O Comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito, e o Brigadeiro do Ar José Augusto Crepaldi Affonso, Presidente da Comissão responsável pelo Projeto F-X2 (COPAC), participaram na manhã dessa quinta-feira (27/02) de Audiência Pública da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), com o objetivo de discutir a recente decisão do governo de comprar 36 caças supersônicos Gripen NG.
Na audiência, o Tenente-Brigadeiro Saito ressaltou que um dos maiores benefícios da aquisição dos caças para a sociedade brasileira será o desenvolvimento da indústria nacional.
“O Gripen NG foi negociado com o compromisso de transferência de tecnologia necessária para a capacitação do parque industrial aeroespacial brasileiro. Todas as aeronaves que faziam parte do Projeto atendiam às necessidades da FAB, mas o caráter de protótipo Gripen NG possibilita o envolvimento do Brasil no desenvolvimento do projeto, o que dará à industria nacional e à FAB um acesso sem precedentes a todos os níveis de tecnologia”, explicou o Comandante.
Com um montante avaliado em US$ 4,5 bilhões, a serem pagos até 2023, quando acontece a entrega da última aeronave, o processo de decisão contou com uma avaliação detalhada sobre as aeronaves, empresas e benefícios para a sociedade. “Nossos critérios foram concentrados na performance, no preço e na transferência de tecnologia. A escolha do Gripen NG levou quase 20 anos para ser concluída e deu origem a um relatório de 30 mil páginas de estudos detalhados, apurado por uma equipe altamente qualificada”, destacou o Brigadeiro Crepaldi.
As negociações do contrato com a SAAB, que determina valores, prazos, obrigações da empresa e demais detalhes do negócio, seguem durante todo o ano de 2014 e deve ser assinado na segunda quinzena de dezembro. Com previsão de 80% da produção da aeronave no Brasil e acesso total ao sistema, o processo de escolha levou em consideração aspectos como técnico operacional, logístico, indústria e força comercial.
“Não há defesa eficiente sem a participação da indústria nacional. Com o Gripen NG o Brasil dará o primeiro passo para o desenvolvimento de um caça de 5ª geração, além de permitir o domínio de novas tecnologias e, posteriormente, exportar tecnologia”, destacou o Presidente da COPAC.
O Presidente da CRE, Senador Ricardo de Rezende Ferraço destacou especialmente a garantia contratual da propriedade intelectual. “O ponto mais positivo da escolha foi que a SAAB garantiu capacidade de atuar no software da aeronave, basicamente acesso ao código fonte, elemento fundamental para o desenvolvimento da indústria nacional”, declarou.
Sobre o status da defesa do espaço aéreo brasileiro enquanto o Brasil espera pela chegada das primeiras aeronaves, em 2018, o Brigadeiro Saito lembrou que os caças A-1 e F-5 modernizados cumprirão essa função e ainda destacou uma parceria que existe com a Força Aérea Sueca para reforçar o poder operacional do Brasil. “Recebemos o compromisso do Comandante da Força Aérea Sueca que o país nos emprestará aeronaves Gripen C/ D a partir de 2016, para suprirmos a demanda de defesa aérea do país. Mas nossos A-1 e F-5 estão prontos e capacitados para continuar em atividade até depois de 2025”, ressaltou.
Para a requerente da Audiência, a senadora Ana Amélia, a sessão só reforçou as características que a FAB manteve durante todo o processo de escolha. “Transparência, ética, profissionalismo e qualidade de um serviço bem prestado para com todos os brasileiros. E esse é um assunto em que há a necessidade de uma continuidade no investimento, especialmente porque não há como prever o ganho do Projeto F-X2 para a sociedade, seja no legado econômico, industrial, ou científico e tecnológico”, afirmou a senadora.
FONTE: Agência Força Aérea
Brigadeiro Saito Parabéns!
Entendo que em nossa vontade estamos muito alinhados com os Suecos, na conjuntura geopolitica atual (nem na passada) eles não podem se dar ao luxo de falhar em ter a melhor solução que a engenharia moderna possa oferecer. Sim, essa pequena aeronave terá que se impor a tudo que os Suecos possam poder enfrentar nas décadas vindouras, estou falando não só daqueles pesados supersônicos que dão cambalhotas para estupefatas multidões nos shows aereos pelo mundo, mas tambem o que já esta saindo das telas agora. Quanto melhor será a já formidável rede de defesa Sueca? E como o Gripen NG se encaixa nela? Nós seremos os primeiros a saber, fazendo junto com eles!!
Meu Santo Deus PARA QUE treinar e receber Gripen C/D em 2016???
Tá na CARA que a Força Aérea Sueca não quer fornecer suas aeronaves e a SAAB vai pegar Gripens A/B para convertê-los para o padrão C/D…
Por isso só chegariam em 2016…
NÃO MUITO OBRIGADO deveria ser a resposta, mas a irresponsabilidade de escolhe um avião inexistente ia ficar muito na cara…
Péssimo….
Vamos escolher a jaca, pra ela ficar parada por falta de peça e dinheiro pra pagar as horas de voo. Vamos escolher o supper lobby, pra ele ajudar os EUA na hora que usarem o paraguai para invadir.
Lutou e conseguiu a compra dos caças … transparência construída durante ao desenvoltura profissional; essa é a vida do nosso Brigadeiro Juniti Saito … Parabéns
A maioria de nossos parlamentares não sabem coisa nenhuma do tema. Concordo com o Roberto, uma das minhas preocupações se refere a garantia do fornecimento dos componentes de origem norte-americana e não me venham com a conversa que temos um ótimo relacionamento com os EUA e que eles tem mais a perder que o Brasil bla bla…
Outra coisa, deveria ficar mais claro que “80% da produção da aeronave no Brasil” se refere a estrutura do avião? não é isso? Quanto ao Brasil produzir um caça de 5º geração, eu preferia comprar o caça de outro país e ter domínio sobre sensores, motor, radar etc.
Gostei da parte da entrevista em que o senador pergunta ao Saito se o avião existe ou se é projeto se tem protótipo.
O Saito respondeu que há um protótipo , o qual eles pegaram um C/D mudaram o trem de pouso para recolhimento nas asas e tem a bagatelinha de 250 horas de voo .
Risco é Risco né ????
Vi a audiência ontem.
Creio que as informações dadas pelos representantes da FAB foram boas frente ao questionamentos.
Os parlamentares que participaram dos questionamentos é que se mostraram aquém do que exigia a ocasião. Exceção feita ao Senador Ricardo de Rezende que pareceu ter questionamentos justificáveis e domínio sobre o processo e seus detalhes.
A Senadora Ana Amélia, que requereu a audiência, fez jus a sua condição de teleguiada pois, além de chegar atrasada e sair muito antes do fim da sabatina, usou informações e perguntas elaboradas pelo pessoal do Defesanet. Ora, se era para consultar fontes externas, que esse leque fosse mais amplo. E o pior é que nem soube elaborar direito algumas questões, apesar da “cola”. No mais, fez o que a maioria dos gaúchos faz usualmente: falou mais do seu estado e de si mesmo do que o assunto proposto (sem ofensa chiruzada 🙂 )
O Senador Aloysio Nunes deveria ter ficado de boca fechada, pois na sua intervenção enrolou tanto para formular a questão que o Presidente da CRE teve de dar uma mãozinha. E depois se perdeu no tema.
O Senador Suplicy já teve dias melhores. É uma pena o que está ocorrendo com esse homem.
Enfim, fiquei muito decepcionado com o desempenho dos parlamentares frente ao tema. É um assunto que vai mobilizar estruturas importantes do país nos próximos 15 anos pelo menos, e eles não se mostraram a altura da importância do assunto.
No mais, destaque para a novidade que é a possibilidade de comercialização de aeronaves da Embraer com a Suécia, (à conferir), e os detalhes técnicos de desempenho exigido no FX-2; para a falta de informação de como se dará o processo de produção se o referendo na Suíça aprovar a compra do caça, já que algumas partes serão produzidas somente aqui no Brasil segundo o que foi declarado na audiência; e para a falta de segurança (ao menos para mim) sobre a garantia no fornecimento dos componentes de origem norte-americana.
Abs
Vamos empurrar com a barriga com os F5 e AMX até 2016 quando viram os Gripens c/d se oesperamos esse tempo todo para ter caças em condições 2 anos a mais e 2anos a menos não faz nenhuma diferença não compensa a FAB gastar dinheiro em aluguel de caças sendo que a entregas dos novos vai ser em 2018 . Se for para fazer bonito nas olimpíadas para dizer que nosso pais tem um empenho muito grande no setor de defesa acreditem quem quiser.
Desenvolver capacidade operacional e logística, já treinando pilotos capazes para quando chegar os caças em 2018 eles não fiquem 6-12meses no chão por falta de treinamento.