Por Aleksandr Korolkov,
No ar: PAK FA
Figura constante em grande parte dos principais conflitos mundiais, a Rússia se consolidou como uma tradicional e confiável fabricante de armas. Não é surpresa, portanto, que três dos futuros sistemas de armamento mais avançados serão provavelmente associados à indústria de defesa russa da primeira metade do século 21.
Os trabalhos para criar o novo caça PAK FA, da Sukhôi, começaram em 2002. Em fevereiro do ano passado, o primeiro exemplar foi entregue ao Exército para realização de testes.
Esse modelo apresenta diferenças fundamentais em relação a seu antecessor. Embora entre na classe dos pesados, o seu peso é significativamente menor devido à utilização de materiais compósitos, que correspondem a 25% do peso da aeronave vazia e ocupam uma área de superfície de 70% da anterior.
O motor do novo PAK FA permite-lhe atingir velocidade supersônica sem necessidade de entrar no modo de pós-combustão, e a aviônica com sistema de radar Belka, equipado com AESA (radar de varredura eletrônica ativa), possibilita controlar simultaneamente quatro alvos na superfície, 30 alvos aéreos e abrir fogo contra oito deles.
A aeronave é invisível aos radares inimigos graças a materiais de absorção de ondas de rádio e à cobertura de sua estrutura. Até mesmo a ejeção desta aeronave é de nova geração. O seu software analisa em modo automático a velocidade do aparelho, a altitude de voo, ângulo de inclinação, rotação, velocidade angular, altura e peso do piloto. Só na primeira fase, a Rússia pretende comprar 60 modelos, que serão integrados ao Exército em 2016.
Em terra: Armata
A experiência de combates na Tchetchênia mostrou que os tanques soviéticos, ideais para exércitos de massa, transmitem muito menos confiança em conflitos locais. Devido a seu design, a tripulação do tanque T-72/90 não fica separada das munições e, em caso de explosão, não há chance de sobrevivência. Tudo isso foi levado em conta na concepção de um novo veículo blindado.
O T-14 Armata, que será apresentado no próximo desfile do Dia da Vitória, em 9 de maio, deve incorporar toda a experiência russa na construção de tanques. O Armata ainda se mantém classificado como “segredo de Estado” e, por isso, pouco se sabe sobre as suas características de desempenho.
No entanto, de acordo com informações vazadas para a imprensa, o novo tanque será equipado com um canhão de 125 milímetros (com opção para colocar um de 152 milímetros), a torre não será tripulada, a metralhadora poderá ser recarregada remotamente, e a tripulação ficará enfileirada dentro uma cápsula blindada, separada do compartimento que leva as munições.
Além disso, o Armata vai ter o seu próprio sistema de radar, o que lhe permitirá rastrear até 40 alvos dinâmicos e 25 aerodinâmicos, além de controlar o território em um raio de 100 km.
Acredita-se que as tropas receberão mais de trinta tanques T-14 ainda este ano.
Na água: submarino nuclear Borei
Por ser menos vulnerável, o componente marítimo da tríade nuclear é capaz de garantir um ataque nuclear não só de retaliação, como também de supressão das forças de ataque à Rússia. Mas a inclusão dos novos submarinos estratégicos à Marinha está significativamente atrasada. A principal causa foi a recusa do míssil Bark, de 100 toneladas de combustível sólido, com base no qual estavam sendo desenvolvidos os submarinos do projeto 955 Borei.
Como a Marinha necessitava urgentemente de novos modelo, foi decidido em 1998 criar rapidamente e, o mais importante, a baixo custo, o Bulava marítimo com base nos mísseis Topol M. Nos seus primeiros testes, o Bulava se deparou com muitas dificuldades, que foram resolvidas aos longo dos últimos anos.
Os submarinos do projeto 955 Borei são capazes de lançar um ataque com o Bulava submerso debaixo do gelo do Ártico, onde não existem navios na superfície, o que dificulta a detecção de objetos marítimos não só pelos satélites, mas também por outras embarcações, com consequente dificuldade em interceptar mísseis na fase inicial do voo. Além disso, esse submarino é menos barulhento que seus antecessores e aprendeu a lançar mísseis em movimento para fora da água.
No total, o programa prevê o lançamento de oito submarinos desse tipo, dos quais mais três já estão sendo construindo: o Kniaz Vladímir, o Kniaz Oleg e o Kniaz Suvorov. Talvez alguns deles venham a ser construídos a partir do projeto atualizado Borei A.
FONTE: Gazeta Russa
Acredito que Armata seja muito bom e consideravelmente superior aos modelos ocidentais, até porque o ocidente não desenvolve tanques há 30 anos. Mas um canhão de 125 mm, mesmo que de nova geração, ainda está um pouco longe de ser uma grande ameaça para os tanques ocidentais.
E a capacidade do tal radar em rastrear 40 alvos no solo deve ser muito útil em planícies e desertos, em um ambiente europeu cheio de irregularidades no relevo, ávores e construções pode não ser muito impressionate dependendo das táticas do inimigo.
Quanto a controlar o território em um raio de 100km, posso estar errado, mas duvido muito.
Pois isso não combina com radares de ondas milimétricas.
Além do mais as antenas do radar não pode ser blindadas, principlamente se forem de varredura eletrônica.
Só a ideia de um radar no solo, para alvos no solo, ter 100km de alcance além do horizonte já me parece muito impossível.
Ou eu entendi o texto errado.
Talvez o certo seja 100km².
O Dmitri Donskoi é o único “Typhoon” em serviço, mas, apenas
como plataforma de testes para o míssil Bulava…o submarino
não está incluído no número de submarinos operacionais e
deverá em breve ser retirado de serviço.
Uma pena se os russos não o transformarem em um museu
afinal, foi e provavelmente continuará sendo o maior submarino
já construído.
É bom ver a indústria militar russa aparecer com força de novo! Única alteração que eu faria nesta lista é do ssbn borei pelo ssn yasen,porque nesse submarino os russos não economizaram um centavo e empregaram todo o seu know-how… Tanto é que ele custa praticamente o dobro do ssbn borei e é considerado como um dos mais caros(senão o mais caro)submarino nuclear atualmente…
Até 2020 serão muito mais novidades da industria de armamento da federação russa.
O Borei e um submarino gigante mas ainda e um anao em comparacao com o typhoon.
e olha que ele está relativamente longe do Thyphoon!