A Wilson Sons e a Damen anunciam parceria na concorrência para construção do novo Navio de Apoio Antártico (NApAnt) da Marinha do Brasil, que substituirá o Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel. A entrega das propostas deve ocorrer até o final deste ano e o anúncio final do vencedor em meados de 2021.
“Desde o nosso primeiro trabalho com a Wilson Sons, há 25 anos, tivemos a certeza de ter encontrado um parceiro capaz, competente e comprometido com o Brasil”, afirma Rutger Dolk, Diretor da Damen Technical Cooperation, que complementa: “esta parceria estratégica fez toda a diferença para o sucesso de nossa atuação no país e nós dá muito conforto para entregar os navios com a devida qualidade requisitada pela a Marinha”.
Além da licitação do NApAnt, a Marinha também está analisando a potencial construção de dois Navios de Apoio Hidroceanográficos. Futuras demandas de Navios Patrulhas e Embarcações de Busca e Salvamento também poderão ser objeto de necessidade da Força Naval no médio-prazo e estão dentro do escopo de parceria firmado entre as duas empresas.
“Somos parceiros da Damen em 92 projetos ao longo das últimas duas décadas. Estamos otimistas com estas demandas em virtude da nossa experiência no mercado, da qualidade técnica de ambas as empresas e do histórico de entregas dentro do prazo, sempre seguindo as melhores práticas de engenharia, qualidade e segurança”, destaca o diretor executivo dos estaleiros da Wilson Sons, Adalberto Souza.
Com alta tecnologia empregada, o NApAnt dará apoio à Estação brasileira na Antártica Comandante Ferraz, no extremo sul do planeta. O Navio terá capacidade suficiente para prestar o necessário apoio logístico ao continente gelado, atendendo aos requisitos específicos de construção demandados, transportando significativo volume de cargas e equipamentos, além de abrigar laboratórios científicos modernos, com os necessários conforto e segurança para sua tripulação.
A exigência de conteúdo local é de no mínimo 45% e os investimentos são da ordem de R$ 750 milhões. Caso vençam a licitação, o navio será construído nos estaleiros da Wilson Sons no Guarujá, em São Paulo.
NOTA do EDITOR: Para conhecer mais sobre o estaleiro da Wilson Sons no Guarujá, CLIQUE AQUI
Gostaria de um esclarecimento dos amigos a respeito dessa licitação, a embarcação que a MB quer é somente de apoio Antártico ou um navio quebra-gelo?
Pensei que a Damen iria propor algo parecido ou igual ao novo navio Polar Australiano que foi construído na Romênia.
https://www.defesaaereanaval.com.br/naval/novo-navio-polar-australiano-chega-a-damen-em-vlissingen-para-iniciar-testes-de-mar.
Um Abraço a Todos !
Galitto,
O objetivo é um Navio de Apoio e não um quebra-gelos.
Se não me engano o requisito da MB é para um navio PC 7 (Summer/autumn operation in thin first-year ice, which may include old ice inclusions).
É Claro que os concorrentes vão poder oferecer um casco mais resistente, lembrando que precisa caber no orçamento.
Quanto ao navio australiano, esse está em outro patamar…
Abs,
Talvez seria interessante esclarecer melhor como se dará a operação conjunta entre o H 41 e o futuro H xx.
Qual a natureza da operação de ambos? Confesso que não fica totalmente claro, uma vez que nos requisitos do H xx constam “laboratórios”, os quais são a principal vertente operacional do Tio Max…
Agradeço alguma sugestão de link para melhor esclarecer isso, se for possível. Obrigado.
Maravilha! Grande estaleiro, de qualidade reconhecida internacionalmente, só tem a ganhar.