Por Roberto Maltchik
Em entrevista ao GLOBO, o general Gustavo Dutra de Menezes, que comanda operação do Exército em Roraima, pede poder de polícia migratória fora da fronteira à Força e anuncia aumento do efetivo na divisa com a Venezuela. O governo brasileiro decretará estado de emergência em Roraima.
Qual é a sua maior preocupação no momento?
Minha maior preocupação é ter amparo jurídico para atuar. A legislação vigente dá ao Exército o poder de polícia para combater o crime transfronteiriço, contrabando, narcotráfico, garimpo ilegal. Isso nós estamos fazendo. Agora, quanto à questão migratória, nós não temos autoridade. Pelo que eu entendi, isso será regulado por meio de medida provisória.
Ou seja, atuar de forma ostensiva fora da fronteira.
Hoje, se a gente cruza com um imigrante fora da faixa de fronteira de 150 quilômetros e ele está totalmente ilegal, a gente não têm autorização para fazer absolutamente nada. A pessoa que não está legalizada seria convidada a voltar ao centro de triagem. Tem gente que chega a Boa Vista ou a outros lugares do Brasil sem passar pelo posto de fronteira.
Como seria possível obter esta autorização?
A nossa participação no controle do fluxo migratório vai ter que ser resolvida de alguma maneira. Não seria uma GLO (missão de Garantia da Lei e da Ordem, que foi empregada, por exemplo, para garantir a segurança na orla do Rio durante a Olimpíada). Isso não se faz necessário, não é o caso. É uma autorização para que a gente possa, da mesma forma que a Polícia Federal, pedir para a pessoa que está ilegal no país voltar ao órgão competente. E encaminhá-la, se necessário. Não é prender. Mas conduzir.
Se houver resistência?
Acho muito pouco provável. São pessoas pacíficas que estão chegando aqui. Tem um ou outro não tão bem intencionado. Mas a maioria é gente fugindo da fome. Se a pessoa entender que poderá ser mais apoiada se regularizando, ela não vai resistir.
Qual é a situação hoje?
Nós já estamos com a nossa presença majorada. Isso ocorreu no dia 15 de janeiro. Um pelotão tem cerca de 60 militares. Agora, estamos com cem militares na fronteira de Pacaraima. Outros 30 homens da Força Nacional chegaram. Hoje, começaremos os estudos para expandir nossa estrutura com o objetivo de atender a tropa e também outras instituições.
Quem é o venezuelano que chega ao Brasil?
Eu tenho conversado muito com eles. O venezuelano que chega aqui está fugindo da fome. Eles estão passando fome. Tem gente que fala que o salário de uma semana inteira dava para comprar um pão. As pessoas estão vindo por extrema necessidade. Roraima é quinta opção. O venezuelano mais rico foi para os Estados Unidos. O de classe média procurou a Colômbia ou Trinidad e Tobago. Quem fica em Roraima é o venezuelano mais necessitado.
Como o morador está reagindo ao fluxo?
Há casos isolados, mas não há xenofobia. A população está triste e incomodada. Mas quer ajudar e está ajudando.
FONTE: O Globo
O Brasil pode estar recebendo esse pessoal amigavelmente, mas podemos estar assistindo a uma novela que está começando e poderá ser chamada de “Operação Cavalo de Troia” do governo venezuelano para tomar Roraima do Brasil, pois basta apenas tornar esse terreno Caótico para ter acesso depois, o que já esta sendo efetuado com custo muito baixo para a Venezuela. É bem evidente o interesse da Venezuela em invadir também a Guiana e a mídia tem publicado isso a bastante tempo. O Brasil com um governo sem força alguma, indeciso, cambaleante, com militares medrosos e sem ação, com o aumento da intensidade das “forças antagônicas” agindo aqui dentro, deverá tornar isso tudo mais fácil para novos problemas de fronteiras.
E dizer que tem um pessoalzinho ai que defende a “democracia” dos nossos vizinhos.
É um absurdo! Indecente as potências e organizações não se mobilizarem para resolver o problema, mesmo que militarmente. Os venezuelanos estão passando fome. Parece que as potências só se movem para atuar em favor de seus interesses. Se o Brasil não pode resolver, que pelo menos saia da frente, tem famílias sofrendo.
Se o governo brasileiro fosse mas sério pressionada o presidente Nicolau Maduro a renúncia, como um ato de patriotismo pelo seu povo venezuelano que está sofrendo um mal desnecessários, mas como sabemos este cara ñ tem compaixão pelo seu próprio povo.
Agora só nós resta que EUA ou a ONU tomem medida mas eficaz contra a política de Maduro.