Por Guilherme Wiltgen
Dois mísseis foram disparados contra o destróier USS Mason (DDG 87), da Classe Arleigh Burke da Marinha dos EUA, enquanto ele estava em águas internacionais ao largo da costa do Iêmen, no domingo (09). Ninguém ficou ferido no incidente e ambos os mísseis não conseguiram atingir o navio e caíram na água.
“Por volta das 19:00 horas local de hoje (9 de outubro), durante a realização de operações de rotina em águas internacionais do Mar Vermelho, ao largo da costa do Iêmen, o USS Mason detectou dois mísseis lançados durante um intervalo de 60 minutos”, disse o capitão Jeff Davis, porta-voz do Pentágono.
“Ambos os mísseis impactaram na água antes de alcançar o navio”, disse Davis. “Não houve feridos entre os nossos marinheiros e nenhum dano causado ao navio”, completou.
“Nós avaliamos que os mísseis foram lançados a partir de território controlado pelo Houthis no Iêmen”, disse Davis. A milícia, apoiada pelo Irã, tomou o controle do Iêmen em 2015, e levou Estados vizinhos do Golfo a intervir militarmente contra os Houthis.
“Os Estados Unidos continuam comprometidos em assegurar a liberdade de navegação em todo o mundo, e vamos continuar a tomar todas as medidas necessárias para garantir a segurança dos nossos navios e dos nossos tripulantes”.
No momento do ataque, o USS Mason estava no extremo sul do Mar Vermelho, a norte do Bab el-Mandeb, junto com o destróier USS Nitze (DDG 94), que navegavam a frente do USS Ponce (LPD 15). Os navios foram enviados para ao largo da Bab el-Mandeb na sequência de um também ataque com mísseis contra um navio dos Emirados Árabes Unidos, na semana passada.
O navio de transporte SWIFT, foi seriamente danificado em um ataque em águas internacionais e que se acredita ter vindo de forças Houthis utilizando lanchas para disparar mísseis contra o navio, mesmo estando a mais de 12 milhas da costa.
Um funcionário do departamento de Defesa disse que a tripulação do USS Mason utilizou medidas defensivas no primeiro míssil, mas não foi claro em descrever o que fez com que o míssil atingisse a água em vez do navio.
Por razões de segurança, o funcionário também não identificou qual a medida defensiva utilizada contra o míssil e a que distância o navio estava em águas internacionais, para além das 12 milhas da costa.
O funcionário também informou que o incidente desse domingo está sob investigação. “Nós levamos isso muito a sério. Vamos proteger nosso povo”, disse o funcionário.
FONTE: US Navy, DoD e Pentágono
FOTO: Ilustrativa
Bem ,
o USS Mason já atacou território controlado pelo Houthi, na costa do Mar Vermelho do Iêmen, visando destruir os radares costeiros.
Provavelmente, nem mesmo aconteceu o tal ataque com mísseis Houthi ao USS Mason. Deve ter sido mesmo só uma estória conveniente, inventada para justificar a intervenção da US Navy no Iêmen e destruir os incômodos radares…
Topol,
pensei nisto também.
E como os mísseis convenientemente caíram n’água, pode ser inclusive uma armação combinada com Washington, para justificar uma maior intervenção no Iêmen…
O Yemem é um pais de maioria xiita que era governado por pela minoria sunita apoiada pela Arabia Saudita na verdades os rebeldes lutam contra o massacre dos reinos sunitas do golfo que por sinal estao elevando uma surra e querem meter o EUA na guerra.
Fred poderia ser uma arapuca de alguma monarquia Saudita realizar um ataque assim só para incriminar os Iemenita e atrair os EUA a guerra?
Alguns comentários vão ao limiar da retórica de centro acadêmico. Mais um pouco e você consegue ver aquelas discussões inúteis repletas de chavões vazios. Ignoram que os navios da USN estavam em águas internacionais, onde é garantido o livre trânsito de embarcações civis e militares. E já quanto à situação no Yemen talvez imaginem que os Houthis tenham espontaneamente, sem qualquer ingerência ou mando, armamento e financiamento de alguém, resolvido depor o presidente.
Alguns comentários vão ao limiar da submissão. Com certeza os navios estavam fora da costa do Iêmen e a Arábia Saudita e os EAU atacam o povo do Iémen sem qq ingerência e a mando de quem?
Sobre os Houthis,
uma informação interessante é saber que eles não surgiram agora como força politica/militar dentro do Iêmen, pelo contrário: Durante 1000 (mil) anos a etnia Houthi teve seu próprio reino na região norte do atual Iêmen e este “reinado” acabou somente em 1962….
“O exército iemenita e as forças Houthis categoricamente rejeitaram as alegações de que eles alvejaram um navio de guerra dos EUA no Mar Vermelho com dois mísseis.
A rejeição do exército iemenita veio como uma reação ao que afirmou ontem o porta-voz do Pentágono…”
Os Houthis e seus patrões iranianos estão abusando da sorte. Caso os mísseis houvessem atingido os navios norte-americanos provavelmente começaríamos ter alguns “Carpet Bombs” sendo estendidos ali por cortesia da USAF assim como alguns ataques de mísseis Tomahawk.
Despistadores… a maioria dos mísseis Anti navio tem guiagem por radar ativo inclusive o Noor que alega-se que tenha atacado o catamarã dos EUA… um lançador de maços de chaff consegue desviar a rota do missil .
Na minha opinião,os mísseis caíram na água porque o destróier estava fora do alcance dos mísseis cujo o alcance é de 120 km do míssil C-802, mais seria interessante ver os sistemas CIWS do navio tivesse entrado em ação real contra esse ataque.
Provavelmente o ECM trabalhando a mil…
A depender da distancia que os mísseis foram “vistos” pode ter sido utilizado contra medidas nestes vetores.