nossos próprios satélites isso se o serviço secreto americano deixar nosso VLS chegar no espaço.
Vamos ser independentes em alguma coisa quando tomarem vergonha na cara para parar de culpar os outros por nossos próprios erros e investir mais que os vergonhosos R$ 300 mi na AEB.
Aliás, a respeito dos americanos “não deixarem” o nosso VLS chegar ao espaço… Ele (VLS) não é lançado ao espaço, e sim a uma camada mais externa da atmosfera terrestre e tecnicamente nunca deixa a terra.
Thiago,
Essa lorota de sabotagem do VLS já foi desmentida repetidas vezes pelo própria FAB… Tem material na internet acerca disso. É só procurar…
Não se precisa de GPS pra fazer um míssil de cruzeiro… Um míssil de cruzeiro pode ser guiado por INS, além de usar sensores ativos e passivos em distintas fases de voo que o auxiliam a manter a posição e “lockar” seu alvo… O GPS é só um complemento aos meios de orientação originais.
Um Missil de cruzeiro desse deve ser uma fortuna
alguem tem mais ou menos uma ideia do preço?
não digo do preço de exportação… mas do preço de custo
Prezado, acordos são feitos para perdurar enquanto forem compatíveis os interesses mútuos das partes envolvidas, portanto, ao se sentir prejudicada uma das partes, deve de pronto denunciar a sua insatisfação e refazer ou anular o acordo. Deve-se sempre levar em consideração, dentre outros aspectos, que ao se romper um acordo, alguns outros interesses poderão ser comprometidos e ou afetados direta ou indiretamente. Puro jogo político e a corda sempre quebra do lado mais vulnerável.
Sinto muito informar que o BRASIL (graças ao FHC que assinou o tratado de misseis com os EUA) esta proibido de fabricar qq foguete que vá além de 300km
Quanta besteira, em nenhum momento foi proibido ao brasil desenvolver ou ter mísseis acima de 300km, o que não pode é exportar, leia inteiro o texto e verá que até mesmo a rússia não pode fazer isso pois tb é signatária.
de novo isso…
Em tempo o Pedro Simon já pendurou a chuteira
Deus teve piedade de nós extinguindo mais este dinossauro da política brasileira…
Minha opinião: com aturam do FHC entreguista poderia estar ainda pior. Pedro Simon seria um bom perfil para presidente do Brasil.
…………..interessante o fato de haver um pequeno míssil de cruzeiro fabricado pela Turbomachine….alguem tem mais informações sobre este míssil?
Prezado, acordos são feitos para perdurar enquanto forem compatíveis os interesses mútuos das partes envolvidas, portanto, ao se sentir prejudicada uma das partes, deve de pronto denunciar a sua insatisfação e refazer ou anular o acordo. Deve-se sempre levar em consideração, dentre outros aspectos, que ao se romper um acordo, alguns outros interesses poderão ser comprometidos e ou afetados direta ou indiretamente. Puro jogo político e a corda sempre quebra do lado mais vulnerável.
É o Tomahawk Russo … é o tipo de arma que só se revela em combate pra surpresa e fascinio do grande publico …
Para os EUA a surpresa só foi o fato dos Russos Utilizarem … que eles tinham os EUA sempre souberam.
Alexandre a GRANDE surpresa para os americanos foi que os russos tinha 8 Calibrs instalados numa embarcação de patrulha de apenas 900 toneladas de deslocamento no Mar Cáspio…
Mais que o míssil em si, o “farol alto” russo foi que qualquer barquinho deles pode ser letal para unidades bem maiores e mais caras da frota americana…
E eles podem fazer DEZENAS DELES em pouco tempo….
Grande surpresa?
As Buyan-m a qual você se refere, desde sua maquete carregam dois módulos do VLS UKSK, logo… Qualquer entusiasta poderia prever que ali, dentro dos 8 silos poderiam estar alguma das versões da família Klub.
Bardini, concordo com o Gilberto que foi “surpresa” sim devido a maioria absoluta dos entusiastas não dá o devido crédito as tecnologias russas, muitas vezes taxando de adjetivos depreciativos entre outras coisas como plug and play, duvidoso, não foi testado em combate, não conversa com os sistemas ocidentais, etc… o mesmo deva ocorrer também nos círculos de estrategistas militares da OTAN… posso até imaginar a cara deles.
Você não entendeu.
Quis dizer que qualquer um com vontade e interesse poderia deduzir que aquelas “Corvetas” poderia abrigar algo da família Klub, pois tem dois módulos do VLS UKSK, logo, não deve ter ocorrido surpresa por parte americanos.
Gilberto pior ainda deve ser para os estrategistas da OTAN saber que QUALQUER navio mercante russo capaz de transportar um container representa uma ameaça real devido ao advento do sistema de mísseis Klub-M
Sinto muito informar que o BRASIL (graças ao FHC que assinou o tratado de misseis com os EUA) esta proibido de fabricar qq foguete que vá além de 300km
Quanta besteira, em nenhum momento foi proibido ao brasil desenvolver ou ter mísseis acima de 300km, o que não pode é exportar, leia inteiro o texto e verá que até mesmo a rússia não pode fazer isso pois tb é signatária.
de novo isso…
Com um pouco mais de vontade, poderíamos desenvolver um míssil de cruzeiro em parceria com outro país. Este tipo de armamento é um dissuasor formidável.
O míssil Kalibr tem várias variantes e pode ir desde 1.300 Kg/6,2 m a 2.300 Kg a 8,22 m.
Como o AVTM-300 em desenvolvimento pela Avibrás para o Astros 2020, que deve ter seu primeiro lançamento real em 2016 (se não houver atrasos) conforme o contrato assinado em 2012 e que previa o seu término em 2018, teria 1.140 Kg e 5,4 m, ACREDITO que se a MB dotasse as Corvetas da nova Classe Tamandaré do sistema Kalibr de menor porte 1.300 Kg/6,2 m seus lançadores poderiam no futuro receber confortavelmente uma versão navalizada do AVTM-300 inclusive com espaço para “CRESCER” um pouco e acrescentar mais combustível (e alcance) ao míssil de cruzeiro naval TACAPE derivado do Astros 2020.
Na minha opinião a MB também poderia optar pelo Cabure 300 da turbo machine apresentando na laad 2015 que tem dimensões e peso menores do que o AV-MT 300 assim as CV Tamandaré poderia levar mais células de lançamentos. Numa segunda faze desenvolveria uma versão de maior alcance na faixa dos 1.500 km.
Não é com duas conversas que se integra um míssil brasileiro a um VLS russo… Não é só colocar o Matador dentro de VLS e apertar o botão, existe toda uma integração com os sistemas da futura Tamandaré que deveriam ser compatíveis (e não são) com o VLS.
Seria mais interessante e prático (se realmente existir a versão naval do AVMT-300) integrá-lo ao
VLS Sylver, ou… No final das contas o MK41, o que possibilitaria a CV operar outros equipamentos nos seus silos, apesar de que isso já é coisa demais mais uma Cv…
A MB já fez isso com o Exocet, se tu QUISER usar o lançador da arma tu faz engenharia reversa, entende como ele funciona e faz o teu míssil responder eletronicamente na mesma “língua” como se fosse o míssil original do lançador.
Mesmo sem autorização pode ser feito e já foi feito.
Mas sob o governo atual não há porque não se chegar a um entendimento com os russos, principalmente se para início de conversa se inclui uma compra de Calibr de exportação para as 4 Corvetas da Classe tamandaré…
Sobre o projeto do Carbure 300 da turbomachine só fiquei sabendo agora pois não foi noticiado fora da LAAD, aliás a única coisa que foi falada foi que a Polaris tinha mudado para Turbomachine.
Na minha opinião se o MdD do Brasil tive SENSO deveria retirar o projeto do AV-TM 300 do Astros 2020 e transforma-lo num projeto de míssil de cruzeiro para EB, MB e FAB e para isso teria que trocar o propulsor de sub-licenciamento da Avibrás e colocar no projeto a empresa que tem real expertise que é a Turbomachine (ex-Polaris) antes que ela desista e vá embora do país.
Se a Avibrás não se enquadrar PELO MENOS o MdD do Brasil deveria iniciar de imediato um programa de míssil de cruzeiro para MB e FAB que posteriormente o EB poderia usar se quiser. Nada mais dissuasório que um míssil de cruzeiro de mais de 2.500 Km de alcance… Como mostraram os Russos na Síria e como sempre mostraram os Americanos…
Interessante seu comentário Gilberto, todavia depende muito da vontade das forças e suas denominadas doutrinas.
Prezado Gilberto, o MD não pode simplesmente retirar o projeto do AV-TM-300 do ASTROS 2020 porque o projeto não é do MD, mas da AVIBRAS. Ele está sendo desenvolvido em obediência a um contrato assinado pelo EB com a empresa, que envolve transferência de tecnologia. A turbina foi completamente desenvolvida pela AVIBRAS e já está em pleno funcionamento. Vale ressaltar que não apenas a turbina, mas a estrutura, o software de guiamento, a cabeça de guerra, e inúmeros componentes de controle eletrônico foram desenvolvidos pela AVIBRAS, de maneira independente. Outro fator importante a destacar é que o TM-300 é exclusivamente programado e lançado das viaturas do Sistema ASTROS. Não existe outra empresa no país capaz de fazer isso, nem mesmo a Mectron, que se auto-intitula uma Missile House. Diga-me qual é o produto entregue pela Mectron que está em uso operacional. Eu te respondo: nenhum. Estamos há décadas esperando o MSS.
A MB já possui uma Bateria ASTROS 2020, logo poderá usar o TM. Em breve a versão Ar-Solo do TM será lançada, assim a FA poderá adquiri-lo também.
Olha, existe uma certa diferença entre o que foi feito com o Exocet, que é velho conhecido da MB, que é um sistema que conversa com o que temos aqui e acima de tudo tem um sistema de lançamento diferente do Kalibr e integrar um VLS como o UKSK com mais de 9,5 metros a estrutura de uma corveta como a tamandaré, que ao que parece já esta bem definida em seu projeto para usar um míssil nacional que sequer existe…
Bardini
Desculpe, mas o lançador VLS não precisa necessariamente comunicar-se com o sistema de orientação do míssil em si… é mais uma acomodação física adequada aos padrões do artefato e o mecanismo de ejeção… assim não há tanta burocracia em integrar uma arma ocidental a um lançador russo… pode ser que haja mais dificuldade em se integrar mísseis “diferentes” em lançadores verticais submarinos, devido a maior complexidade do mecanismo de ejeção do petardo, mesmo assim nada comprometedor para quem já estiver familiarizado com a tecnologia.
É diferente, por exemplo de fazer um Klub comunicar-se com um Artysam 3D, aí sim concordo que seria dispendioso e levaria anos de testes e até a criação de um novo protocolo de comunicação…
Saudações ao colega
Topol,
O VLS não conversa diretamente com o Sistema de orientação do navio, tem a grosso modo, o sistema de controle entre eles no circuito, mas no final das contas estão interligados no sistema de defesa.
O VLS é escolhido depois que se escolhe os sensores e sistemas de controle do navio, que já são todos previamente integrados pelos fabricantes. Não adianta nada pegar um UKSK russo a essa altura do campeonato e querer integrar ele a um sistema de controle que não foi feito para acomodá-lo como será o das Tamandarés, e ainda por cima querer comprar algo da família Klub para empregar nas Cvs, onde teria-se que reprojetar o navio para abrigar os seus silos de quase 10 m de altura, e sendo que como o VLS não conversa com nenhum dos sistemas do navio, enquanto desenvolve-se um míssil balístico nacional que sequer foi iniciado…
Sds.
Por fim…
As Tamandarés já custam um absurdo só com o CAMM e outros sistemas, se querer enfeitar, daqui a pouco estamos pagando U$ 1 bi em uma corveta…
Para mim este devia ser o foco da Marinha ao invés de Porta aviões , desenvolver misseis de cruzeiro de longo alcance nacionais.
…………..interessante o fato de haver um pequeno míssil de cruzeiro fabricado pela Turbomachine….alguem tem mais informações sobre este míssil?
Muito bom, um bom exemplo a seguir pela AVIBRAS ( Astros2020, missil tatico 300 km, Sistema SAM CAMM) , espero que o exemplo dessa empresa Russa sirva de exemplo para nós.
É o Tomahawk Russo … é o tipo de arma que só se revela em combate pra surpresa e fascinio do grande publico …
Para os EUA a surpresa só foi o fato dos Russos Utilizarem … que eles tinham os EUA sempre souberam.
Alexandre a GRANDE surpresa para os americanos foi que os russos tinha 8 Calibrs instalados numa embarcação de patrulha de apenas 900 toneladas de deslocamento no Mar Cáspio…
Mais que o míssil em si, o “farol alto” russo foi que qualquer barquinho deles pode ser letal para unidades bem maiores e mais caras da frota americana…
E eles podem fazer DEZENAS DELES em pouco tempo….
Grande surpresa?
As Buyan-m a qual você se refere, desde sua maquete carregam dois módulos do VLS UKSK, logo… Qualquer entusiasta poderia prever que ali, dentro dos 8 silos poderiam estar alguma das versões da família Klub.
Bardini, concordo com o Gilberto que foi “surpresa” sim devido a maioria absoluta dos entusiastas não dá o devido crédito as tecnologias russas, muitas vezes taxando de adjetivos depreciativos entre outras coisas como plug and play, duvidoso, não foi testado em combate, não conversa com os sistemas ocidentais, etc… o mesmo deva ocorrer também nos círculos de estrategistas militares da OTAN… posso até imaginar a cara deles.
Você não entendeu.
Quis dizer que qualquer um com vontade e interesse poderia deduzir que aquelas “Corvetas” poderia abrigar algo da família Klub, pois tem dois módulos do VLS UKSK, logo, não deve ter ocorrido surpresa por parte americanos.
Gilberto pior ainda deve ser para os estrategistas da OTAN saber que QUALQUER navio mercante russo capaz de transportar um container representa uma ameaça real devido ao advento do sistema de mísseis Klub-M
Com um pouco mais de vontade, poderíamos desenvolver um míssil de cruzeiro em parceria com outro país. Este tipo de armamento é um dissuasor formidável.
O míssil Kalibr tem várias variantes e pode ir desde 1.300 Kg/6,2 m a 2.300 Kg a 8,22 m.
Como o AVTM-300 em desenvolvimento pela Avibrás para o Astros 2020, que deve ter seu primeiro lançamento real em 2016 (se não houver atrasos) conforme o contrato assinado em 2012 e que previa o seu término em 2018, teria 1.140 Kg e 5,4 m, ACREDITO que se a MB dotasse as Corvetas da nova Classe Tamandaré do sistema Kalibr de menor porte 1.300 Kg/6,2 m seus lançadores poderiam no futuro receber confortavelmente uma versão navalizada do AVTM-300 inclusive com espaço para “CRESCER” um pouco e acrescentar mais combustível (e alcance) ao míssil de cruzeiro naval TACAPE derivado do Astros 2020.
Na minha opinião a MB também poderia optar pelo Cabure 300 da turbo machine apresentando na laad 2015 que tem dimensões e peso menores do que o AV-MT 300 assim as CV Tamandaré poderia levar mais células de lançamentos. Numa segunda faze desenvolveria uma versão de maior alcance na faixa dos 1.500 km.
Não é com duas conversas que se integra um míssil brasileiro a um VLS russo… Não é só colocar o Matador dentro de VLS e apertar o botão, existe toda uma integração com os sistemas da futura Tamandaré que deveriam ser compatíveis (e não são) com o VLS.
Seria mais interessante e prático (se realmente existir a versão naval do AVMT-300) integrá-lo ao
VLS Sylver, ou… No final das contas o MK41, o que possibilitaria a CV operar outros equipamentos nos seus silos, apesar de que isso já é coisa demais mais uma Cv…
A MB já fez isso com o Exocet, se tu QUISER usar o lançador da arma tu faz engenharia reversa, entende como ele funciona e faz o teu míssil responder eletronicamente na mesma “língua” como se fosse o míssil original do lançador.
Mesmo sem autorização pode ser feito e já foi feito.
Mas sob o governo atual não há porque não se chegar a um entendimento com os russos, principalmente se para início de conversa se inclui uma compra de Calibr de exportação para as 4 Corvetas da Classe tamandaré…
Sobre o projeto do Carbure 300 da turbomachine só fiquei sabendo agora pois não foi noticiado fora da LAAD, aliás a única coisa que foi falada foi que a Polaris tinha mudado para Turbomachine.
Na minha opinião se o MdD do Brasil tive SENSO deveria retirar o projeto do AV-TM 300 do Astros 2020 e transforma-lo num projeto de míssil de cruzeiro para EB, MB e FAB e para isso teria que trocar o propulsor de sub-licenciamento da Avibrás e colocar no projeto a empresa que tem real expertise que é a Turbomachine (ex-Polaris) antes que ela desista e vá embora do país.
Se a Avibrás não se enquadrar PELO MENOS o MdD do Brasil deveria iniciar de imediato um programa de míssil de cruzeiro para MB e FAB que posteriormente o EB poderia usar se quiser. Nada mais dissuasório que um míssil de cruzeiro de mais de 2.500 Km de alcance… Como mostraram os Russos na Síria e como sempre mostraram os Americanos…
Interessante seu comentário Gilberto, todavia depende muito da vontade das forças e suas denominadas doutrinas.
Prezado Gilberto, o MD não pode simplesmente retirar o projeto do AV-TM-300 do ASTROS 2020 porque o projeto não é do MD, mas da AVIBRAS. Ele está sendo desenvolvido em obediência a um contrato assinado pelo EB com a empresa, que envolve transferência de tecnologia. A turbina foi completamente desenvolvida pela AVIBRAS e já está em pleno funcionamento. Vale ressaltar que não apenas a turbina, mas a estrutura, o software de guiamento, a cabeça de guerra, e inúmeros componentes de controle eletrônico foram desenvolvidos pela AVIBRAS, de maneira independente. Outro fator importante a destacar é que o TM-300 é exclusivamente programado e lançado das viaturas do Sistema ASTROS. Não existe outra empresa no país capaz de fazer isso, nem mesmo a Mectron, que se auto-intitula uma Missile House. Diga-me qual é o produto entregue pela Mectron que está em uso operacional. Eu te respondo: nenhum. Estamos há décadas esperando o MSS.
A MB já possui uma Bateria ASTROS 2020, logo poderá usar o TM. Em breve a versão Ar-Solo do TM será lançada, assim a FA poderá adquiri-lo também.
Olha, existe uma certa diferença entre o que foi feito com o Exocet, que é velho conhecido da MB, que é um sistema que conversa com o que temos aqui e acima de tudo tem um sistema de lançamento diferente do Kalibr e integrar um VLS como o UKSK com mais de 9,5 metros a estrutura de uma corveta como a tamandaré, que ao que parece já esta bem definida em seu projeto para usar um míssil nacional que sequer existe…
Bardini
Desculpe, mas o lançador VLS não precisa necessariamente comunicar-se com o sistema de orientação do míssil em si… é mais uma acomodação física adequada aos padrões do artefato e o mecanismo de ejeção… assim não há tanta burocracia em integrar uma arma ocidental a um lançador russo… pode ser que haja mais dificuldade em se integrar mísseis “diferentes” em lançadores verticais submarinos, devido a maior complexidade do mecanismo de ejeção do petardo, mesmo assim nada comprometedor para quem já estiver familiarizado com a tecnologia.
É diferente, por exemplo de fazer um Klub comunicar-se com um Artysam 3D, aí sim concordo que seria dispendioso e levaria anos de testes e até a criação de um novo protocolo de comunicação…
Saudações ao colega
Topol,
O VLS não conversa diretamente com o Sistema de orientação do navio, tem a grosso modo, o sistema de controle entre eles no circuito, mas no final das contas estão interligados no sistema de defesa.
O VLS é escolhido depois que se escolhe os sensores e sistemas de controle do navio, que já são todos previamente integrados pelos fabricantes. Não adianta nada pegar um UKSK russo a essa altura do campeonato e querer integrar ele a um sistema de controle que não foi feito para acomodá-lo como será o das Tamandarés, e ainda por cima querer comprar algo da família Klub para empregar nas Cvs, onde teria-se que reprojetar o navio para abrigar os seus silos de quase 10 m de altura, e sendo que como o VLS não conversa com nenhum dos sistemas do navio, enquanto desenvolve-se um míssil balístico nacional que sequer foi iniciado…
Sds.
Por fim…
As Tamandarés já custam um absurdo só com o CAMM e outros sistemas, se querer enfeitar, daqui a pouco estamos pagando U$ 1 bi em uma corveta…
Para mim este devia ser o foco da Marinha ao invés de Porta aviões , desenvolver misseis de cruzeiro de longo alcance nacionais.
Muito bom, um bom exemplo a seguir pela AVIBRAS ( Astros2020, missil tatico 300 km, Sistema SAM CAMM) , espero que o exemplo dessa empresa Russa sirva de exemplo para nós.