Por Luiz Padilha
Conforme anunciado pelo Documento de Revisão Integrada e Comando de Defesa do Reino Unido, duas fragatas Type 23 serão retiradas de serviço. A HMS Monmouth estará disponível até o final deste ano, e a HMS Montrose, assim que terminar o deployment no Oriente Médio, dará baixa em 2022.
A Royal Navy possui atualmente dois programas em andamento para aquisição de novas fragatas (Type 26 e Type 31), que demandam muito dinheiro e com a finalidade de reduzir custos, foi decidida a baixa dessas duas fragatas.
A Royal Navy pretende ter uma frota de escolta de mais de 20 fragatas e destróieres até o início da década de 2030. Com o programa ainda não definido para uma terceira classe chamada de Type 32, uma fragata-mãe que irá controlar barcos autonomos, a frota poderá ir a 24 escoltas.
HMS Monmouth
Ordenada em julho de 1988, teve sua construção iniciada em junho de 1989 no estaleiro Yarrow Shipbuilders Estabelecido. Lançada ao mar em 23 de novembro de 1991 e comissionada em 24 de setembro de 1993. O navio passou por uma revisão 2014–2015, mas não passou pela modernização mais importante que é a LIFEX, onde iria receber a capacidade para lançar o míssil Sea Ceptor da MBDA, além de revisar seus MCAs e MCPs.
HMS Montrose
Ordenada julho de 1988, teve sua construção iniciada em novembro de 1989 no estaleiro Yarrow Shipbuilders Estabelecido. Lançada ao mar em 31 de julho de 1992 e comissionada em 2 de junho de 1994. Diferentemente da Monmouth, a Montrose passou pelo programa de modernização LIFEX entre 2014 e 2017, recebendo a capacidade de lançar os mísseis Sea Ceptor da MBDA.
Uma opção para a Marinha do Brasil?
A Marinha do Brasil possui um excelente relacionamento com a Royal Navy, e como deverá dar baixa em breve em pelo menos duas fragatas (segundo informações, Greenhalgh e Constituição), essas duas fragatas Type 23 uma vez adequadamente preparadas para operar por pelo menos 10/15 anos, poderiam vir a ser um caminho para compor sua frota de escoltas.
A Marinha do Brasil está atenta ao mercado para ver se existem opções adequadas para uma compra de oportunidade, e não se sabe se essas fragatas se encaixariam no que ela precisa. Como vantagem, a utilização do mesmo radar 3D (Artisan da BAE Systems), de utilizar o mesmo míssil para defesa antiaérea Sea Ceptor (apenas a Montrose) e a possibilidade de ter o mesmo sistema de combate DNA2 (atualmente com o nome de INTERACT), que já é utilizado no NAM Atlântico. O CMS da BAE Systems, teve seu software atualizado com uma versão específica para a Marinha do Brasil, quando da aquisição do Atlântico, e caso esta aquisição ocorra, as fragatas também deverão receber essa versão do CMS.
A entrada em operação das fragatas classe Tamandaré ainda vai demorar (previsão 2025), caso não ocorra nenhum atraso. A aquisição de fragatas usadas parece ser uma opção ante a baixa dos meios já desgastados (+ de 40 anos), porém, é imperativo que venham em condições de operar e não se tornar um pesadelo logístico para a MB.
Por interesse de defesa regional e pelo o momento atual que o Brasil passa principalmente em seus mares, se faz necessário a aquisição de tais vetores. Claro que o risco faz parte do jogo, porém é melhor ter 2 fragatas nas mãos do que esse dinheiro sendo roubado por nossos infames politicos.
Infelizmente o Brasil possui a maior Marinha de Mar seco do planeta !!!! Incrivel como se planeja, planeja, planeja e nada ….
Hoje é 07 de Abril e surgiu a noticia de que a antiga NAe São Paulo será reconstruida pela Turquia ….
A Grécia esta fula da vida !!!!!! Um porta aviões no Mediterrâneo !!!!
Nossos almirantes são os maiores ….
Yes. The Atlantic came without the Phalanx. If you deliver this ship with the combat systems, the Sea Ceptor and Artisan, depending on the value the cost benefit can be interesting. dhakasports
A Marinha tem que investir em navios de patrulha oceânico e de águas interiores e drones armados capazes abater embarcações os invasores.
Dessa forma ajudar a patrulhar a Amazônia Azul e nossos rios e lagoas.
Furada isso aí. Mesmo com um preço de aquisição baixo, nunca existe só o custo de aquisição. Esses navios usam Harpoon. Pagariamos caro para adequar o sistema de combate ao Exocet (se é que é possível) ou pagariamos caro para comprar meia dúzia de Harpoons?
Não vale. É gastar dinheiro bom com defunto ruim.
Concordo, o armamento e a eletrônica podem ser até bons mas a mecânica do navio, casco, superestrutura, motores, sistemas hidráulicos elétricos e de geração de energia será que não está boa parte disso só no pó da gaita?
Podem me julgar o quanto quiserem más nada justifica a compra destes meios.
Seria melhor usar estes recursos para comprarmos mais Tamandarés ou navios patrulha.
Tomara que o Chile ou outra nação se manifestem rapidamente por estas duas Naves caso contrário, veremos mais uma caca da MB dentro pouco tempo.
Com a grana da aquisição, somado algumas alterações e manutenções, seria muito melhor investir na fabricação dos sonhados navios de patrulha. Iria beneficiar nossa indústria e teríamos mais navios de patrulhas no porte do Amazonas.
Insistir em escoltas usados não dá mais, podendo até comprometer o andamento das fragatas Tamandaré.
Já estamos no fundo do poço e nossas escoltas são pouco capazes na guerra moderna. Todos os escoltas já tem mais de 40 anos e sair uma ou duas até a primeira Tamandaré não fará muita diferença no poder de fogo, que repito, já é bem reduzido.
Não dá mais para ficar comprando oportunidades de problemas.
A HMS Montrose tá operando desdobrada faz mais de ano, em regime que emprega duas tripulações. Desde de 2018 estão botando pra rodar ao máximo que dá. Está operando do Bahrain, onde só podem fazer pequenas manutenções… Qual vai ser o resultado disso, quando pararem?
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A HMS Monmouth já rodaram o que dava e está parada… Demanda LIFEX, PGMU e afins, pra ser ressuscitada.
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A Royal Navy não fez o “Power Generation Machinery Upgrade” dessas duas Fragatas. Pode por isso na conta. Se a MB quiser, vai ter que ir a fundo no sistema de propulsão. $$$$…
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Apenas a Montrose recebeu o LIFEX, sem constar o PGMU.
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Ambas empregam um Harpoon versão antiga, que tinha data de validade do suporte logístico fixada em 2018 e a Royal Navy postergou o uso até 2023, na base da caneta. Pode por a integração de um novo míssil Sup-Sup na conta.
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Só uma tem Sea Ceptor. Existem realmente 32x Sea Ceptors dentro daquele VLS, sendo que a RN anda contando moedinha pra comprar equipamento? De qualquer forma, pode por a aquisição de mais mísseis na conta.
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Essas fragatas empregam o torpedo Sting Ray. O sistema de combate e lançadores de torpedos podem receber os Mk-46 da MB? Se não puderem receber o que temos ou é gastar mais encima ou é fazer ASW com helicóptero entregando torpedo.
A Royal Navy começou a modernizar o sistema de lançamento de torpedo das Fragatas que ficam, isso já entrega a situação do sistema atual…
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O Canhão 4,5″ foi modernizado e não é mais totalmente semelhante as peças 4,5″ da MB. Qual vai ser o impacto disso, $$$?
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Ambas são versão GP e não contam com VDS. Qual a situação atual do sonar de casco, já que não são navios dedicados a função ASW e a Rn não pretendia ficar com elas muito tempo?
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Qual a situação do sistema de combate? Custos nisso aí?
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A MB poderia comprar por um valor simbólico, negociando uma extensa modernização duas no UK… De qualquer forma, barato não vai ser. E vai ser 100% do dinheiro enviado para fora do Brasil.
Caro Bardini, você já escreveu tudo! A grande verdade que essas famosas compras de oportunidades, viciaram a MB a não se planejar e o poder publico se acostumou ainda mais, dessa forma nunca virá o recurso necessário, porque os caras sempre dão um jeitinho. Temos que aprender da forma mais dura, só assim vamos investir no que é preciso sem jeitinhos. Abraço.
Um LIFEX e PGMU não deve sair por menos de € 50 milhões para cada Type 23, para a RN.
Se o cronograma das Tamandaré se mantivesse sem mudanças, não.
Mas a probabilidade disso acontecer, baseado em histórico e o momento atual é zero.
Boa noite amigo Padilha voçe pode nos dizer se a MB tem interesse no navio Wave Ruler?
A MB já fez tanta caca, que mais uma dessas não me surpreenderia…
Vamos aos fatos:
Com estás baixas previstas, a MB ficará com quatro FCN, uma FCG, um CCI e a Barroso, ou seja com PMGs que irão acontecer e as próximas baixas, a MB ficará sem condições formar operadores de sistemas de combate e de manter doutrina.
As duas T 23 viriam para suprir esta lacuna, desde que no caso da HMS Moutmouth passasse pelo Lifex o que daria dentro do nível de uso da MB pelo menos o dobro do previsto para a RN, pois a MB tem uma taxa de atrito menor, gatos, sempre eles.
Caco velho , melhor usar o dinheiro pra outros NaPoc ou navios Fluviais , lanchas .
Concordo. Seriam navios muitíssimo mais baratos de adquirir e operar além de muito necessários. Os NaPaOc e NaPaFlu são extremamente importantes para combater ilícitos (pesca ilegal, tráfico, contrabando) em nossas águas territoriais e interiores. Ah! Mas a MB está virando guarda costeira! Não creio. Essas sempre foram funções da nossa marinha. Infelizmente em tempo de falta de recursos para termos tudo que somos carentes, penso que mais embarcações atuando em nossa zona econômica exclusiva e rios poderão contribuir para o combate às ameaças mais imediatas a que estamos sujeitos.
Ouvi dizer que estes navios estão no osso, com de 5 a 7 anos de vida operacional disponível.
Quanto seria necessário gastar para fazê-las durar mais uns 10 anos?
Sei que na falta de outras opções, diante da terrível situação da MB em se tratando de meios disponíveis, estas velhas barcas quebrariam um galho, mas por que valor?
E depois das pífias 4 unidades da Tamandaré a MB vai continuar complementando a frota com velharias descartadas por outros?
Se não há interesse em investir em meios de superfície modernos empreendendo as mudanças necessárias no direcionamento das verbas, se ainda se prefere manter uma marinha com 80 mil contingentes e sem navios sugando o orçamento, que venham as velharias, e também muitas orações para que jamais precisemos usá-las em combate…
O HMS Montrose está atualmente operando e se viesse agora por exemplo, seria uma boa compra. O problema é: Como seria entregue após a baixa?
Sim. O Atlântico veio sem os Phalanx. Se entregarem este navio com os sistemas de combate, os Sea Ceptor e o Artisan, a depender do valor o custo benefício pode ser interessante.
O Phalanx a MB já teve no NDD Mattoso Maia e viu que seu custo de manutenção é absurdo, por esta razão declinou de receber o mesmo sistema no Atlãntico. Manter o Atlãntico já é caro, imagina com mais esses sistemas? Com o cobertor curto, fica muito difícil ter tudo o que é bom, infelizmente.
Brasil sempre vai ficar cometendo o mesmo erro de sempre, comprando navio velho pra tapar buracos, como se fosse ótima compra de oportunidade! Marinha vai dar baixa em navios com mais de 40 anos de uso, em mais de 4 décadas, não se programou, planejou, projetou e construiu novos meios… Assim se passam décadas e o ciclo é sempre a mesma história, daqui há 40 anos, quem estiver vivo, vai ver a mesma coisa! !
Respeitosamente discordo de você Carlos Franca…daqui a 40 anos nossa marinha ira crescer…nós vamos ter 160.000 marinheiros!
Respeitosamente Rudi, não concordo, Marinha não consegui fazer com contigente que tem agora, você acha mesmo que terá quando tiver 180 mil? Marinha funciona assim desde época da Marina Imperial Brasileira, nada mudou! Pra mim a Marinha é que comete mais erros entre as forças armadas.
Primeiramente acredito que foi um sarcasmo essa ideia de aumentar os efetivos(pela lei a MB não pode ter mais de 80 mil militares ativos, isso só não vale em caso de guerra).
Agora sobre comprar navios usados, eu gosto de pesquisar a história naval brasileira e não é algo recorrente a compra de navios usados, na Monarquia havia uma aquisição constante de navios novos até, e na primeira República os únicos navios usados que foram comprados foi uma esquadra de navios americanos durante a revolta da Armada, essa esquadra foi chamada de esquadra legalista, depois vem o CT 12 Maranhão, e só depois da segunda guerra para vermos isso de novo. Isso se relaciona muito mais com a política do que com um desejo da Marinha. Houve muitos programas navais que não saíram do papel, a causa básica é sempre política ou econômica.
Wilson, concordo com você na sua explicação sobre marinha Imperial, você foi mais detalhista, eu fiz uma colocação mais simples sobre uma cultura antiga da Marinha (Imperial teve sim sua época gloriosa, mas teve fases ruins também, ao final, todas as Marinhas do mundo tiveram ou tem), concordo também que isso tem muita relação com economia e política, mas tem uma cultura aqui no Brasil, de não se planejar, desenvolver, nesse ponto a Marinha tem muita culpa, tanto quanto os políticos!
Quando estava pesquisando sobre programas navais brasileiros, fiquei surpreso com a quantidade existente deles, havia alguns que eram impraticáveis pelos valores envolvidos, outros mais modestos, como os programas posteriores a 1926 e anteriores ao programa de 1934, não saíram por falta de vontade política.
No meu entender, pelo o que eu pesquisei, os problemas na MB hoje estão mais relacionados com uma dificuldade em fazem planejamentos perante uma economia instável que hora cresce de forma incrível e hora despenca, de forma a não se saber qual seria o pior cenário econômico, no meu ver um problema do passado, em que cada ministro da marinha desfazia tudo que o anterior tinha feito e fazia o que ele queria(Muito comum durante as gestões do Almirante De Alencar), não é visível, o que se vê é mudanças em planejamentos existentes de forma a tentar adequar o planejamento a realidade econômica brasileira(o Navio Antártico, no meu ver seria fruto disso, um novo NAE estava na frente dele um tempo atrás).
Sim, essa falta de visão e planejamento, dinheiro que vai pro ralo, isso pra mim aqui no Brasil acho que nunca vai mudar.
Simplesmente não
Estes navios estão detonados