Na primeira quinzena de agosto de 2014, uma delegação do Ministério da Defesa da Suécia esteve no Brasil, em Brasília, participando de reuniões com integrantes do Ministério da Defesa do Brasil para discutir uma ampla cooperação entre os dois países na área de Defesa.
Aproveitando a oportunidade da viagem, a comitiva sueca visitou o Navio-Aeródromo São Paulo, que fica sediado no Rio de Janeiro. O mais antigo da Comitiva, Brigadeiro Arne Hedén, foi recepcionado pelo Diretor de Aeronáutica da Marinha (DAerM), Contra-Almirante Carlos Frederico Carneiro Primo, coordenador da visita na cidade do Rio de Janeiro. O grupo, conduzido pelo Comandante, Capitão-de-Mar-e-Guerra Alexandre Rabello de Faria, percorreu o navio, conhecendo as áreas afetas às operações aéreas (Hangar, Torre, Passadiço, COC – Centro de Operações de Combate da Força, Convoo e Briefing).
No Briefing, a delegação sueca assistiu a uma palestra cujo tema foi: “A Aviação Naval Brasileira – Situação Atual e Perspectivas Futuras”. Na apresentação foi ressaltada a importância: do estreitamento dos laços de amizade entre o Brasil e a Suécia, principalmente, no esforço em prol do Projeto F–X2, uma vez que representa um incremento significativo na Segurança Nacional; da transferência de tecnologia, por meio de um acordo de compensação completo; do fomento da cadeia produtiva e aumento da autonomia do País na área de Defesa; além de representar uma importante oportunidade de gerar novos negócios no Brasil e no exterior.
Foi comentado ainda que caso a SAAB possa, em futuro próximo, desenvolver também uma versão naval da aeronave Gripen, tal fato representaria o coroamento de um longo processo de transferência de tecnologia, confirmando a capacitação da indústria de Defesa Nacional, além de possibilitar a opção para a Marinha do Brasil de, no futuro, substituir os seus AF-1 por aeronaves produzidas no Brasil e já operadas pela Força Aérea Brasileira.
Bem, vamos aos fatos, sempre eles, os fatos:
A MB ainda não terminou o PMG do ND Ceará que está se não me engano a mais e seis anos em manutenção, vejam que eu falo de uma navio menor, muitíssimo mais simples do que o A 12.
As corvetas Inhauma estão sendo mantidas em condições vegetativas, vejam que a primeira que entrou em PMG tem seu retorno previsto para 2016.
A Defensora está parada no AMRJ desde o acidente no litoral Fluminense, sem previsão ainda de retorno.
O AMRJ tem hoje cerca 35% do efetivo que deveria ter, dado a negativa do GF em permitir novas contratações e a média de idade chega a 47 anos, ou seja eles não tem mais as mínimas condições de elevar adiante esta empreitada, por falta absoluta de recursos humanos e também dada a obsolescência em que se encontra a estrutura física do mesmo.
A opção de usar empresas privadas nacionais esbarra na falta de qualificação e de seriedade deste mercado no Brasil, observe os cascos inacabados dos NPa de 500t no Eisa.
Some-se a isto o custo de tal modernização nos padrões “Chineses” que a marinha gostaria de fazer, qual seria o custo? Um bilhão, 1,5 bilhões, o Indianos gastaram dois no” Vikramaditia”.
De onde vão tirar os recursos para isto, se no PMG de Corveta que custa em média 15 milhões de reais leva três ou quatro anos….
Acorda José, o sonho acabou……não se trata de fracassomania como o cidadão citou aí acima, trata-se tão somente de realidade operacional.
Grande abraço
Apenas atualizando suas infos:
O NDD Ceará se encontra em testes de mar com retorno ainda este ano.
As Corvetas estão com o PMG atrasado. Verba contingenciada.
A Defensora não sofreu acidente, na verdade foi a Niterói. Ela serviu de fonte de peças e irá entrar em PMG para poder retornar à Esquadra.
Sonhar não custa nada e como brasileiros, devemos sempre torcer para que as verbas contingenciadas saiam para que os programas não fiquem parados.
A hora é essa. Votem certo para que isso não continue acontecendo.
Vocês estão imaginando cenários catastróficos, como se o mundo fosse entrar na Terceira Guerra Mundial! Acham que a Marinha não controla seu próprio cronograma. Pelo amor de Deus! Nos temos capacidade técnica sobrando… Operamos submarinos a 100 anos; construímos fragatas e corvetas. Podemos modernizar o São Paulo, SIM! Isto é muita fracassomania!
Lá vou eu pregar no deserto e defender o São Paulo. Gente, caro não é manter um velho porta-aviões em termos de equipamento, caro MESMO é perder uma capacidade técnica HUMANA adquirida aos longo de 50 anos de operação de porta-aviões da MB. Países que tiveram porat-aviões nunca mais terão de novo em toda a existência humana, pois, perderam os meios técnicos e os recursos humanos. O Brasil perdeu METADE dos recursos humanos devido a esses atrasos e acidentes, mas, ainda dispõe dos meios técnicos. VALE A PENA, sim, recuperar o tempo perdido, se tivermos visão estratégica para o Atlântico Sul. mesmo que isto demore 20 anos, ainda assim vale a pena!
Eu respeito sua opnião, mas não concordo com você e nem com a END.
Se a verba é X, não dá para gastar mais do que X. Ainda mais que ainda temos contingenciamentos constantes. Não é dizer que a verba é pouca. O orçamento de defesa é compatível com o tamanho de nossa economia. O problema são pensões abusivas, forças armadas inchadas, departamentos administrativos enormes, oficiais em excesso e falta de prioridade.
Se não há verbas nem para se manter as Inhauma navegando, nem para o PMG de alguns navios, imagine para operar o A-12. Faz 7 anos que o A-12 está parado e agora vai ficar mais 4 anos (no minimo, porque haverá atrasos) em sua modernização. E as escoltas? Vamos modernizar o A-12 e deixem as Inhaúma de lado e todo o resto da Marinha. Modernizar o A-12 não faz sentido. Nós não temos a capacidade técnica de fazer este PMG e muito menos capacidade financeira de operar este NAe.
Basta você comparar o efetivo da MB com uma marinha de verdade para ver como esta está inchada. Mas você acha que vão cortar na carne? Nunca! Muito pelo contrário! O congresso aprovou a pouco tempo atraz o aumento do efetivo da Marinha.
Aí fica dificil
Completando…
Para se operar um NAe precisamos de navios de escolta e nem as escoltas que a MB possue, ela consegue manter na ativa.
Se a modernização se concretizar, teremos daqui a 4 anos um NAe modernizado sem escoltas, sem navios de apoio logístico. Que força tarefa ein? Sem escoltas descentes, este NAe não pode levar a guerra a lugar nenhum, ou seja, a capacidade expedicionária não teremos mesmo, com ou sem A-12. Mas a situação da esquadra piora muito se mantermos o A-12.
Nelson, após o PMG o São Paulo ficará em operação prevista até 2028, estou certo? supondo que sim, ele será entregue em 2016 e recomeçará lentamente suas atividades, chutando uma data por volta de 2017, ou seja, daqui a três anos, poderemos estar com pelo menos 6 AF1 modernizados, mais os Turbo Traders e os UH-15 novos (armados com os exocets) e os Sea Hawks tudo operando full e pelo menos mais 10 anos garantido para readquirir a doutrina e formar mais pessoal, ótimo.
Agora se dentro desse prazo a Marinha não dar os pulos dela e encomendar um novo porta aviões, (que levará 10 anos para ser construído) ou usado, o que quer que seja, o A-12 vai dar baixa definitivamente e aí sim perderemos todo o trabalho conquistado, o pessoal irá se espalhar e como você bem citou, para recuperar tudo novamente é praticamente sem chance.
Ele entrara em PMG e passara também por modernizações em 2015. Periodo de 4 anos segundo proprio edital da Marinha
Graças a Deus o A-12 está com seus dias contados!
Em 2015 planeja-se que o mesmo comece a passar por um periodo de modernização prevista para durar no mínimo 4 anos. Fazer o PMG do A-12 já seria muito complicado por não termos experiencia, mas a MB quer também modernizar diversos componentes do navio. O nome da empreitada? EMProModNAe – Empreendimento Modular Do Período De Modernização Do Navio Aeródromo.
Com as dificuldades financeiras que deixam nossas Inhaumas paradas, atrasam PMGs de navios, fica dificil acreditar que o A-12 volte ao mar.
Possivelmente com a crise financeira que enfrentaremos nos próximos anos, com cortes nos gastos públicos, com a mudança de governo, a modernização seja cancelada depois de alguns anos de atraso e falta de verbas, livrando-nos do A-12.
Como diz o ditado: “Deus escreve certo por linhas tortas”. Adeus A-12, finalmente chegou o dia de seu fim.
OBS: eu aposto com quem quiser, eu torço e isto vai acontecer.
Completando….
O triste é que vai-se gastar dinheiro nele à toa.
Lembrei de dois pequenos problemas com o Mig 29K, ele a princípio não seria usado em catapultas, o que vi, mesmo se puder teriam que voltar com as janelas de tomada de ar superiores para fechar a tomada de ar principal como os antigos de versão terrestre, aquilo iria aspirar qualquer um que fosse conferir o engate da catapulta na aeronave, outra coisa seria o próprio trem de pouso dianteiro, deve ser adaptável para a tarefa. As janelas superiores foram retiradas ganhando um menor RCS na aeronave. Os indianos limpam seus convoos a perfeição!
Há muito tempo que imagino o Mig 29K como uma alternativa viável para o A12 e em quantidades semelhantes à sugerida pelo Marco. Claro que para isto o A12 precisaria voltar e manter-se na ativa!
Quanto ao trem de pouso dianteiro, me pergunto se com algum reforço estrutural o Mig poderia ser lançado pelo método de cabresto, exatamente como os A-4. Mesmo não sendo o modo mais atual, a adaptação seria menos custosa que o redesenho do trem para uma quantidade tão pequena de aeronaves.
Outra pergunta aos mais letrados neste assunto, seria factível técnica e financeiramente uma recalibragem ou modificação da catapulta dianteira de modo a aumentar em mais uns 10% o peso de lançamento? Com isso iríamos para uns 22.000Kg o que aumentaria mais ainda a flexibilidade de operação deste modelo no São Paulo.
Esqueci do cabresto! Poderia ser viável mas me preocuparia com as aberturas das turbinas, veja nos filmes da marinha indiana, qualquer um que for mexer no engate do cabresto ficará perigosamente perto da aspiração das turbinas!
Quanto ao A-12 será infinitamente mais barato manter que construir um novo e reparo naval da para fazer no arsenal de marinha. Não vejo a hora do mais poderoso navio da America do Sul voltar a operar com seus A-4 e Super Etendart Argentinos!
A relação custo-benefício pediria um pequeno lote (8+2) de Mig 29 K na continuação da linha de fabricação dos lotes da Índia, o Mig voa Standart com 18500kg nossa catapulta seria para 20000 Kg, não da para voar Full 24500 Kg mas já teríamos um poderoso caça interceptador, com o reabastecimento aéreo poderíamos ter uma excelente CAP. Deixaríamos o A4 para sua função básica, no ataque e apoio aéreo aproximado aos fuzileiros, com essas aeronaves a bordo e mais os turbo Trackers e Traders teríamos uma força completa que poucas marinhas no mundo poderiam contrapor. Aí depois do mundo todo noticiar nosso novo potencial vamos lá correr atrás do(s) novo(s) PA(s).
A MB tem um abacaxi nas mãos para descascar investir num desenvolvimento de um GRIPEN naval com o risco de serem vendidas poucas unidades somente para MB sem nenhum comprador externo é acabar com os poucos recursos que tem. Seria mais logico ela buscar outra alternativa operar um caça diferente da FAB tem boas opções que talvez saia mais barato do que investir no SEA GRIPEN.
Já existe o projeto básico do Sea Gripen mas somente com o lote da Marinha fica difícil, a Índia seria outro potencial cliente mas com o Mig29K já estabelecido, o Rafale correndo por fora e o Tejas Naval quase pronto, fica muito difícil. Outra esperança eram os Ingleses cuja custosa opção pelo F-35 os obrigará a operar somente 01 PA, lá se não pintar um Eurofighter naval ele até pode colar, os Ingleses provavelmente vão diminuir o número de F-35, não tenho os últimos dados.
Eu não entendo o porquê que o Sea Gripen não pode ser testado e embarcado no São Paulo sendo que o mesmo aconteceu com Rafale que é um caça maior e mais pesado.
Bom, na verdade o sea gripen foi sim oferecido para começar a ser operado pelo são paulo. Ele é um dos poucos caças que pode operar sem grandes restrições no são paulo…
sim,mas falam que o sea gripem so sera adquirido depois com os novos porta aviões porque não tem capacidade de operar no A-12
Esse futuro próximo tinha que ser substituído por futuro longínquo isso deve ser para lá de 2050.
Para que a SAAB se empenhe em desenvolver uma versão naval do Gripen o Brasil precisa sinalizar claramente a intenção de comprar no mínimo 24 caças e trabalhar para oferecer o vetor a outros países aliados que operam porta aviões como Angola que está operando o Príncipe de Astúrias, apesar desse ser Sky Jump, diferente do que usamos (CATOBAR). A Argentina poderia ser um parceiro mas a economia porteña está cambaleando, não acredito que se interessariam em recompor sua aviação naval e adquirir um novo porta aviões tão cedo, a Suécia não opera porta aviões portanto não lhes interessaria uma versão embarcada do caça. Precisamos de um parceiro para essa empreitada pois caso contrário o projeto pode não ir adiante por falta de escala.
Angola estava interessada em “comprar” o Principe de Asturias, não que já tenha
comprado e esteja operando. Na verdade com uma marinha com apenas
cerca de 1000 integrantes eles não possuem condições de opera-lo e não
tenho mais ouvido falar do assunto.
Correto Dalton, TKS.