Autoridades da USAF (Força Aérea dos EUA) pausaram uma concessão de contrato para o Next-Generation Air Dominance (NGAD) para repensar os requisitos da aeronave.
O NGAD é um caça avançado destinado a substituir o furtivo F-22 Raptor. De acordo com a USAF, o NGAD também é uma “família de sistemas”, permitindo a superioridade aérea, definida como a capacidade de operar sem ameaça de ataque, mesmo em ambientes altamente contestados. A família de sistemas NGAD inclui o programa de caça NGAD, bem como o programa Collaborative Combat Aircraft (CCA) para desenvolver variantes de aeronaves semiautônomas não tripuladas que poderiam voar como “loyal wingmen” com o caça NGAD ou outras aeronaves de caça.
O governo Biden solicitou US$ 2,75 bilhões para pesquisa e desenvolvimento de uma plataforma NGAD da USAF e US$ 557 milhões para CCA no ano fiscal de 2025. O Congresso pode decidir aceitar, rejeitar ou modificar esta solicitação.
F-22 Raptor
O atual caça de dominância aérea da Força Aérea, o F-22 Raptor, entrou em serviço em 2005. A contratada principal Lockheed Martin projetou o F-22 com um conjunto de tecnologias avançadas, apresentando stealth, supercruise, manobrabilidade e aviônica integrada. A combinação de nova tecnologia e sensores avançados permitiu que o F-22 identificar, rastrear, atirar e eliminar uma ameaça antes de ser detectado. Em 2009, o então Secretário de Defesa Robert Gates truncou a compra de F-22 de 750 para 187 aeronaves.
Desde então, os sistemas de defesa aérea de longo alcance e os sistemas de guerra eletrônica da China se tornaram mais sofisticados. A China também teria testado um novo avião de combate. Em 16 de setembro de 2024, o Secretário da Força Aérea Frank Kendall disse que não se refere mais à China como uma ameaça “futura”: “A China é uma ameaça hoje”. Alguns analistas observam que em uma luta contra a China, onde as ilhas ao largo de sua costa são separadas por centenas de milhas, o F-22 pode ser limitado por seu alcance de 460 milhas náuticas e capacidade de carga útil de 2.000 libras.
Para maior alcance, o F-22 depende de aviões de reabastecimento em voo dos EUA, como o KC-46 e o KC-135, que podem ser vulneráveis a ataques. Por pelo menos uma década, a Força Aérea estudou substitutos do F-22 que poderiam enfrentar tal ameaça.
O caminho para NGAD
Em 2014, Kendall, então Subsecretário de Defesa para Aquisição, Tecnologia e Logística, emitiu termos de referência para um estudo do Defense Science Board (DSB) que ele patrocinaria sobre como manter o domínio aéreo em 2025-2035. O domínio aéreo, disse o resumo executivo do estudo, “implica a capacidade de força suficiente e capacidade para reinar supremo contra a ameaça definida”. Lançado em 2016, o estudo descobriu que o domínio de um espaço de batalha inteiro não era acessível em um ambiente de negação de área e antiacesso. O resumo do estudo disse que os Estados Unidos deveriam buscar uma estratégia que criasse “uma rede de comando, controle e comunicações de gerenciamento de batalha de alta capacidade integrada e resiliente para lidar com assimetrias em inteligência de longo alcance, vigilância e reconhecimento”.
Em 2016, o “Air Force Air Superiority 2030 Flight Plan” defendeu a necessidade de uma família de forças integradas e em rede de “stand-off” (armas lançadas à distância) e “stand-in” (armas que penetram no território adversário e atacam perto dos alvos). O plano buscava uma capacidade de “Penetrating Counter Air” que “maximizaria as compensações entre alcance, carga útil, capacidade de sobrevivência, letalidade, acessibilidade e capacidade de apoio”.
A USAF lançou uma análise de alternativas em 2017 para identificar os requisitos.
Achei sensacional o artigo sobre a força aérea americana, principalmente com a participação de aviões brasileiros, desde já agradeço pela matéria.