Diante da pressão do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para que o contrato de financiamento dos 36 caças gripen tenha seus juros rebaixados, para ajudar no ajuste fiscal, a presidente Dilma Rousseff, conversou, por telefone na manhã desta terça-feira, 23 com o primeiro ministro da Suécia, Stefan Löfven. Dilma pediu a Löfven adiamento do prazo para a assinatura do contrato de financiamento, que expira nesta quarta-feira, dia 24 de junho, para que se possa renegociar as taxa de juros.
Levy tem alegado que a alteração da taxa representará uma redução de gasto da ordem de R$ 1 bilhão, em 25 anos. O ministro quer usar ainda este contrato como modelo para renegociar outros acordos internacionais já assinados por outros ministérios, sob a alegação de que os juros na Europa caíram e o Brasil pode ser beneficiado com isso.
O Comando da Aeronáutica está muito preocupado com esta alteração dos termos da proposta já assinada com a SAAB, fabricante dos aviões. A FAB teme que outras cláusulas importantes do contrato possam sofrer correção e atrapalhe o projeto de construção conjunta dos aviões, com transferência de tecnologia Para a FAB a economia é muito pequena para um período tão longo de 25 anos, pelo desgaste da alteração dos termos da proposta. Os suecos alegavam que o contrato já foi assinado e que os seus termos já foram aprovados pelo congresso daquele país.
Assim, qualquer alteração, necessitaria de nova aprovação pelo plenário do congresso sueco. O governo brasileiro, no entanto, acha que poderá contar com a boa vontade dos suecos porque eles também têm interesse no projeto e o sinal disso foi que eles já aceitaram um pedido do Levy de redução de R$ 1 bilhão para R$ 200 milhões do desembolso da primeira parcela, em função do forte ajuste fiscal que está em curso no País.
Na conversa com o primeiro ministro da Suécia, a presidente Dilma tentou tranquilizá-lo avisando que o governo brasileiro não tem interesse em romper o contrato, mas apenas renegociar as taxas de financiamento. Lembrou ainda que é tradição brasileira a segurança jurídica em relação aos contratos e explicou os benefícios para o País, em momento de dificuldades econômicas. Segundo apurou a reportagem, a reação do primeiro ministro foi “propositiva” e ele ficou de dar uma resposta ao governo brasileiro.
Para Levy, as taxas de juros do contrato podem ser alteradas. Já os suecos, consideram que não. O diretor da Saab no Brasil, Bengt Janér, ao falar sobre as dificuldades de qualquer tipo de alteração no contrato, informou que “no ato da assinatura do acordo comercial os juros estabelecidos foram congelados”. Para ele, a discussão é que o Brasil quer baixar ainda mais as taxas, que os bancos suecos dizem que já estão de menores que a da OCDE. “Só que os suecos têm de seguir as regras escritas, que são claras e dizem que os juros são congelados quando da assinatura do contrato porque senão vira subsídio à indústria de defesa da Suécia”.
De acordo com Bengt Janér, não tinha como baixar os juros “a não ser que o contrato voltasse ao parlamento sueco e se iniciasse toda uma nova discussão e negociação e, neste caso, o atraso será irreversível”.
Por ora estão mantidos os prazos de entrega do primeiro dos 36 aviões em 2019, completando dez no fim de 2021, para que se forme um esquadrão e eles comecem a operar. A previsão de entrega do último avião é 2024. Desde a primeira sinalização da compra, em dezembro de 2013, o contrato subiu 12% do preço e preços de hoje, segundo a FAB, agora está em US$ 4,8 bilhões. Cada dia de demora na assinatura do contrato de financiamento adia a ida dos 100 engenheiros brasileiros para começar a trabalhar na construção da nova geração do Gripen.
Até agora, foi assinado um pré-contrato, em outubro de 2014, e um dos seus itens prevê que, em até oito meses, tem de ser ratificado o financiamento com o banco de fomento sueco SEK. Caso isso não ocorra, todo o processo de negociação perde efeito e todos os termos do acordo da compra dos aviões terão de ser reavaliados. Outro problema é que, no caso de adiamento, de acordo com técnicos da Força Aérea e da empresa fabricante do caça, “a transferência de tecnologia é afetada de forma irreversível”.
FONTE: Agência Estado
O pedido de Dilma fez a taxa de juros ser reduzida em quase 25%.
Quem aqui vai dar os parabéns a Dilma?
Abraço
País sério honra os compromissos assumidos, principalmente apos a aprovação de seu parlamento (no nosso caso, o Senado Federal).
E infelizmente, Le Bresil ne est pas un paix serieux.
Tem jornalista noticiando por aí que conseguiram reduzir a taxa de 2,54 para 1,95% ao ano e assinatura do contrato em Outubro…
Estamos atravessando um momento difícil na economia? o juiz Moro não acha, tá fechando tudo, e vai chegar até nos submarinos . . . . .
Acho que os suecos estão assustados com nosso país “unha de fome”.
O negócio e as condições a ser fechado com o NG já é muito bom e apelar para “melhorar” a oferta pro nosso lado já começa a me dar medo.
Talvez de tanto baratear venha um caça sem radar, faltando MDF ou quem sabe sem o assento ejetável.
Como o AMX…que até hoje não esta 100% em plena forma como o modelo Italiano.
Senhores gostemos ou não, o governo está fazendo o papel que lhe cabe. Estamos atravessando um momento difícil na economia do país, portanto procurar economizar qualquer centavo nas negociações em andamento, deve ser visto, no meu modesto entendimento, como um objetivo a ser perseguido. E, sinceramente, deveríamos estar esperançosos de que a Suécia entendesse os nossos motivos e readequasse as regras das negociações, à nova realidade do governo brasileiro. Todos sairiam lucrando, pois não haveria solução de continuidade.
……………ta danado! só tem um jeito…como comadre China ta cheia do “tutú”, pede a ela emprestado ….paga em prestações a perder de vista…….é o “jeito”…………rir pra não chorar….o Sr. Ministro “mãos de tesoura” ta com a corda tôda!…….
Senhores, com todo o respeito, menos…
A parceria estratégica Brasil/Suécia e Embraer/SAAB é firme. O momento econômico do País é que não é propício… mas, a despeito das dificuldades atuais, a revisão pleiteada acredito que será aceita. Com a manutenção do acordo, ambos os países e ambas as empresas têm muito o que ganhar. E eventuais desequilíbrios sempre e a qualquer tempo podem e devem ser corrigidos e compensados…
Quem viver, verá!
Esse governo é uma tragedia
Só o juiz Moro pode nos salvar, tem que fechar as empresas brasileiras tudo, só empresas estrangeiras são honestas, e os USA é que devem tomar conta das nossas fronteiras, são melhores nisso, o brasileiro nunca foi bom nesta coisa de defesa . . . .
Edson Juiz Moro está fazendo ótimo trabalho.
Puniu empresário que fez maracutaia com dinheiro da Estatal Brasileira, que é dinheiro do povo brasileiro.
Nos Estados Unidos todas empresas são privadas, eles podem fazer o que quiser com dinheiro deles, são deles, diferente daqui, Petobrás é do povo brasileiro.
Se empresa não funciona sem maracutaia, então, vende ela então. Deixa ela ser privada, aí a gente não precisa importar com o dinheiro da Petobrás.
SDS
O Problema aqui é o Ministro Levy que quer mexer nos juros de um contrato que está em fase final de negociação (votação nos parlamentos dos países e a Presidenta Dilma deu ESPAÇO para o pleito do Ministro do “Mercado” e está assim agindo pondo em cheque o F-X2.
É hora do Sueco dizer claramente que NÃO mexerá nos juros acordados em contrato e que o Ministro da Defesa Jaques Wagner e o Comandante da Aeronáutica se reúnam com a Presidenta Dilma e digam claramente que a interferência do Ministro da Fazenda é intempestiva e indevida e está pondo em risco um programa vital do ministério da Defesa e solicitar a Presidenta que não mais insista nesta linha, cale o Ministro da Fazenda ou aceite a Demissão do Ministro da Defesa e do Comandante da Aeronáutica.
Caso contrário vai acabar atrasando ou inviabilizar o Programa Gripen- BR, simples assim…
Mas não, vão empurrar com a barriga até estourar….
Qdo tenho q concordar nem vacilo…eh isso mesmo Gilberto…..ou batem na mesa e firmam uma posicao para nao prejudicar ainda mais a FAB ou entao o Min da defesa e o comand da FAB ponham suas demissoes na mesa da comandante. Sds
Reinterando o comentário que fiz para o Topol Gilberto, o governo brasileiro também poderia ter dito que NÃO aceitaria aumento de preço acordado.
O que os suecos poderiam fazer, desistir da venda? Com esse custo elevado dos aviões eles ganharam duas vezes: uma pelo lucro de vender aviões mais caros que o inicial e outra por seu projeto continuar não apenas com seus próprios recursos, isso sem falar da fama que seu produto lhe rendeu durante o processo de escolha. Não só conseguiram mais dinheiro para seu avião como conseguiram aumentar ainda mais a verba na mesma tacada! Esta na hora deles retribuirem né?
Não estou defendendo o governo, mas é justo só os suecos levarem vantagens e nós continuarmos falando sim a tudo que nos impõe?
Avião mais caro pode, reduzir o financiamento não pode! Todos só veem o lado dos suecos no negócio.
Quando da construção dos estádios para copa o governo não teve essa preocupação de reduzir o preço todo mundo sabe que a maioria dos estádios as obras foram subfaturadas.
Esse aí é o famoso “migué”, joga a quer economizar 1 bilhão financiamento de 25 anos. Adeus Gripen, o gato já subiu o telhado.
SDS
Alguem ai quer apostar que esses caças ainda vão pro brejo?
Somos uma piada. Não mais que a Argentina, mas somos.
Senhores pilotos da fab que operam através de caças, do jeito que a carruagem anda esqueça. Caças novos, nunca, niente, never, nosso desgoverno não têm interesse nenhum em defender nosso país de forma séria. Alías pensam somente em aumentar impostos e sugar o tanto que dá da população e das forças armadas. Quem esta chegando agora, bem vindo ao país PeTralha, sem compromisso, sem palavra, sem pudor. Abraços a todos.
Que frescura,
O valor que eles pretendem economizar é muito pequeno frente ao prazo de 25 anos… o que significa esse 1 bilhão que eles pretendem economizar se comparado aos sei lá quantos bilhões roubados só nesses últimos dois mandatos…
Sem contar que agora venceu o prazo e a digníssima não assinou o contrato, pelo contrário fez mais choradeira para a Suécia que já tinha concordado na redução do repasse inicial de 1 Bi para apenas 20% do montante inicialmente tratado, já aceitaram essa apelação mas querem ainda mais…
Agora teremos que esperar o governo da suécia aprovar tudo novamente voltar para o governo do Brasil assinar, isso se não colocarem cláusulas de redução de ToT frente a choradeira de revisão de taxa de juros…
A cada dia que demoramos em enviar os engenheiros e técnicos para começarem a trabalhar na SAAB diminui o aprendizado e a consequente ToT real de tecnologia
Nosso governo em vez de acelerar as coisa me cria mais problemas do que já temos…
Vai ser burro assim na ponte que caiu !!!
Se bem Topol, que o Brasil aceitou o aumento do preço inicial do avião, que não ficou bem explicado se tinha a ver com o novo painel ou atualização da tecnologia do Gripen.
Então os suecos devem considerar essa alteração: se eu aceitei um custo elevado do seu avião, aceite minha solicitação do financiamento. Por que se não fica parecendo que só os europeus tem voz na negociação, sendo que somos nós quem estamos pagando e ainda por cima ajudando o avião deles a vender em outros países pela longa visibilidade da concorrência.
Isso ninguém fala!
São coisas como essa que levam a fama do Brasil para a lama e depois aparecem uns “patriotas” criticando uzamericanusmalvadus, quando na verdade o maior inimigo está dentro das nossas fileiras, a economia gerada com essa revisão do contrato é tão pífia, deve dar uns 3 Baruscos, que nem valia a pena o desgaste.
Se continuar assim o gripen vai para o saco, fui um grande defensor do gripen na época da licitação para aquisição de um caça, mas ao que parece as imposições econômicas vão acabar por inviabilizar o negócio, não venham me falar que tem contrato assinado e blá, blá, isto aqui é Brasil, portanto tudo é possível, até mesmo pagar multas milionárias por não cumprimento de contratos assinados. A FAB que trate de modernizar todos os F-5 e todos os A-1 (AMX), por que senão vai voar de asa delta no futuro próximo.
o jeito é pagar o que contratou. O país sabe de seu histórico de altos e baixos e não se previniu?