A Marinha do Brasil (MB) formalizou, no dia 24 de novembro, a compra de 90 caminhões UNIMOG 5000, junto à empresa alemã Daimler Truck AG. Os veículos “no estado da arte” militar são apropriados a operações em qualquer terreno e indicados, especialmente, para as operações anfíbias realizadas por tropas do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN). Os lotes anuais de viaturas pesadas UNIMOG 5000, incluindo veículos de transporte de tropas e material, cisternas de água e combustível, frigoríficas e basculantes, serão recebidos de 2021 a 2027.
Essa aquisição, que representará considerável ampliação do poder de combate do CFN, sucede-se a outro contrato recentemente celebrado entre a MB e o governo dos Estados Unidos, para a obtenção de um sistema composto por 12 Viaturas Blindadas Leves Sobre Rodas 4×4 Oshkosh “Joint Light Tactical Vehicle” (JLTV), com entregas previstas a partir de 2022.
A Viatura Blindada Leve JLTV é um projeto de última geração das Forças Armadas dos EUA, que incorpora elevados ganhos tecnológicos, em atendimento às demandas operativas da atualidade. A blindagem, aliada à mobilidade, ao poder de fogo e às potencialidades de comando e controle dessas viaturas, possibilitará a ampliação da capacidade dos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais em conduzir Operações Anfíbias, Operações de Garantia da Lei e da Ordem, Missões de Paz e outras variadas ações dentro do amplo espectro das operações militares.
Os contratos preveem, ainda, o estabelecimento de estruturas de manutenção, com sobressalentes, equipamentos, ferramentas e cursos necessários. A obtenção dessas novas viaturas ocorre no âmbito do PROADSUMUS, o Subprograma de Meios de Fuzileiros Navais componente do Programa Estratégico da Marinha “Construção do Núcleo do Poder Naval”.
O Subprograma PROADSUMUS foi criado para consolidar e ampliar as capacidades operativas do CFN, garantindo-lhe atuar como a Força Naval de caráter anfíbio e expedicionário, por excelência, contribuindo para as demais tarefas do Poder Naval brasileiro. A obtenção desses meios de última geração, na fronteira da tecnologia militar, assegura um elevado grau de versatilidade e flexibilidade ao CFN, ampliando sua prontidão operacional e sua capacidade de projeção de poder em áreas de interesse estratégico nacional.
FONTE: MB
Alguem checou os requisitos tecnicos da marinha pra afirmar que outras alternativas não cumpriam finalidade? Alguem teve acesso aos fundamentos da escolha pra dizer que outras alternativas não atendem ao desejado? O unimog é excelente e ja é operado largamente pelo CFN. O blindado norte americano é o que há de mais atual. Mas não teria um caminhão nacional que supra necessidade? Outros 4×4 foram avaliados? O Lince por exemplo tera outras encomendas do EB que poderão trazer a produção pra Minas. O que o veiculo dos EUA tem que ele não tem? Nao é mais facil ter a Iveco em solo nacional.pra dar assustência? Como pagador de impostos eu quero saber dos principios que norteiam a escolha em detrimento de outros pra saber se é mesmo tecnico/ financeiro ou apenas o desejo de copiar o usmce rivalidades. O escolhido ser ótimo não basta pra justificar investimento publico quando pode haver similares nacionais ou com nacionalização. Tudo isso tem que ser publicizado, sobretudo porque não são itens estrategicos. Cada importação enfraquece a industria nacional de defesa. Só os néscios tem complexo de vira- lata. Com a palavra a Marinha força que tem (ou tinga) a pior administração.
Produção do Lince aqui? No máximo “montagem”! Não vamos fabricar nada desse veículo, tudo virá da Itália para ter seus parafusos devidamente apertados aqui. Quer uma vantagem de ter comprado o JLTV? FMS! Vamos pagar o mesmo valor que o US Army pelos veículos e também pelos spare parts, o que gata a manutenção e operação desses veículos muito mais baratos no longo prazo do que a do Lince com tudo cotado em Euro e sem desconto.
Respeitosamente sugiro considerar que a Guerra Anfíbia, capacitação essencial do CFN, não é contemplada pela indústria de defesa brasileira e, portanto, brilhantes soluções obtidas pelo EB não atendem, por definição, as exigentes e específicas demandas do Movimento Navio para Terra (MNT). Ouso, ainda, que você inclua nas suas narrativas considerações sobre a família AAV (Carro Lagarta Anfíbio) – primordial vetor de projeção por superfície da FFE (a Força que vem do mar). E o desafio a apontar um único projeto de produção de meios minimamente compatíveis de AAVs pela indústria brasileira que mereça a credibilidade de Fuzileiros Navais.
Bom as FFAA sempre que possível prestigiam a indústria nacional muitas vezes pagando mais caro outras vezes paga mais caro no exterior para poder comprar tecnologia para repassar a indústria nacional, os de mais impacto nos últimos anos são o Gripem e o PROSUB que sairiam bem mais barato se fosse uma compra de prateleira. Na MB ainda temos as 4 Fragatas que serão construídas em Santa Catarina então, se a MB comprou material estrangeiro é porque a quantidade inviabiliza desenvolver algo similar nacional, não atende os requisitos determinados pela MB, preço mais em conta, especificações até dimensionais para embarque e manobra em um porão de uma navio anfíbio bem como capacidade de ser transportado pelas barcaças de desembarque e outros mais motivos que desconhecemos mas que pesam na hora da escolha.
EU confio na MB e tenho certeza que foi a melhor escolha.
Parabéns ao CFNB que vão receber material de ótima qualidade e vão ajudar e muito o pessoal do CFNB executar suas missões.
Segue o link a baixo de ambos os equipamentos, muita informação sobre eles
https://www.youtube.com/watch?v=dnpUoS6RBUk
https://www.youtube.com/watch?v=-sCzBvil2Ts
https://www.youtube.com/watch?v=8GybHkU-syM
A FCT estamos pagando muito mais para construir no Brasil…
No vídeo do proadsumus mostrou essas viaturas e falava que era imagens ilustrativas kkkkkkkk, será que o Abrams vem ?! Se o M1 Abrams vier , o nova couraça muda de rumo e o EB corre atrás de um vetor moderno …..
Eis a diferença de uma Força que busca a qualidade, em relação a outra Força (ébê) que é um celeiro sindical que tem medo de dizer não as porcarias de baixa qualidade produzidas localmente e que são empurradas para adquirir! Parabéns ao CFN, uma força pequena, moderna e que tem muito a ensinar que qualidade sempre será melhor que quantidade!
“Porcarias de baixa qualidade produzidas localmente…..” falou o “especialista”. Puro complexo vira-lata. Astos é porcaria? KC 390? Guarani é porcaria? Dgs raptor? Alac? MTC? SBR é ? REMAX?
Pensa um pouco antes de querer lacrar com este discurso batido e pueril
Guarani? Aquele blindado que não pode ver uma curva que já vai virando de perna para cima igual cachorro viralata? O mesmo que o TCU descobriu que tivemos que pagar muito mais caro porque os “ispicialistas” do EB contrataram 2044 e depois descobriram que só precisavam de 1588? Tem coisas de boa qualidade fabricados por aqui? Até que tem, mas tem muita coisa que é bem mais barato e inteligente comprar fora.
A industria de defesa nacional que se exploda.
Nada na ind. Nacional atende as especificações do CFN
Especificações que não são atendidas pela Indústria Nacional? Mas, também, o custo de manutenção é maior, sem falar na dependência de itens de difícil importação. Será que promover uma melhor ligação com a indústria nacional não chegaria a um meio termo, se possível com a fabricação no país ou com uso de porcentagem maior de insumos nacionais.
Antonio,no papel seria o mundo ideal. A realidade é muito diferente. Veja que não existe nenhum caminhão fabricado no Brasil com o desempenho do Unimog.
Com relação ao Oshkosh, o EB optou pelo Lince, mas o CFN não deve ter achado que lhe atendia. Como não sabemos os critérios que cada força tem, não adianta querer isso ou aquilo. Cada força sabe onde o calo aperta. Lembrando que os Piranhas 8×8 estão muito bem obrigado e não tem problemas logísticos.
Antonio,
As três Forças, dentro do possível, compram produtos da nossa BID, mas nem tudo vai ser possível.
Alguns materiais de defesa estão em outro nível e não podemos abrir mão de adquiri-los.
Com relação a fabricação de insumos no Brasil, se as nossas compras fossem vultosas eu concordaria, mas a quantidade que adquirimos, nenhuma empresa nacional vai investir tempo e dinheiro para se capacitar para fornecer peças/partes para manter 12 JLTV, por exemplo.
Abs,
Perfeito seu comentário Guilherme, país que quer fomentar indústria local tem que fazer compras constantemente, o empresário tem contas pra pagar, pessoal para capacitar e manter, não pode ficar refém de compras em pequena escala, com orçamento que pode ser contingenciado, é falência certa. Basta ver o que se aproxima do ICN, se o governo não comprar mais um lote já era.
Se alguns JLTV vierem com essa torre Kongsberg Protector será fantástico!
CFN comprou simplesmente o melhor 4×4 da atualidade.
Gostaria que as versões civis novas do UNIMOG, estivessem disponíveis no mercado civil.
Padilha,
Há alguma justificativa plausíveis para a marinha não padronizar seus veículos com os do exército?
O CFN sempre foi independente em suas decisões de compra de equipamentos, focando sempre em equipamentos que julga serem os melhores. Por ser uma força pequena, eles se dão o luxo de comprar o que existe de melhor no mercado, enquanto o EB por ser muito maior precisa adequar suas compras ao seu orçamento, dai a diferença entre as duas forças. O CFN queria um 8×8 foi lá e comprou o melhor. O EB optou pelo 6×6 e hoje deseja um 8×8. Nem sempre padronizar equipamentos funciona em se tratando de forças tão diferentes.
Deixaram o AM 41 da Agrale de lado?
Você leu as Notícias Acima ⁉️
Tem alguma referência sobre AM-41 da Agrale ?
Então …isso já está mais que explicitado nas entre linhas .
Outrossim,
Como e Porque padronizar equipamentos para Forças que atuam em Ambientes Distintos e em Missões Diferentes ?
Excelente aquisição! Quem dera se tivesse disponível mais verba.
Padilha, a aquisição dos meios navais pela PF merece um artigo próprio! Inclusive para o esclarecimento da real necessidade dos tubos laterais serem desmontáveis. Infelizmente não é possível confiar mais em informações da mídia jornalística.
O COVID engessou muito a nossa capacidade de construir nossos artigos. Vamos ver o que conseguimos.
Padilha, em sua opinião, qual seria o melhor blindado para o CFN?
Para o CV90 da BAE Systems fabricado na Suécia. Ele é leve, rápido, é a espinha dorsal de defesa do Exército sueco que tem os russos como potencial inimigo e pode ser equipado com canhões de 40mm à 120mm, dependendo do que o cliente desejar.
Acho que o EB deveria pensar em ter 2 tipos de CC. Um leve como o CV90 e outro mais pesado como eles desejam, mas essa é a minha opinião apenas.
Excelente compra ,agora o LMV não cumpre os requisitos do CFN não(ao menos se manteria uma mesma cadeia logística junto ao EB, diminuindo custos e tal )???
O CFN usa Piranha 8×8 e o EB o Guarani 6×6. O EB vai de LMV e o CFN vai de Oshkosh. Simples assim. Não adianta ter a pecha de made in Brazil se não atende 100% o que a força deseja. Um exemplo crasso é a Polícia Federal buscar novas embarcações no exterior. Alguém parou para perguntar por que isso? Sempre tem detalhes que não vem a tona, mas que internamente justificam essas compras. Se é pra gastar, que se gaste com o que é bom de verdade. Essa é a minha opinião. Lembrando que opinião é como ….., cada um tem o seu.
Excelente grande Padilha,rs!!!
Cada um no seu circulo,digo, quadrado! 😉
Tomcat, creio que a altura em relação ao solo e pneus com dimensões maiores, atendem melhor a demanda dos fuzileiros, esses veículos possuem melhor desempenho em terrenos arenosos e a também na transposição de riachos.
Valeu Matheus, dei uma olhada melhor e ele realmente é mais alto e tal e parece ser mais específico para fuzileiros navais.
Bom dia.
Simplesmente os dois melhores veículos em suas respectivas categorias.
O CFN e um exemplo de pragmatismo, visão e acerto ruas compras.
Parabéns aos FNs
Exatamente. Sempre um passo a frente. Agora só falta o Carro de Combate (Tanque de guerra os puristas dizem que está errado KKKK), para substituir o Kurasier.
Maior bombagem o que os “puristas militares” brasileiros tem em relação a terminologia. Carro de Combate só é usado no Brasil por conta da influência da Missão Militar Francesa de Instrução no Brasil, em países como Estados Unidos e Inglaterra o temro é utilizado normalmente como codinome, inclusive, com o histórico de sua invenção por trás.