Em meio aos conflitos nos oceanos, a Marinha aprofunda debate sobre a Amazônia Azul, uma região no Atlântico rica em recursos ambientais e econômicos
das potências mundiais, numa inversão da oceanopolítica poucas vezes vista ao longo da história.
A busca pela soberania de determinadas nações está na territorialização dos oceanos, a ponto de se verificar ilhas artificiais estrategicamente ocupadas por militares para aumentar áreas de exploração de recursos como petróleo, gás natural e pesca comercial. Os conflitos não param aí, como se pode observar nas disputas por microrregiões no Mar da China Meridional.
Na lógica militar, qualquer movimento de navios de guerra afeta o globo. Entre os avanços, segundo apontam relatórios, estão incursões marítimas da Rússia, da China e da Austrália. Os movimentos são observados no Ártico — onde russos, canadenses, norte-americanos, noruegueses e dinamarqueses disputam espaço — e no canal de Suez, no Egito.
No Mar Mediterrâneo, há mais navios militares russos do que os da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). A expansão da frota de Vladimir Putin, segundo relatos de oficiais de países vizinhos, é um dos maiores focos de tensão naquela região, dominada hoje pelos EUA, que substituíram os britânicos com a instalação efetiva da Otan, nos anos 1950.
A Marinha brasileira acompanha os movimentos a partir da proteção de uma área marítima de 4,5 milhões de quilômetros quadrados, chamada de Amazônia Azul. A área corresponde a 52% do continente, com toda a biodiversidade e vulnerabilidade. É nessa região, por exemplo, onde estão as reservas de pré-sal e de gás natural, além de 45% do pescado produzido no país.
No próximo dia 12 de novembro, uma segunda-feira, a Marinha promove o Simpósio Amazônia Azul — patrimônio Brasileiro a preservar e proteger, que tem o apoio do Correio e será realizado no colégio Mackenzie. Entre os temas a serem debatidos, estão a economia da região, os esforços de pesquisas e o contexto oceanopolítico do Atlântico Sul.
“Nós conhecemos mais sobre a superfície da lua do que os nossos oceanos. Na região, há multidisciplinaridade de conhecimentos. E por isso a importância do seminário, para debatermos esse tema com mais profundidade”, diz o almirante de esquadra Ilques Barbosa Junior, chefe do Estado-Maior da Armada, em entrevista ao Correio.
O seminário terá três painéis. O primeiro, a Economia azul, será apresentado pelo professor da Unifesp Rodrigo More; o segundo terá o tema de pesquisas científicas com José Henrique Muelbert, da Furg; e o terceiro tratará do contexto oceanopolítico, e terá como palestrante o almirante Alvaro Monteiro. O moderador será o embaixador Alessandro Warley Candeas.
FONTE: Correio Braziliense
FOTOS: Ilustrativas
A Marinha tem que ter uma agenda comum com a Força Aérea por atuarem no mesmo ambiente para que os militarem tenham mais vantagem estratégica para dominarem essa parte do Brasil. Por isso que essas operações com pousos de helicópteros da FAB em navios da Marinha são importantes já ambos tem mais em comum do que serem brasileiros. Sempre bato nessa tecla do espaço aéreo do território oceânico nacional como responsabilidade da Marinha compartilhada com a Força Aérea (se possível com o Exército, ainda que limitado).
As guerras mais recentes, principalmente depois da Segunda Guerra, mostraram que o domínio do espaço aéreo é vital para uma nação, tanto que os Estados Unidos investem, literalmente, pesado em porta-aviões para controlar essa dimensão. O exemplo do que está acontecendo no Oriente é apenas mais um exemplo da importância que o oceano tem para um país: a Marinha já teve uma crise dessa natureza já que eles tiveram o problema da Crise da Lagosta na década de 60 como experiência. Então esse problema está longe de ser uma caso isolado.
Defender o que na Amazônia Azul? Sua maior riqueza, o petróleo, já se foi.
Trata-se de uma parte do território nacional, é como se fosse mais um Estado brasileiro. Quem domina esse território domina o trânsito de navios e aviões, portanto controla quem entra e quem sai. Um navio não poderia exportar sem o consentimento de quem controla esse espaço, o que significa que os aviões cargueiros teriam que passar pelo território continental para longe do oceano contornando essa área dominada pelo inimigo para chegar á Europa e África. Como se não bastasse impedir o uso de navios que transportam em larga escala os limitados aviões ainda teriam que demorar em seus voos.
O petróleo, portanto, é uma das riquezas: plantas medicinais, pesca, turismo, pesquisas, o uso dessas águas para irrigar o semiárido nordestino, o uso estratégico dos submarinos como meio tático de defesa etc. Riqueza é o que não falta nessa parte do Brasil Marujo. O petróleo é um acréscimo nesse universo biodiverso brasileiro.
Gostaria de saber, se a alguma notícia do PHM Atlântico, desde que chegou não soube mais nada?!!!
Deivid,
Vai participar nesse mês de Novembro da Operação Dragão, sua primeira missão operacional.
Abs,
Olhando o mapa é fácil ver um coisa muito importante que falta. Precisava instalar um radar aéreo 2D na Ilha de Trindade e no Arquipélago de São Pedro e São Paulo. Se possível também um marítimo afim de coibir pesca nesses locais de preservação.
Primeiramente a Marinha deve entender seu papel que é a defesa desta áreamarítima de exploração econômica do Brasil. Não, portanto, fomentar, desenvolver a indústria local. A Marinha durante as últimas décadas gastou muito, e gastou mal seus poucos recursos. Porque devemos manter a Emgepron? Para dar trabalho a alguns almirantes e engenheiros navais? Recomponhe-se a esquadra, garanta primeiro nossa soberania sobre águas do Atlântico. Se for se aventurar em desenvolver e construir meios, que começe pelo básico, navios de patrulha oceânicos, navios fluviais. Muita coisa precisa mudar na Marinha. Principalmente na gestão e pensamento estratégico. O que vai garantir nossa sobrerania são meios de superfície e submarinos que operem, disponíveis, e treinados e não capacidade construção naval. Isso se destrói com alguns poucos misseis de cruzeiro.
Falar é fácil, sem meios fica difícil.
o brasil tem que ser a segunda maior potencia das americas e a maior potencia do hemisfério sul temos que valorizar o nosso brasil .
Vejo muito sobre a falta de verbas, para compras para as FA’s, e a Marinha, parece que esta com maior defasagem, na realidade, falta uma vontade política e meios que tragam verbas perenes, com disponibilidade, e que não sofram contingênciamentos, tipo a verba de 10% do fundo da marinha mercante, pelo menos para navios patrulha, e OPV’s.
No Brasil de forma cultural, parece que as FA’s, não possuem o mesmo respaldo, que ocorre em outros países, onde se considera de muita importância a segurança nacional.
Guilherme estive na visita ao G151 hoje, só area externa se quiser algumas fotos para postar!
Nunes, boa noite!
Se puder nos enviar publicaremos as suas fotos!
Agradecemos a sua colaboração!
Pode enviar no e-mail: wiltgen@defesaaereanaval.com.br
Abs,
Na situação que se encontra a nossa MB se não houver uma melhora nos próximos anos fica difícil proteger essa riqueza toda é um cofre aberto.
05/11 – segunda-feira, bnoite, infelizmente nossas autoridades adoram seminários/congressos, só teoria, precisamos é de ação, ação resume-se a fiscalização, coisa que não temos. Teríamos primeiro que ter uma MARINHA, atuante, com navios, temos 3 navios patrulha oceânico, temos 2/3 fragatas operantes, temos 2/3 corvetas operantes, nossos meios ficam mais tempo atracados que fiscalizando. Temos pesqueiro chinês em nossa Amazônia Azul. Para atuarmos antes temos que possuir uma armada digna. Já sei que vão falar que estou errado, porém, sejam sensatos e veja se não é verdade.
Queremos as nossas Forças Armadas como lider absoluto na América do Sul e entre as maiores forças de defesa do mundo.
Temos de ser fortes para mante-la ou iremos perde-la. A ONU já declarou a Amazonia como área de interesse internacional, orquestrado possivelmente pelas maiores potencias. Vamos abrir o olho e trabalhar em prol de nossos direitos e interesses, para que não ocupem ou invadam pois já existe justificativa… além disso de roldão ainda podem pegar partes da Amazonia de outros paises.
Kemen,
No caso em questão, é a Amazônia Azul e não a verde…
Abs,
Olá Guilherme, eu sei, mas começa assim depois avançam…