Por Guilherme Wiltgen
As tristes cenas do Navio-Veleiro Cisne Branco (U 20) colidindo com a ponte de pedestres sobre o Rio Guayas, não foi o primeiro acidente ocorrido nesse local.
Segundo um site equatoriano, “Desde 2017, pelo menos três acidentes com embarcações foram registrados nesta ponte, o primeiro terminou com o colapso de um vão de 145 metros”.
Ainda não é possível determinar as causas do acidente, que já está sob investigação da Armada Equatoriana, enquanto isso, o NVe Cisne Branco ficará atracado ao cais do Iate Clube, para que possa ser realizada uma vistoria técnica do casco para se certificar que não houve nenhum dano que comprometa a navegação do mesmo, além do mastro danificado, como pode ser visto na foto em destaque. Posteriormente, será avaliada pela Marinha do Brasil a possibilidade do seu retorno por meios próprios para o Rio de Janeiro.
Também deverá ser investigado o acidente com o rebocador que veio a emborcar durante a manobra após a colisão. Devido a esse segundo acidente, foi necessário a colocação de barreiras de contenção para evitar a contaminação do rio. Mergulhadores do Corpo de Fuzileiros Navais do Equador vão ajudar nos trabalhos de reflutuação do navio.
Estamos na torcida para o breve retorno do NVe Cisne Branco e sua tripulação ao Brasil para que possa ser reparado a tempo para representar o nosso País durante a “Velas Latinoamérica 2022”. Felizmente, não houve nenhuma vítima nos navios envolvidos nesse lastimável acidente.
NVe Cisne Branco
O Navio Veleiro Cisne Branco (U 20), é o terceiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil. Foi construído pelo estaleiro holandês Damen, em Amsterdam. Teve sua quilha batida em 9 de novembro de 1998, batizado e lançado ao mar em 4 de agosto de 1999, sendo submetido à Mostra de Armamento e incorporado a Armada em 9 de março de 2000.
Características:
Deslocamento: 1.038 ton (carregado).
Dimensões: 76 m de comprimento, 10.6 m de boca e 4.80 m de calado.
Propulsão: Diesel e Vela; 1 motor diesel de 1.014 hp, acoplado a 1 eixo. Equipado com Bow-Thruster. Armado em galera com três mastros, sendo o grande com 46.4 metros de altura.
Área Vélica: 2.195 m² em 32 velas, sendo 15 velas redondas, 10 velas latinas, 6 velas auxiliares e 1 vela de mau tempo.
Energia Elétrica: 2 geradores diesel.
Velocidade: máxima de 10.7 nós com o motor diesel e até 17.5 nós com as velas.
Tripulação: 42 homens, sendo 10 oficiais, 32 praças.
Boa tarde aos leitores e editores do DAN!
Segue o vídeo do acidente de 2017
O Cisne Branco foi outra vítima desse projeto. Até mesmo os equatorianos estão criticando a ponte. Sempre foi a causa desses acidentes tenebrosos.
https://streamable.com/ciibvz
Peço desculpas, pois as velas não estavam enfunadas!
Erro de manobra, mesmo tendo um motor auxiliar de mais de 1000 hp. O que houve com o rebocador ? Aparentemente a correnteza estava muito forte !
Muito estranho que esta extraordinária embarcação com um motor de mais de 1000 hps não conseguisse manter ao largo da ponte! Por que velas enfunadas?
Manobras devem ser lentas, precisas e definitivas!
Substimaram a correnteza, e a capacidade do rebocador e a propulsão auxiliar do próprio veleiro, começou errado e terminou errado, que felizmente , não houve danos a vida só danos materiais . Dos males o menor.l