Entrevista com o Sr. Shrikrishna Jagannat Kamat representante do estaleiro indiano GoaShipyard
Por Luiz Padilha
A Marinha do Brasil disponibilizou no fim de 2017 seu Request of Proposal (RFP) para a obtenção de navios de superfície do Projeto “Corveta Classe Tamandaré”. 13 estaleiros se interessaram e receberam o envelope contendo os requisitos que a MB determinou para a obtenção dos navios. Um dos estaleiros que se interessou foi o estaleiro indiano Goa Shipyard Ltd. (GSL) e o DAN solicitou uma entrevista com o seu presentante, o Sr. Shikrishna Jagannat Kamat, que prontamente nos atendeu.
DAN – Antes da entrega do RFP, a empresa já tinha um produto pronto para apresentar na concorrência? Se sim, qual era o modelo? Se não, qual seria o caminho a seguir para participar da concorrência?
SJK: O Goa Shipyard Ltd. é um estaleiro moderno e de classe internacional que se destaca por não apenas ser capaz de construir projetos de terceiros, mas por ter tido repetidamente sucesso, no mercado indiano e também no internacional, com seus próprios desenvolvimentos internos. Um claro exemplo disso é o projeto Navio de Patrulha Oceânico Naval (NOPV – Naval Ocean Patrol Vessel) do qual quatro unidades foram construídas para a Marinha da Índia entre 2009 e 2014 e que posteriormente foi ampliado para uma versão ainda maior (NOPV-II) com deslocamento de 2500t, sendo esta a versão das duas unidades vendidas para o Sri Lanka. Estes navios atendem aos mais exigentes padrões navais, incluindo na área de tecnologias Stealth (seção reta radar e acústica) e em outros critérios padrão para navios de guerra como as áreas de controle de avarias e de estabilidade.
Um estudo de viabilidade para a adaptação do NOPV-II para “corveta”, incluindo a integração de vários sistemas de acordo com os requerimentos da MB, já foi realizado pelos engenheiros do GSL, sendo determinado viável, adequado e competitivo para os requisitos elencados pela MB dentro do programa Corveta Tamandaré. Atualmente,é bastante comum no segmento de construção de navios militares o desenvolvimento de “famílias” de navios. Estas abrangem, por exemplo, desde requerimentos mais simples (para emprego como Navios Patrulha Oceânicos – NaPaOcs) até os modelos mais complexos e exigentes (corvetas e fragatas leves). O casco nestes casos tende a ser basicamente o mesmo, com as pequenas diferenças residindo no aspecto armamento (como por exemplo, a instalação de misseis antinavio e antiaéreo, ou não) e num Sistema de Gestão de Combate (CMS) mais complexo e capaz.
A segunda alternativa à disposição do GSL, como deixou bem claro o Almirante Petrônio no evento de entrega do RFP, é a de usar o projeto da Corveta Tamandaré desenvolvido pelo Centro de Projetos de Navios (CPN) da Marinha do Brasil (MB). Mas ainda não chegamos ao momento de escolher definitivamente uma destas opções.
DAN – A Marinha do Brasil deseja que os navios sejam construídos no Brasil, porém, entende que a primeira unidade possa vir a ser construída no estaleiro de origem com mão de obra brasileira participando de sua construção. Para o GoaShipyard isso seria um problema?
SJK: Essa estratégia não é exclusiva do Brasil. Mais e mais marinhas, ao redor do planeta, escolhem esse caminho para desenvolver suas próprias indústrias navais evitando assim uma dependência em relação a organizações estrangeiras. E para nós não haveria mesmo como enxergar isto como um problema. Lembre-se que a Índia, até poucas décadas atrás, era obrigada a comprar todos seus navios militares de estaleiros estrangeiros. A fase seguinte viu a fabricação de projetos navais estrangeiros sob licença em estaleiros indianos, seguindo-se de uma crescente inserção de componentes adquiridos nas indústrias locais até, finalmente, ter condições de construir seus projetos autóctones com alto conteúdo industrial indiano. Se este foi o caminho da formação e desenvolvimento da nossa própria indústria naval, porque haveria de ser diferente no caso do Brasil?
Nossos países apresentam bastante convergência na história de suas forças armadas.Compreendemos que neste caso o que foi bom pra Índia deve vir a ser também bom pro Brasil. Além do mais o cliente aqui é a Marinha do Brasil e é ela quem estabelece as regras, e nós temos que nos adequar. Estas quatro corvetas não esgotarão todas as necessidades da Marinha do Brasil, nosso objetivo é o de realizar, no futuro, muitos outros programas junto com a indústria de construção naval brasileira gerando benefícios para ambas as partes. O GoaShipyard deseja crescer nesta região conjuntamente com a indústria naval do Brasil.
DAN – Com quais estaleiros nacionais o GSL tem conversado para construir os navios, caso vença a concorrência?
SJK: No Brasil existem dezenas de estaleiros tecnicamente muito capazes, mas temos que escolher apenas um para ser nosso parceiro de longo prazo. Em termos de tempo, a maior parte das minhas atividades durante esta viagem ao Brasil será justamente fazer visitas de inspeção dos cerca de doze estaleiros pré-selecionados pelo time do GSL que já se encontra trabalhando aqui no país. Navios entre 2.500/3.000t não impõem muitas exigências em termos de infraestrutura industrial como guindastes e sistemas de movimentação de módulos estruturais. Isso, naturalmente, abre ainda mais nosso leque de opções industriais no país. Vejamos qual deles melhor atende às necessidades deste projeto e também para trabalhar nessa parceria conosco. Este será um projeto de longa duração onde o sucesso vai depender da seleção do parceiro certo que tenha as capacidades necessárias.
DAN – Após receber o RFP e verificar que a corveta pode ter seu deslocamento aumentado para até 4.000t, isso para o GSL facilitou ou atrapalhou a apresentação de seu navio?
SJK: Na verdade, isto é algo realmente indiferente para nós. Mas, no entanto, para alguns de nossos concorrentes isso pode acabar se tornando um problema. Caso o Navio de Propriedade Intelectual do Proponente (NAPIP) deles apresentar um deslocamento muito maior que as 3.000 toneladas previstas inicialmente, eles certamente tenderão a ser mais caros (e menos competitivos) do que os navios que estejam mais perto do tamanho ideal e que atendem a todos os requerimentos determinados no RFP. Navios maiores forçosamente apresentarão um consumo de combustível maior sem adicionar qualquer valor adicional ao produto. Estamos confiantes porque o nosso NOPV,apesar de seus 2.500t, já demonstrou na Marinha Indiana ser uma plataforma eficiente e extremamente estável, mesmo navegando em mares de estado 7 na Escala Beaufort.
DAN – Com o preço ideal do navio oscilando entre 250 à 350 milhões de dólares, teria GSL um produto à oferecer dentro deste patamar?
SJK: Somos um estaleiro que gerencia muito bem nossos custos de produção, sempre buscamos formas de administração mais eficientes, apoiando-nos em práticas e sistemas de acompanhamento apropriados, fazendo uso de pacotes de software como Primavera e ERP. Como comentei anteriormente, acreditamos que ambas as opções de que dispomos, sejam ela o projeto da Corveta Tamandaré desenhado pelo Centro de Projetos de Navios (CPN) ou mesmo a versão evoluída do nosso NOPV, terão preços muito competitivos nessa disputa.
DAN – Propor um derivado de um OPV, não seria um problema, uma vez que os OPVs não são considerados navios de guerra? (não possui capacidade de enfrentar outros navios devido a sua concepção, pois seria facilmente afundado).
SJK: Sua afirmação é genérica e apenas parcialmente correta. No nosso caso existem diferenças de projeto muito marcantes entre o nosso NOPV criado especificamente para a Marinha da Índia e os demais OPVs que foram feitos para atender à Guarda Costeira da Índia. Como dito anteriormente, nosso projeto de NOPV atende a todos os requerimentos padrão para a construção de navios de guerra. É preciso sempre ter em mente que o próprio ambiente geopolítico em que as forças armadas da Índia se inserem acaba por impor requerimentos mais exigentes no quesito robustez, por exemplo, diferentemente da realidade das marinhas localizadas em regiões mais tranquilas do globo. Temos muita confiança nas características únicas de projeto do nosso NOPV. O GSL tem construído navios de guerra desde 1978 e estes designs sempre atenderam aos requerimentos mais exigentes.
DAN – Na sua opinião, caso o GSL não consiga encontrar estaleiros nacionais adequados para a parceria, modernizar/adequar o AMRJ seria uma solução?
SJK: Devido ao acordo de confidencialidade que foi assinado com a MB não nos é possível responder essa pergunta.
DAN – A MB deseja alguns sistemas como, por exemplo um radar 3D, um bom sonar e um sistema AAe com VLS, dentre outros requisitos. O GSL já tem quais equipamentos irá oferecer em seu navio para a MB?
SJK: Estas classes de componentes são completamente configuráveis em cada caso. Eles serão sempre adotados conforme as preferencias do cliente. O estaleiro Goa não tem a priori qualquer preferência própria na escolha destes componentes.
Somos projetistas e construtores de navios. Temos um excelente histórico na integração de uma variedade de sistemas originados tanto na indústria ocidental como da indústria russa/soviética. O Goa Shipyard tem a confiança necessária nas suas próprias capacidades para adquirir os melhores componentes, equipamentos e produtos de fornecedores reconhecidos disponíveis no mercado internacional de forma a atender aos requerimentos da Marinha do Brasil. Adicionalmente para alguns de nossos concorrentes, a Índia ainda conta com a Bharat Electronics e outros fabricantes de material militar para diversos tipos de sensores e armas podendo ser uma ótima fonte tendo em vista alguns dos sistemas que precisarão ser apoiados por toda a vida útil dos navios e futuramente dos navios que receberem upgrades, como é normal para produtos de emprego militar. A maioria dos requerimentos podem ser atendidos a partir de dois cascos à nossa disposição hoje, sendo adaptados conforme a preferência do cliente. Respeitamos a escolha do cliente e ofereceremos o melhor equipamento possível. No entanto, não podemos revelar maiores detalhes por conta do acordo de confidencialidade.
DAN – Como Prime/Main-Contractor, o GSL,caso seja o vencedor, seria o responsável por gerenciar/integrar todos os sistemas no navio e responder por eles junto à MB, caso eles venham a apresentar problemas. Na sua opinião, o GSL possui experiência para atuar como Prime-Contractor nesta concorrência?
SJK: Sim. Estamos bem versados em requerimentos de integração como os da concorrência brasileira. A Marinha da Índia é um cliente muito exigente, além do mais a Índia é atualmente um dos países mais destacados do planeta na área de construção naval e muito avançado no desenvolvimento de software.
Por exemplo,no início da década de 1980 o Estaleiro Goa recebeu uma encomenda de corvetas lança-misseis Tarantul. Este primeiro lote era praticamente idêntico aos navios em uso na URSS. Em 1997 outro contrato foi colocado para uma corveta adicional nesta classe. Todas foram fabricadas pelo GSL com significativo número de componentes e sistemas indianos. A integração de sistemas desta nova versão (1241RE) foi realizada pelo próprio Estaleiro Goa Shipyard Ltd não sendo verificado qualquer problema.O Tarantul indiano modernizado utilizou o míssil antinavio 3M24E “Uran” (SS-N-25 Switchblade) no lugar do P-20M (SS-N-2C Styx) original, além de apresentar um canhão Oto Melara 76mm Super Rapid Gun Mount fabricado na Índia no lugar do canhão de 76mm original AK-176/60 soviético acoplado a um sistema de controle de tiro indiano criado pela empresa BEL.
Continuando, o plano de manutenção ao longo de toda a vida útil exigida no caso das corvetas brasileiras, assim como os serviços correlatos,será realizado ou pelo estaleiro nacional parceiro, ou pelos técnicos dos diversos sistemas de armamento e de sensores que forem ofertados dentro da proposta do Goa Shipyard Ltd.
DAN – A MB deseja que o navio possua determinados tipos de sistemas eletrônicos e de armas, que segundo o VA Caroli, DGMM, em entrevista concedida ao Defesa Aérea & Naval, disse que a MB irá optar pela oferta que cumpra todos os requisitos, independente de sistemas do fabricante X,Y ou Z. Isso pode ser um fator positivo ou negativo para o GSL?
SJK: Novamente essa é uma questão indiferente para o estaleiro que, seguindo as instruções do RFP, oferecerá à MB a melhor solução possível. Como dito antes, o estaleiro não tem preferências especiais pelo equipamento a ser ofertado.
Ao ler as muitas reportagens que precederam a entrega do RFP na imprensa brasileira (inclusive aquelas que saíram no DAN) imaginávamos que os modelos dos mísseis e dos radares assim como o sistema de combate seriam determinados de uma maneira definitiva pela MB. Como isso não ocorreu, teremos apenas o trabalho extra de comparar as opções disponíveis no mercado escolhendo aquelas mais adequadas de maneira a obter o melhor equilíbrio de custo-benefício para nossa proposta.
DAN – Em sua opinião, as empresas com as quais o GSL já trabalha, tem condições de não só atender os requisitos, mas também serem competitivas na questão financeira?
SJK: O estaleiro Goa trabalha indiferentemente com qualquer provedor OEM com quem seja necessário cooperar.
DAN – O Goa Shipyard Ltd. possui um financiamento internacional para dar suporte ao programa de construção das corvetas classe Tamandaré?
SJK: O estaleiro Goa é uma empresa pública integralmente de propriedade do Governo da Índia e subordinado ao Ministério da Defesa indiano. A participação na concorrência da Marinha do Brasil está de acordo com os interesses da empresa e do Governo da Índia. Todo o suporte material técnico e financeiro que venha a ser necessário está disponível pelas instituições apropriadas. É fundamental ter em mente que, diferentemente do que ocorre com alguns dos demais países participantes nessa concorrência, hoje não existe qualquer restrição, seja ela, completa ou parcial, declarada ou velada, para o fornecimento de componentes e sistemas bélicos completos ocidentais à Índia.
A Índia, através de seu banco nacional de importação e exportação (Export-Import Bank of India) pode ofertar financiamento próprio para apoiar a venda de produtos e serviços de defesa ao exterior. Adicionalmente o recém-criado Banco dos BRICS (New Development Bank) deve ser considerado alternativa adicional que pode ser empregada em apoio a esta campanha, caso isso venha a ser conveniente e/ou interessante para a MB.
DAN – Participar desta concorrência é um desafio para o GSL? Que outras concorrências o GSL participou anteriormente e que tipo de navios foram oferecidos?
SJK: A imensa demanda da Marinha da Índia por novos navios militares até aqui colocou uma sombra sobre as perspectivas de exportação de sua indústria naval. Assim mesmo, visando atender o direcionamento do atual governo indiano para expandir as exportações (“Make in India”) o Estaleiro Goa se focou na abertura de novas oportunidades de exportação conquistando para si o título de maior estaleiro exportador da Índia. Além dos dois NOPVs construidos para a Marinha do Sri Lanka, outros navios já foram entregues a outras marinhas como a das Ilhas Maurício.
Inquestionavelmente, esta concorrência no Brasil é bastante complexa e exigente. Não apenas para o GSL, mas para todos os participantes, independente de seu país de origem. Mas ao contarmos com o pleno apoio do governo indiano de suas forças armadas, ministérios e agências de desenvolvimento, não temos qualquer razão para ver isso como qualquer barreira intransponível.
DAN – Finalizando, a MB colocou no RFP que quer um navio, provado e testado. Qual navio Goa produziu que atende a este requisito?
SJK: Esse quesito, evidentemente, só se aplica aos Navios de Propriedade Intelectual dos Proponentes (NAPIP), uma vez que a corveta Tamandaré projetada pelo CPN ainda não saiu do papel. Caso optemos por ofertar a versão corveta do NOPV, antes de tomar sua decisão, os oficiais e engenheiros da MB poderão facilmente navegar no NOPV-II atual para ter a clara visão das qualidades deste desenho básico.
Parabéns ao dan pela entrevista. Só uma duvida. A Goa fala. “Imaginávamos que os misseis, radares assim como o sistema de combate seriam escolhidos em definitivo pela mb, como não foi…”
A Mb não tinha escolhido o sistema de combate, o SeaCeptor e ManSup/exocet em definitivo? Se não porque ela anunciou que SeaCeptor para as tamandares?
Se é uma resposta simples ou óbvia, me desculpem. Sou apenas um leigo.
Quero um Brasil grande e forte. Mas temos que encarar a realidade de que a Índia assim como a China serão as 2 maiores economias do mundo no meio deste século.
Não adianta brigarmos com a realidade.
Dito isso, com um Estado do tamanho do nosso, sugando recursos de setores produtividade para pagar benefícios e corrupção não resolveremos nossos problemas.
Com governos que não veem na atividade empresarial empreendedora o único caminho para o crescimento econômico sustentável e que em função disto entregam de bandeja nosso mercado para qualquer produto importado…
Este é o típico investimento de estado que faz sentido:
Projeto brasileiro, construção brasileira com equipamentos brasileiros… Por que não envolvem a bradar e a avibras nestes projetos?
Por favor, me tira uma dúvida!
As corvetas da classe Tamandaré que serão construídas, não será obrigatoriamente igual ao projeto (desenho) que a Marinha fez, poderá ser um outro navio já existente?
Se sim?
Qual o sentido da Marinha ter levado tempo projetando um navio, se pode comprar navios totalmente diferentes?
Sim e não. Tem que atender os requisitos da MB. Mas pode ser pronto. Pronto tem preço menor. Customização custa mais.
Como tudo na vida, é uma questão de preço. A MB sinaliza com 350 milhões de dólares para cada vaso. Os estaleiros, dizem as notas publicadas no DAN, anteciparam que esse valor é modesto. Construtores como a Navantia, Ficantieri, ThyssenKrupp tem produtos com valor elevado comparado com construtores navais coreanos, indianos, chineses.
É a famosa barreira de entrada. Indianos querem entrar no mercado oferecendo preço menor.
Vamos ver no que dá.
A questão dos requisitos da MB e valores de mercado eu entendo, não consigo ver a lógica da própria Marinha de projetar, apresentar um navio como nova classe e depois pode nem usar essa projeto (já que é ela mesmo que abre essa possibilidade).
Dizem que a MB é a mais vaidosa das Armas.
Oferta principal dos caras é esse OPV aí?
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Bye bye…
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Chama o próximo da fila, por favor.
A matéria é excelente e concordo com o André. Vamos olhar pra frente. Fomos o quarto maior montador de veículos. Caímos para 10o. A Ford do Brasil está importando motores indianos. A Renault lançou essa coisinha horrível indiana chamado Kwid. 100% foi chamado pra recall.
Com todo o respeito a uma indústria naval que está crescendo e que já monta porta-aviões, devemos e podemos sonhar com mais. Nunca com menos.
Pois é.
Pega um bote e estica. Vira uma canoa oceânica. Estica mais. Vira um OPV. Mais ainda. Vira um OPV que desloca 3.500 ton. Segue esticando. Vira uma corveta. Passa óleo de peroba na cara, vira um PPA italiano. Tá quase virando uma fragata leve.
Interessante é a sinceridade. O próprio governo indiano colocou uma sombra sobre as perspectivas de exportações da Goa.
Esse banco dos Brics e outra esperteza do Goldman Sachs. Querem financiar o BNDES.
Já vi coisinha feia aqui no DAN, esse Saryu tá levando o troféu. Outra corvetinha?
Com todo o respeito ao concorrente indiano, mas a Alemanha e Reino Unido já estão dando sinais de decadência de projetos navais com as novas fragatas e destruidores respectivamente, por que esperar menos de um projeto mais simples apresentado como uma adaptação convincente valendo-se das experiências indianas? Espero que a experiência ativa do Prosub tenha algum reflexo na construção dessas corvetas, até porque o Scorpené é derivado de submarino nuclear e não em uma classe “inferior” por assim dizer.
excelente matéria!! No aguardo da manifestação dos outros concorrentes.
Mais um estaleiro que pensa que Navio Patrulha e Coveta só muda a quantidade de armamento, vão cair do cavalo
Bacana viu mas nunca li tantas vezes seguidas a palavra “indiferente”.rs
Tomara que seja uma série de entrevistas.
Parabéns!
Mais um desdentado!
Muito bom!! Parabéns ao Dan, vai se tornar uma série com os estaleiros que estão na disputa??