Brasília (DF) – O Exército Brasileiro está substituindo de modo gradual o armamento mais utilizado pelos seus efetivos. A fim de atender às necessidades operacionais da Força Terrestre, o Fuzil IA2 sucederá o Fuzil Automático Leve (FAL 7,62) como dotação de suas tropas.
Primeiro fuzil com tecnologia 100% nacional, o armamento tem diferenciais de qualidade, como o peso inferior ao do FAL, ergonomia do punho, maior capacidade do carregador e possibilidade de fixação de acessórios diversos, como optrônicos. O calibre do novo armamento é o 5,56 mm, sendo que uma nova arma da mesma família encontra-se em fase de testes, com calibre 7,62 mm.
O IA2 está sendo produzido pela Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL), em Itajubá (MG), com investimento no projeto da ordem de R$ 50 milhões.
O novo fuzil atende aos requisitos estabelecidos pelo Exército para sua adoção como armamento padrão. O IA2 atira nos regimes automático, semiautomático e de repetição, para lançamento de granadas de bocal, com cadência de 600 tiros por minutos.
Em sua fabricação, foram utilizadas novas tecnologias, conceitos e materiais poliméricos, mais leves, ergonômicos e de melhor maneabilidade. Seus trilhos picatinny, dispostos em toda a superfície superior da tampa da caixa da culatra e em todas as faces do guarda-mão, permitem a acoplagem de dispositivos, como lanternas táticas, apontadores laser, lunetas de visada rápida, lunetas de visão noturna ou lunetas de precisão, punhos táticos e lançador de granadas.
O IA2 já está sendo empregado em diversas organizações militares pelo Brasil e foi, inclusive, utilizado pelo Exército na segurança de grandes eventos, como os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Programas Estratégicos, como o Sistema de Monitoramento Integrado de Fronteiras (SISFRON), também contemplam a utilização do novo fuzil pela tropa. Da mesma forma, o 26º Contingente Brasileiro da Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (MINUSTAH), efetivo que encerrará a participação brasileira na missão de paz, emprega esse armamento.
Dados técnicos:
Calibre: 5,56 x 45 mm
Capacidade do carregador: 30
Raiamento: 6 à direita
Peso (sem munição):3,38 Kg
Comprimento (coronha aberta/fechada): 850 mm/600 mm
Comprimento do cano: 330mm (350mm com quebra-chama)
FONTE: Agência Verde-Oliva
FOTOS: Ten Edvaldo, Sgt Negreiro e Sgt Ageu Souza
Tomara que não chegue na mão de traficantes ….
Ele é semelhante ao FN scar L, temos trilhos picatinny na mesma posição do scar, ele só nao tem regulagem de tamanho da coronha e apoio de rosto como os scar, mas os optronicos que vai no scar vai no IA2.
O fuzil vai evoluir muito ainda, meu problema é só com a capacidade produtiva, que deveria triplicar.
Fico no aguardo por um modelo IA2 para Airsoft.
Abs
Tomemos como exemplo os produtos japoneses depois da II Guerra Mundial. Eram de pior qualidade que seus similares ocidentais, mas permitiram que a indústria do Japão pós -guerra ganhasse mercado e escala para investir em produtos cada vez mais sofisticados. É o que ocorre com os produtos chineses hoje. E é o que vai ocorrer com a indústria de defesa brasileira, se ninguém atrapalhar.
este fuzil ainda é novo, provavelmente ainda tem muito a evoluir, porém, não deixa de ser um bom armamento. É um grande passo para o EB e as forças armadas!
O importante é que é 100% nacional. Isso é como a classe de corvetas tamandaré, os fuzis não precisam ser os melhores do mundo, só precisam ser o máximo brasileiros possíveis, para dar o caminho para autonomia de defesa para o Brasil, e para isso tem que começar de algum lugar, mesmo que seja mais cara e de qualidade inferior comparado a equipamentos estrangeiros.
Com certeza ele poderá ter up-grades futuros. Porém é uma arma muito boa e atende perfeitamente as nossas necessidades. Tá é faltando marketing pra vendas externas.
Sou um grande leigo em relação ao tema armas de fogo, mas comparando o Imbel IA2 com modelos estrangeiros novos e até alguns mais antigos e depois de ler alguns artigos de especialistas no assunto, o novo fuzil das forças armadas brasileiras não parece um projeto muito atualizado. Não quero criticar o trabalho dos engenheiros, que com certeza são profissionais de alta qualidade, mas pq não poderiam seguir uma plataforma mais como o FN SCAR, CZ BREN 805, ACR ou outros modelos mais modernos?!