O objetivo do encontro na ABIMAQ foi de aproximar ainda mais o Consórcio de pequenas e médias empresas e, assim, viabilizar uma nova cadeia de fornecimento com conteúdo nacional.
Por Guilherme Wiltgen
O Consórcio Damen Saab Tamandaré promoveu, nesta quinta-feira (31), um encontro na ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), para apresentar a proposta de construção das Corvetas Classe Tamandaré (CCT), visando fomentar a promoção do conteúdo local e as oportunidades de negócios para as indústrias brasileiras em fornecer seus serviços e produtos para o consórcio e seus parceiros locais.
Para apresentar essas propostas, compuseram a mesa os integrantes do Consórcio Damen Saab Tamandaré os senhores Alencar Leal e Piet Verbeek (Saab), Wolter ten Bokkel Huinink (Damen), Adalberto Souza e Eduardo Valença (Wilson Sons Estaleiros), José Geraldo Fernandes (CONSUB), Jairo Souza (WEG) e Alberto Machado (ABIMAQ).
O Consórcio
Capitaneado por duas gigantes do setor da indústria de defesa européia, a holandesa Damen Schelde Naval Shipbuilding (DSNS) e a sueca Saab. Somando-se as duas, estão os seus parceiros estratégicos como o estaleiro brasileiro Wilson Sons e as empresas parceiras Consub, WEG e Akaer, para formar o consórcio selecionado para participar do short-list do desafiador programa da Marinha do Brasil de retomar a capacidade nacional de construir navios de guerra.
A Damen, empresa líder em construção naval, está sediada na Holanda e tem no seu histórico a impressionante marca de já ter construído mais de 6 mil embarcações. São mais de 20 Marinhas em todo o mundo que operam os navios produzidos pela Damen, que será a responsável pelo fornecimento do modelo SIGMA 10514, um navio de guerra “Sea Proven”.
O modelo holandês escolhido para atender aos exigentes requisitos da Marinha do Brasil, segue um revolucionário processo construtivo em módulos, de onde vem a origem do nome do projeto do navio SIGMA (Ship Integrated Geometric Modular Approach).
A SIGMA é uma projeto que pode ser adaptado de acordo com as exigências do cliente e tem plenas condições de fornecer à nossa Marinha um moderno navio de escolta, visando aumentar a sua presença na Amazônia Azul, protegendo sua rica biodiversidade, podendo ainda contar com um navio de guerra apto à operar nos modernos teatros de operação, seja no Atlântico Sul ou em qualquer outro ponto do planeta, atuando de forma autônoma ou em operações conjuntas com outras Marinhas.
A Saab, empresa de origem sueca com mais de 75 anos de experiência no setor de defesa, é responsável pelo sistema de gerenciamento de combate no estado da arte Saab 9LV, utilizado por marinhas de vários países, conhecido por sua flexibilidade e fácil integração de módulos de terceiros.
A Wilson Sons Estaleiro (WSE) está preparado para incorporar o projeto Tamandaré imediatamente, a fim de operacionalizar a construção das Corvetas com um fluxo de trabalho muito alinhado quanto à transferência de tecnologia. O estaleiro é parte de um grande grupo nacional com mais de 180 anos de existência, e uma possui sólida situação financeira. Com uma parceria de mais de 25 anos com a Damen, o Wilson Sons é reconhecido pelos seus clientes pelo cumprimento dos prazos, sem qualquer aditivo de contrato.
No projeto do consórcio, a CONSUB terá a importante função no que diz respeito ao Combat Management System (CMS). Aproveitando toda a sua experiência adquirida com o SICONTA, a empresa nacional, credenciada como Empresa Estratégica de Defesa (EED), será a responsável pela absorção da tecnologia que permitirá o controle dos sensores e armamentos das futuras Corvetas. Outro importante serviço, a CONSUB vai contribuir na qualificação dos operadores e pela manutenção do sistema durante todo o período de vida dos navios. No que tange o pacote de offset, a empresa vai participar da modernização da Corveta Barroso (V 34), onde serão retirados os equipamentos antigos e instalados os novos da Saab. A CONSUB também vai ter papel de destaque na realização dos testes de aceitação no porto e no mar.
Referência no desenvolvimento de soluções em tecnologia para sistemas navais no Brasil, a CONSUB é a única empresa brasileira que produziu, instalou e testou o Sistema de Comando e Controle Tático e de Armas (SICONTA), em operação vigente nos navios da esquadra brasileira.
O Sr. Alencar Leal abriu as apresentações destacando a disposição do Consórcio Damen Saab Tamandaré em promover o desenvolvimento de tecnologia e inovação no Brasil e ter uma parceria sólida, e de longo prazo, com o país. O Consórcio tem forte confiança no Brasil. Como exemplo de uma parceria de longo prazo, tem o programa Gripen para a Força Aérea Brasileira, que envolve a construção de um centro de desenvolvimento em Gavião Peixoto (GDDN – Gripen Design and Development Network), da fábrica de estruturas em São Bernardo do Campo (SAM – Saab Aeronáutica Montagens) e o processo de transferência de tecnologia para empresas brasileiras, para a produção do caça Gripen NG.
Destacou também a parceria estratégica entre a Damen e Saab, que teve início na Holanda e hoje se estende ao Brasil para o projeto CCT. Além disso, as empresas que integram o Consórcio têm um longo histórico de parceria entre elas no Brasil e no mundo. A Damen e Wilson Sons, já somam quase 30 anos de parceria e 92 navios lançados nos estaleiros em Guarujá/SP, a CONSUB trabalha em parceria com a Marinha do Brasil há mais de 20 anos, a Wilson Sons trabalha com a WEG há mais 10 anos e a WEG trabalha a muito tempo com a Damen. Ou seja, a sinergia que existe entre as empresas é muito grande e fortalece o compromisso do Consórcio, além de reduzir muito os riscos para execução do projeto.
Objetivos do Consórcio
Apoiar a Marinha do Brasil a desenvolver sua estratégia naval. Muito mais que construir quatro navios, mas apoiar a renovação da capacidade de construção militar naval e a manutenção no Brasil, alçando a Marinha ao seu importante posto de farol tecnológico no país.
Transferência de tecnologia comprovada:
• Wilson Sons
• Consub
• Akaer
• WEG
Diante de um grande público, que compareceu na ABIMAQ, o Consórcio atingiu o objetivo de mostrar a gama de oportunidades para a indústria local, além de exporem a oportunidade de receberem transferência de tecnologia, e o reforço de conhecimento de anos adquiridos, pelas empresas integrantes.
Desse modo, as empresas brasileiras também poderão vir a fazerem parte da cadeia global de suprimentos da Damen e da Saab. Essa realidade já existe para a WEG, uma empresa 100% nacional que se tornou parceira da empresa holandesa e que, atualmente, faz parte da sua cadeia de fornecimento mundial. Isso também pode acontecer com outras empresas brasileiras.
O Consórcio Damen Saab Tamandaré tem por objetivo iniciar uma parceria de longo prazo com o Brasil, através da capacitação da indústria de defesa, da geração de empregos e da exportação, agregando verdadeiro valor para o País.
Construir seu projeto em outro estaleiro não é para qualquer um. Experiência neste quesito é o verdadeiro fator que irá influenciar o sucesso ou não deste projeto. Sem deixar de mencionar a solidez da empresa e transparência mostrada em contratos passados. Não há tempo a perder com tentativas, o melhor deve ser escolhido para que o projeto saia do papel de uma vez por todas.
Barquinho de paiseco.
04/02/19 – segunda-feira, btarde, concorrência grande, um único troféu (4 corvetas( que consiga-se mais)) e o ganhador leva tudo, não existe prêmio de consolação, cada concorrente usa as armas que possuem. SAAB tenta agregar maior número de empresas no projeto; com isso cria empregos num momento muito difícil para nossa economia. Eu acho que eles já SAABem quem será o vencedor. SAAB/DAMEN.
Abaixo de 3 mil t, fico com o projeto nacional, refinado pelos italianos.
Meu único “se não” com esse projeto seria a tonelagem, acho um navio “pequeno” para ser o navio de guerra padrão de nossa marinha. Nesse quesito prefiro a Meko, mas vamos torcer para vencer o melhor projeto para nossa MB,
do jeito tão vendo vamos mesmo te compra navio velho ate México construí-o gente papo de construí ate gora so submarino mais nada
Não é pra desfiles de moda Não , última coisa aí para se reparar é a aparência .
Tem que estar de acordo com os requisitos , exigidos pela Marinha ,do Brasil , lá não diz que tem que ser Lindinha não
É muito feia. Cruza de iate com navio de guerra. Que frente desproporcional e horrorosa.
Não discuto as qualidades no navio, mas realmente a proa parece um iate anabolizado.
Você deve estar acostumado com os “maravilhosos” projetos da engeprom, a fragata leve da Damen 105.14 tem um desenho muito bonito e muito funcional em matéria de operacionalidade.
Concordo.
Cada dia mais os navios vão ter esse visial fechado… como desse essa cara de yate … pois refleter os sinais de radar e a rwgra hoje….Vide o destrioier Zugwalt …abs