“PROANF”
DAN – Sem contarmos com a possível aquisição do Siroco, comentada acima, o Sr poderia nos falar sobre o planejamento da MB relativo aos navios anfíbios?
AE Leal Ferreira – O Programa de Obtenção de Navios Anfíbios (PRONANF) prevê a construção de duas unidades de Navios Anfíbios, no Brasil, para substituir o Ex-NDD (Navio Desembarque-Doca) Rio de Janeiro, que já deu baixa, e o NDD Ceará.
Nesse sentido, a Marinha do Brasil (MB) continua realizando pesquisa para obtenção de projetos prontos no mercado internacional, já tendo sido contatadas empresas de comprovada capacidade técnica, que possuem projetos/navios com características técnicas semelhantes aos NDD da Força.
Por decisão do Almirantado, poderá ser realizada uma concorrência internacional para a obtenção desses projetos. Não está descartada a “compra por oportunidade”, caso haja alguma unidade disponível e, em virtude da premência na obtenção desses navios. A MB trabalha nos aspectos legais para, oportunamente, formalizar uma licitação internacional para a obtenção de projetos de navios anfíbios, de estaleiros de comprovada experiência, alterados aos requisitos da MB.
DAN – O projeto Mistral francês é o navio que atenderia o planejado pela MB?
AE Leal Ferreira – A classe Mistral possui requisitos superiores aos estabelecidos pela MB. Possui missão muito mais abrangente e, portanto, com custos de obtenção e manutenção mais elevados.
DAN – Caso os 2 navios da classe Mistral construídos para a Rússia não sejam entregues, a França provavelmente irá oferecê-los no mercado. Caso isso ocorra, a MB poderia optar por um deles, antecipando uma aquisição prevista para mais adiante?
AE Leal Ferreira – Como salientado acima, a hipótese para aquisição desses meios é uma possibilidade, que na suposição apresentada, seria avaliada e consideraria a necessidade de substituição dos NDD e a disponibilidade de recursos financeiros. O PRONANF prevê a “compra por oportunidade” para o caso de disponibilidade de navios que atendam os requisitos mínimos da MB para missões anfíbias.
É bem interessante o modelo do SAN GIUSTO , mas da Argélia, pois a capacidade parece ser maior.
Off Topic:
Recebi uma noticia que um outro navio bateu no Ceará. Parece que até foi feito um buraco no casco. Isto é verdade? Vocês tem mais informações?
Obrigado
E quanto aos LPDs da Ficantieri de 143m e cerca de 9000 toneladas de deslocamento, igual aquele recentemente entregue a marinha da Argélia (Kalaat)… é uma versão melhorada do San Giusto…
Essa seria um excelente opção pois é mais compacto que um Mistral, mais barato e também oferece grande capacidade de transporte e desembarque, tanto através de veículos anfíbios saindo diretamente de sua doca alagável quanto descarregando chalands através do sistema de turcos e ainda pode operar com até três Caracals embarcados…
Para uma Marinha que colocou recentemente uma corveta moderna como a Frontin na reserva por falta de grana falar em adquirir esse ou aquele navio anfíbio é quase uma ilusão… Mas esse da Ficantieri realmente é para marinhas que precisam fazer muito e tem pouco dinheiro.
Observação: Quando digo que tudo provém do Governo Federal, me refiro aos recursos.
Não sei cara, mas tenho a ligeira impressão de que a MB não vai muito para frente com esse novo comando. Os redatores da DAN podem me corrigir se eu estiver equivocado, mas, na área de defesa o Brasil segue o raciocínio de obtenção de recursos coerente com a sua realidade financeira, no que eu concordo e acho inteligente, estrategicamente producente. No entanto a área de defesa exige que tentemos superar nossa capacidade de ação sempre e sempre. Em todas as entrevistas que li com o Comandante AE Ferreira, não senti uma firme e saudável “gana”. Não excluo o fato de que provém do GF, mas ainda assim, é preciso ter um pouco mais de vontade de inovação. Quero dizer que não senti esse novo comandante tão indicado para conduzir a MB do Brasil até o sue tão sonhado patamar. É complicado falar disso porque existe outras coisas a serem levadas em consideração, mas sei bem o que estou dizendo. Para o comando de nossas Forças é preciso alguém determinado e articulador, que ponha a faca nos dentes e busque até onde der.
Como eu disse, é uma impressão pessoal, posso estar enganado, mas o conheço pessoalmente.
P.S: Padilha toda vez que vejo essa tua foto penso que é a foto de um oficial de sinalizador de convôo, hahahaha, (Uma pergunta, esses auxiliares de convôo, são todos praças ou existe entre eles praças e oficiais, ou nem mesmo há patente entre eles ?
Desde já, grato.
Luiz Padilha, posso sugerir que fação uma matéria sobre o navio-doca classe Makassar e as suas possibilidades de ser adquirido pela MB.
Márcio, com o tempo restrito, nem sempre podemos fazer tudo.
Nesse caso em questão, como se trata de um navio pequeno demais para a nossa Marinha e com um preço anunciado que não se compra nem um rebocador de alto mar 0km, sem nenhuma confirmação de interesse de nossa Marinha, sinceramente, não tenho como fazer neste momento.
Uma vez confirmado oficialmente o interesse, vou fazer. Ok?
Obrigado pela sugestão.
Obrigado pelo retorno Luiz Padilha. E aproveitando parabéns há todos os envolvidos pelas excelentes matérias do DAN.
O Mistral é muita areia para o nosso caminhãozinho.
Li uma matéria num site que a MB estaria interessada em conhecer o projeto da Classe Makassar que está sendo adquirida pela marinha do Peru. Apesar de ter um deslocamento abaixo do exigido pela MB tem um valor bem em conta,a Indonésia comprou 4 por U$ 150 milhões. O PROANF prevê 4 navios anfíbios com 300 milhões a MB pode comprar 8 Makassar e dividir 4 para 1ª Esquadra e 4 para a 2ª Esquadra há um custo baixo de aquisição.
Compartilho da mesma opinião. 4 já seria ótimo.
Sonho meu, sonho meu…leva pra longe de mim….sonho meu………rsrsrsrsrsr Nistral…pra que…….ficar ancorado……sem meios ou recursos para opera-los a contento nem adianta…..vao ficar cheios de cracas na base naval dentro da baia de guanabara como os outros……….
Rescenteme a China noticiou que construiria um LPD, não seria o caso do Brasil se associar ao projeto e co desenvolver esse navio? Garanto que os ganhos em conhecimentos seria imensamente superiores, do que montar projetos prontos aqui ( JÁ QUE NÃO SOMOS ADEPTOS DA ENGENHARIA REVERSA).
Outra possibilidade seria a participação no projeto do futuro porta aviões Indiano, para atender ao PRONAE.
Mas infelizmente, já sabemos qual nosso “curral” de influência, e isso nunca acontecerá, como não aconteceu as propostas de co desenvolvimento oferecido pelos Russos (AVIÕES DE 5 GERAÇÃO, NAe,FRAGATAS, DESTROYER,s, MÍSSEIS etc.)
O Brasil tem de parar com essa síndrome de vira lata os mistral são perfeito e aproveitamos os EC 725 e os chanfs seria o que tanto precisamos!
Não se trata de síndrome de vira-latas. Isso é um jargão pra lá de batido que só é usado por quem tem a cabeça na Lua.
A Marinha precisa ter os pés no chão e não estes delírios megalomaníacos. Poderíamos muito bem sonhar alto se o Governo assim o permitisse. Com essa realidade de restrições orçamentárias o melhor é operar só o que se pode.
Uma esquadra enxuta e operacional, com meios adequados, bem treinada e motivada tem um poder dissuasório bem mais efetivo do que uma esquadra repleta de meios outrora poderosos mas que mal conseguem sair para o mar.
Continuando, Esse 1 bi seria bem melhor aplicado nessa eventual compra de oportunidade das Mistral do que numa modernização que vai demorar anos para ser concluída. E as Mistral poderiam chegar na MB depois de comprados num prazo de 6 meses há 1 anos após assinatura de contrato de compra.
O NAe São Paulo vai custar 1 Bilhão para sua modernização,se caso os Mistral destinados a Rússia não forem entregues e postos a venda seria a melhor compra de oportunidade para a MB já teve.
Seria um sim se os Mistral forem à venda? Ótima compra de oportunidade, e o que é melhor, navios novos, de ótimo porte para o Brasil, com entrega rápida. É tudo o que a Marinha precisa, até mesmo para emprega-los no senário mundial, como no Haiti.
Esqueçam os Mistral russos. O custo para se trocar os sistemas russos embarcados neles seriam bem elevados, fora o custo da plataforma que é nova. Não seria um custo muito abaixo do que seria se nós encomendassemos os navios sob nossas próprias especificações.
Olha que nem entrei no mérito de termos ou não condições de manter esses navios, o que duvido muito dadas as condições orçamentárias atuais.
Pessoalmente creio que o mais adequado para a MB por hora sejam plataformas com menor deslocamento e custo.
seria o San Giusto italiano?