Por Luiz Padilha
Com uma programação muito bem elaborada, ocorreu hoje (22) a transferência das seções S2B, S3 e S4 do Submarino Tonelero (S 42) da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) para o Estaleiro de Construção (ESC), onde, se tudo correr bem, até o fim do ano ocorrerá a cerimônia da união das seções restantes, como também é aguardado o lançamento do Submarino Humaitá (S 41) ao mar.
A saída da UFEM
O dia está nublado e abafado, porém a luz para o registro da faina está Ok. Após o briefing de segurança, o Submarino Tonelero é movimentado através de um dispositivo da Megatranz, chamado pelo operador de Linha de Eixo, para fora do prédio da UFEM.
A locomoção do submarino é feita inicialmente pelo interior da UFEM, com uma estimativa de chegar as 9 horas na variante onde a Polícia Rodoviária Federal aguardava o comboio. Atrás do submarino, vários carros de apoio seguiam para dar suporte caso fosse necessário.
O “piloto” do dispositivo é chamado de Tarzan, algo curioso pelo perfil físico do mesmo. Mas o que lhe falta de físico, sobra em competência.
O sucesso da transferência em grande parte se deve a ele. A todo instante, auxiliado por olheiros, vai levando o submarino com todo cuidado até o ponto de parada para reabastecimento do dispositivo. Ouçam abaixo um rápido bate papo com o Tarzan.
O abastecimento ocorre antes do viaduto do porto sudeste e, uma vez concluído, o comboio está pronto para continuar. Com o tráfego contido pela Guarda de Transito Municipal, se inicia a subida do Viaduto, a qual é feita com muito cuidado. Nesse momento apenas o pessoal envolvido diretamente na operação pode ficar no viaduto por questões de segurança.
As curvas são executadas com maestria e o Tonelero chega como programado, as 12 horas no Canteiro EBN. Alguns ajustes são necessários como afastar qualquer obstáculo que possa por em risco a operação.
Falta pouco
Mais uma vez o trânsito é interrompido, desta vez para que o Tonelero entre no túnel em direção a área sul. Neste momento um funcionário da ICN é colocado na vela do submarino afim de acompanhar e informar ao piloto da Linha de Eixo, se a altura está adequada para evitar que a vela bata no teto do túnel.
Ajustes feitos, o submarino entra no túnel lentamente e em aproximadamente 30 minutos ele sai na área sul. Nesse momento, o funcionário da ICN é retirado da vela do Tonelero e o pessoal brinca que ele foi o primeiro comandante do Tonelero em “águas rasas”.
As 15 horas, pontualmente, o submarino chega ao Estaleiro de Construção, sendo manobrado ao lado do Submarino Humaitá.
Nota do Editor: O DAN gostaria de agradecer ao CA (RM1) Demby, a CT Gisele e a todo o pessoal da Itaguaí Construções Navais- ICN, pela oportunidade ímpar de poder acompanhar uma operação de tamanha importância para a construção naval brasileira.
Impressionante o vídeo como um todo, principalmente o nível de aproximação da câmera com a estrutura do sub. Excelente atuação da equipe DAN!!!!
Padilha não sei se você sabe mas você está presenciando algo que milhões de brasileiros teria curiosidade de apreciar.
Muito obrigado por nós trazer está reportagem de certo modo é como se eu estivesse lá também.
O relato do funcionário seria exatamente as perguntas que eu faria a ele.
Muito obrigado
Que bom que apreciou.
Esse túneo deveria ser maior, quero ver o nuclear passar ai, a nâo ser que seja transferido sem vela e em seções menores.
Se ja teve esse problema de altura pro sub convencional quero ver na hora de pasar o sub nuclear que vai ser muito maior em largura e altura !!!!
Gostei muito do relato!
Legal!!
Trabalho árduo para colocar um SUB no Mar ….
Parabéns a todos envolvidos neste projeto.
Obrigado DAN pela Matéria e parabéns ao profissionalismo de sempre.
Gostei muito também