Washington – Depois de anos de discussões, Argentina e Dinamarca parecem mais perto do que nunca de concluir um acordo para o país sul-americano comprar uma frota de F-16, no que analistas disseram que seria uma bênção não apenas para a Força Aérea Argentina (FAA), mas também para os EUA na sua competição com a China em toda a América Latina, caso o acordo seja concretizado.
Também é provável que seja um tema-chave de discussão durante a visita da general Laura Richardson, comandante do Comando Sul dos EUA, à Buenos Aires esta semana.
Dias depois de o presidente argentino, Javier Milei, sugerir nas redes sociais que seu país estava comprando os caças, altos funcionários da defesa de ambos os países se reuniram em Buenos Aires na semana passada e assinaram uma “carta de intenções sobre a possível venda” de 24 F-16.
O analista Andrei Serbin Pont, presidente do think tank argentino CRIES, disse ao Breaking Defense que se a venda for concretizada, os F-16 não apenas atenderiam às necessidades da Força Aérea Argentina, mas também recuperariam outras capacidades perdidas com a baixa da frota de caças Mirage anos atrás.
Mas Milei já tinha dito que a Argentina não estava dando prioridade às compras militares, e Serbin Pont e outros analistas alertaram que nenhum acordo é certo até que a tinta seque num contrato final, o que a comunicação social dinamarquesa local especula que poderá acontecer em Copenhagen no final deste mês. O Ministério da Defesa da Argentina não respondeu ao pedido da Breaking Defense para comentar esta análise até o momento desta publicação e o Ministério da Defesa da Dinamarca também não quis comentar.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Breaking Defense
Brasileiro comprando caça sueco e fazendo comentários grotescos em relação aos argentinos.
Vamos colocar os pés no chão e abrir o olhos.
Quando o assunto é defesa não somos referência também.
Temos:
submarino francês
Guarani, Centauro e LMV italiano
Caça sueco
Helicópteros francês e americanos
Fragata alemã
E logo logo artilharia “made in Estrangeiro”
E nesse momento empresas de defesa do Brasil vendo compradas por “gringos”, só nesses últimos 2 anos algumas foram compradas.
Somos tão dependentes dos outros quanto os argentinos, com o agravante que tem o PIB bem maior!
Entendo e endosso a sua critica meu caro, porém neste caso em específico existe uma diferença gritante: Enquanto os Gripen são equipamentos top de linha e cuja tecnologia esta sendo absorvida pela nossa indústria nacional (alias diga-se de passagem o mesmo ocorre com os demais produtos supramencionados), a argentina está adquirindo matérias de compra de prateleira (que em nada vão agregar a sua indústria) e já tecnologicamente MUITO defasados.
Portanto, enquanto eu concordo com seus pontos, é necessário esclarecer que a situação da argentina é absurdamente mais calamitosa nesse sentido.
O gripen não é um caça top de linha, é um ótimo caça desenvolvido por estrangeiros, não top de linha. Para piorar compramos pouquíssimas unidades.
Eu não concordo com a ideia de absorção de conhecimento, na minha opinião somos “observadores” da construção do Gripen.
Esse caça pode ser um dia montado no Brasil, de resto: é totalmente estrangeiro.
Quero dizer que não somos referência, para piorar estamos nos comparando com um país em forte crise econômica desde o início dos anos 2000.
Percebe a situação do Brasil?
Com todo o respeito Jefferson, mas lá vai: “Brasileiro comprando caça sueco” de última geração enquanto argentino tendo que comprar caça americano feito na época da Guerra Fria em fim de carreira cuja opção b é caça chinês ainda pior. Você ainda não entendeu o que é o Gripen e o que está acontecendo com a Argentina nesse aspecto não é Jefferson? Confessa! Se eles comprarem 12, provavelmente terão que reservar a metade como sobressalentes por causa de componentes próprio da geração inicial (teoricamente pelo menos). Coloquemos os pés no chão, de fato, para entendermos mais de análise geopolítica. O que você considera comentário grotesco eu chamo de realidade e consequência, ou seja, os argentinos estão pagando um preço caro por causa de um território inglês que eles chamam de “Malvinas” mas que na prática é “Falkland”. Ninguém está ofendendo os argentinos, só estamos assistindo um exemplo do preço pago por se enfrentar uma potência. Já o agravante da dependência argentina em relação a brasileira está no fato de serem caloteiros, portanto com risco econômico para quem confiar neles.
“Brasileiro comprando caça sueco” é um deboche contraditório: você defende os argentinos ofendendo os suecos. Tem também um contraste: o Gripen pode levar Meteor embaixo das asas e o “novo” caça argentino é humilhado pelos ingleses até em relação ao assento ejetável, que dirá obter uma arma do porte (poderio) do Meteor! Mas o Jefferson diz “brasileiro comprando caça sueco” como se isso fosse inútil. O Gripen foi concebido para enfrentar uma ameaça chamada Rússia!
A tela digital, de toque, do Gripen é projetado por brasileiros e os suecos trocaram a tela que seria originalmente concebida para usar essa tecnologia brasileira! Outro exemplo de referência brasileira são os guerreiros de selva, reconhecido até pelos Estados Unidos como os melhores combatentes de selva do mundo tanto que eles vem fazer curso de sobrevivência na selva com o Exército Brasileiro, temos os Grumec, os Comandos e outras tropas de elite respeitadas como os fuzileiros. O KC390 dispensa comentário, os Super Tucanos são referência em ataque leve, o ASTROS e o Guarani são projetos estratégico do Exército Brasileiro mas precisam de uma indústria para produzi-los e se os italianos quiserem vender o Guarani tem que ter aval do nosso Exército e royalties. Por falar em italianos os caça A1 foram feitos em parceria entre brasileiros e italianos e agora o processo acontece com os suecos. Agora compara da parte do submarino francês até o made in estrangeiro com o que os argentinos tem. Você critica até a fragata alemã!
O próprio nome Jeferson é referência de made in estrangeiro (inglês).
Curioso como a FAB seria amadora por capacitar observadores para desenvolver um caça. O mundo é globalizado Jefferson e os europeus e americanos possuem a primazia de produzirem tecnologias e você não percebe isso. E como se não bastasse isso temos uma cultura que diz “o dinheiro usado em defesa seria melhor usado em saúde, educa”…, e acrescente a isso contingenciamentos de recursos portanto atrasos de produção, para não dizer cancelamentos. Entende por que temos que comprar caça sueco? Se não comprarmos caça sueco, submarino francês, porta helicóptero inglês etc não poderemos produzir esses meios, portanto nossa soberania estará ameaçada. “Percebe a situação do Brasil?” Essas empresas são vendidas porque não tem demanda de produção onde nem o próprio governo compra esse material. Vamos colocar os pés no chão Jefferson e entender as coisas como elas são, ainda que não seja produzido made in “Brazil”.
O erro do seu texto é achar que deveríamos nos comparar com a Argentina.
A Argentina está em forte crise há pelo menos 20 anos, praticamente não tem mais moeda.
Percebe a situação ruim do Brasil? Nós não somos referência quando assunto é defesa, até ontem estávamos indo nos desertos dos Eua pegar artilharia sucata via doação.
A ideia do meu comentário inicial era frisar que não devemos rir dos argentinos, pois estamos em uma situação militar muito ruim também.
Para piorar tem um PIB bem maior e orçamento militar de dezenas de bilhões de reais que simplesmente desaparece nas entranhas da gestão de pessoal das forças armadas.
O Brasil tem pouca indústria de defesa, se bobear vai vender o resto que sobrou. Até ontem tinha maluco defendendo a venda da Embraer.
Somos tão ruins na área da defesa quanto a Argentina.
Um país com 200 milhões de pessoas, 5 maior território do mundo, maiores orçamentos de defesa do mundo que NÃO têm um defesaaerea de médio alcance e compra praticamente todo o material militar do exterior.
Temos universidades públicas espalhadas pelo país todo para quê? Desenvolver o país ou formar homens que correm atrás de currículos.
Sim, uma benção para os EUA em manterem-se velharia block A em operação. Só quem não se dá bem em nenhum hipótese são os argentinos que estão comprando sucata velha dos anos 70 (e que não é modernizado diga-se de passagem), quando poderia estar adquirindo caças LIFT novinhos e muito mais poderosos (ex: KAI eagle da Coreia do Sul) e com unidades com mto maior período de vida operacional…. mas não, pra agradar os amiguchos em Washington o Millei prefere adquirir os f16 usados… parabéns Argentina, vocês agora podem dizer que são capazes de ir frente a frente como as unidades de f16 venezuelanos kkkkkkkkkkk
Sua análise é muito superficial. Existem outros interesses que nem eu e nem você, realmente existem nessa operação. Como dizem no Brasil: o buraco é bem mais embaixo”. Te mando un abrazo, Campeon.
Percebam como os argentinos são os únicos prejudicados nessa história. O curioso é que se os argentinos comprassem o caça chinês também seria um péssimo negócio para os ingleses já que eles não teriam como embargar componentes. É claro que o caça que eles adquirissem não faria frente ao poderio britânico, tanto que nem marinha os argentinos tem limitando o caso a questões mais diplomáticas e influência (inglesa) do que uma ameaça real. Então vejamos: os argentinos estão ferrados do mesmo jeito porque só podem adquirir meios de segunda mão por impossibilidade externa (leia-se ingleses) para algo mais sofisticado, para os americanos também é um caso de influência continental e ainda consegue manter F16 voando mesmo sendo bem antigo podendo se vangloriar desse material “made in USA”, para os chineses é indiferente já que é na Ásia sua zona de influência e para os dinamarqueses é uma fonte de renda ao mesmo tempo em que dá baixa em sua frota antiga tendo para quem vender esses jatos.
Só quem se lasca são os argentinos!
País que vende seus interesses por malas de dinheiro acaba assim. O Brasil que não abra o olho.